segunda-feira, 31 de março de 2014

Rapidinho e muito breve...



MARCAS E BANDEIRAS

Bandeiras tremulam ao vento agitadas, tremem mãos voluptuosas! Mostram em que vão engajadas fingindo, mentindo, gulosas!
Os sem isto e aquilo, sem lei, pátria, sem eira nem beira e mais nada, sem identidade e com a cara encoberta envergonhada.
E eles são tantos tão iguais! Não têm direito nem vez, nem direito à palavra, à emoção, razão, vão sem pão, rosto, identificação e sem nada!
Os daqui, dali, ao vento, ao léu, que a qualquer preço querem comprar, vender e tomar de arma na mão!

E eles são tantos, à margem de qualquer estrada! Sem isto, aquilo de cara mirrada, mãos trêmulas, descalços sem nada! Tantos, meu Deus sem pátria, identidade e nação! São tantos! Meu Deus! Para onde vão guiados por esses cegos de saber anão?

domingo, 30 de março de 2014

Mestres dos Mestres...




HOMENAGEM AO MESTRE

Minha primeira indagação tão logo acorde é perguntar-me: quem sou eu? E nesse primeiro momento peno todas as culpas psíquicas, sofro o desconforto da desconfiança emocional diante da incerteza entre o certo e o errado. Imediatamente me recrimino caso confirme no dia anterior ter seguido pelos desvios da estrada, burlando a regra que determina o rumo de ir a mim pelo nobre caminho do meio.

É verdade que não é esse meio nem esse rumo muito claro, nem a linha divisória a separar uns de outros caminhos perfeitamente definida, nem os possíveis desvios assinalam com exatidão a trilha incorreta que leva ao erro. Mas como há em qualquer nível determinado centro de onde se podem observar vários ângulos, de aí sempre é possível extrair um eixo!

E então, extraído o meu e de posse desse meu eixo, mesmo com a momentânea precariedade cognitiva e a fragilidade sentimental de mero ente humano, dou de ombros e no ato seguinte e me auto-absolvo, certo de que vou a fazer o que é possível em “vigilância dos sentidos”.

E é assim e à minha maneira que eu continuo buscando o meu pessoal ar, a minha oculta cor, o meu inconfundível e agradabilíssimo paladar, o meu perfume singular, o aperto no meu calo se desconfortável sapato calçar; e o quase de agora, que ainda não sei o que seria totalmente supremo e eterno...  único, para sempre, o meu amor..

E em razão deste meu modo de andar ser a única fórmula de seguir redescobrindo-me a cada dia, a cada momento, num ato voluntário a cada manhã respiro fundo ao levantar-me, quando descubro estar vivo pela ardência nos pulmões. Provavelmente pelos longos anos em que fumei. Mas hoje sou apenas um ex fumador.

E então olho mais calmo lá fora e sorrio levemente, como convém a um sorrir contido, e penso com os meus botões: como são ingênuos aqueles que ao me verem sorrir julguem não haver mais espinhos, em meu caminho! Espinhos, sim, ainda há espinhos, mas vendavais não. Essas tormentas emocionais eu não as tenho mais, vendavais, não!

E mesmo quando as houvera foram tão passageiras que, num breve piscar de olhos desapareciam. E por ser tudo passageiro e desaparecer na impermanência do tempo e das formas, onde há homens há normas, há movimento, elementos e animais...

Sim, onde há fêmeas, machos e encontros emocionais, há ondas invisíveis e lascivas levantadas, há inevitáveis passagens de um estado ponderado a outro imponderado, e funerais... Éticos, certamente morais e de corpos, pois também entre nós os há anagramaticamente dos corpos!

E como ainda vão homens abaixo de onde ruminam animais... Seguirei este meu pessoal caminho até esgotar este ente funeral, que é físico, e porque, também sei, o meu não sei é metafísico!



sábado, 29 de março de 2014

LIVRO DE DEUS

Livro de Deus (O Anjo desconfiado e o Curioso)
- Onde está e o que é Deus? Sua Casa ou Esfera Universal é o espaço Infinito e o tempo Eterno. Tudo é Ele dentro Dele. Sendo único e também único segundo o verso de si, como universo, é Ele então Ele e o Verso de Si... isso, eu ouvi! - Mas ainda assim, quem é Deus? O que fecunda! E depois que fecunda a que surge e vai preenchendo o vazio, no espaço Absoluto enquanto matéria formal.
- E nesse vazio absoluto, o que vem a ser a sua natureza criadora que fecunda a todas as coisas? O Criador! - Bom! E tu homem que perguntas, quem és? Já sabes, a vida e a ciência devem ter te ensinado que todas as formas são passageiras e mortais; inclusive os Universos, não são?
Sabes, também, devido a tua mente (serpentina e adâmica) que por trás, dentro, fora, sempre só os infinitos: tempo espaço. É o que temos sempre, tempo e espaço. E neste outro espaço/tempo relativos, dentro ou fora em perfeita harmonia espécies ordenadas se desenvolvem, crescem e morrem sob a regência e modelo dessa inteligência ou de Lei Universal. - Isto é verdade? Sim, Isto é verdade!
Digamos então que Deus seja essa ideia - dessa Lei que rege os ciclos, nos quais as formas crescem obedecendo a um código, e morrem ao vencer o prazo desse mesmo código.
-Portanto, há morte! Sim, há morte como transformação das formas; e é a única certeza que temos é a morte, logo depois e a seguir à vida. E no caso, é então a vida mera uma hipótese, não é?
Mas a morte é certa! Bem, muito mais que uma hipótese pra lá de sete bilhões de hipóteses de vidas a caminho da morte. Em cada pessoa que nasça viva e morra sobre a terra, juntamente com todas as espécies, de que fazem parte, morrem.
Mas se Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, como rezam as crenças ensina as doutrinas... Verdade ou não, mas digamos que sim, é verdade e Deus está então dentro do homem, (todos dizem que Deus está dentro), e será Deus dentro desse homem, mais o que, do que uma ideia? Não, não pode ser mais que uma ideia! E então! Caro Deus homem? O que mais, além desse pequeno tu ainda pequeno, muito pequeno para chegares a Homem Deus, o que tu és além da carne? Sim, essa que te cobre e se desfaz em lapsos de tempo em bactérias? E sabes perfeitamente que não poderás ser divino em nada, além do que divino fizeres dessa idéia divina, em ti! Nada além do que fizeres da ideia de Deus como germe de deus dentro de ti, serás divino, nada! Seja em nome do Cristo, Buda, Maomé, seja em nome até de Lúcifer ou em nome de Maria ou São José! Concorda caro anjo desconfiado? – Completamente!
Mas, enquanto isso, além de nossas metafísicas filosofias, numa pequena aldeia um desses homens portadores apenas da ideia divina em seu interior sem que o soubesse, a um muito humilde pastor de ovelhas ao lhe aparecer pela frente um pastor de almas, a falar, imediatamente o pastor de ovelhas desviou o olhar do outro e pensou com seus botões: “esse mercador de deus, se eu não abrir os olhos, Santo Deus”! Esse mercador de deus tomar-me-á o leite, comer-me-á o pão e a carne de minhas ovelhas, todas as hortaliças e víveres, e depois de tudo consumado e consumido à rês, que porventura restasse viva e não a pudesse carregar, é bem capaz esse salvador de almas de tosquiá-la e levar a lã, é bem capaz! Viste bem, caro deus homem? É precavido! 

Parabenizemos a esse pastor de ovelhas, que é mesmo precavido, não é? - Sim, é!

Bem, este é talvez o menor livro do mundo! E tem um nome bem pomposo: Livro de Deus. Nasceu prematuro? Talvez!  Mas é o que eu penso, devido à ainda ideia precária da razão minha e outros homens comuns, quanto ao Tempo Infinito e Espaço Absoluto, em nós, pouco além de nosso corpo! Conquanto essa ideia germinal viva no âmago, de cada humano! Sim, e cada um pode religar-se e deduzir a vida una em si, pouco importa se em frações de indivíduos pensantes se apresente! Os que já sabem trazer em seu corpo de carne os três reinos anteriores em harmonia e consciência de si com o quarto, além do minúsculo ciclo temporal da estrutura física, com a prerrogativa de embrião divino voltar quantas vezes forem necessárias, reencarnando, até que a ideia inicial se vá tornando “luz”... ou carvão depois de um certo Kalpa ou ciclo dos incontáveis ciclos grandes e pequenos, ao longo de bilhões de anos restantes, e outros tantos bilhões passados de aprendizado, sim! – Por isso teria este livro vindo ao mundo pela via do aborto psíquico, do que deveria ser uma história divina relatada pelo Arcanjo “Gabriel” aos filhos da Terra, com a sua marca na testa?

É o que dizem! - E quem o diz? Não sei! - Mas que eu ouvi, ouvi! Como não sei de quem o ouvi, poderia ter sido dito até pelo vento!

Mas, como ensinou o Padre Vieira: "Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras” 

sexta-feira, 21 de março de 2014

PROSA NEM LONGA NEM CURTA.

Ainda Há Elos a Desligar...

A estranha maneira de iniciar uma conversa, certo que alguém vai lê-la, cria uma expectativa e obriga à responsabilidade com a palavra. Sagrada, certamente sagrada até mesmo quando ferina a palavra se dirige qual flecha envenenada contra o meliante...  Hoje, sem nenhuma surpresa no Brasil tem seu alvo certeiro no ex-presidente.

Esse cidadão desprezível, por não imaginar o seu ínfimo tamanho nem saber de sua gigantesca vileza nem cabe no espelho. Impúbere psíquico, amoral e destituído de valores humanos deve pensar-se alguém muito importante, quando na verdade todo mundo sabe o que ele é e nada além do suspeito e certamente culpado das corrupções que marcam o seu caminho cuja importância pessoal está na facilidade que ele representa da CEF BB e BNDES etc. e até da já quebrada PETROBRAS.

Mas há quem muito bem vestido e ganhando muito bem talvez sem fazer nada porque nada saiba fazer, e até mesmo proto-intelectuais e proto-filósofos (as) acreditam nesse arremedo de cidadão que nunca leu um livro, muito pouco trabalhou e odeia a liberdade e quem pensa diferente dele, o que é natural nas pessoas normais pensar diferente dele, que ele sequer pensa e no máximo rumina intrigas e terríveis sabotagens contra os seus concorrentes.

Isto posto, retomando o tema da palavra depois de uma escorregadela em terreno enlameado onde se encontra esse sujeito, sigo pelas vias tranqüilas de civilidade humana, coisa que não é possível quando se desce ao nível desse abjeto simulacro de pessoa.

E como podem notar os amigos leitores, é tão viscoso o limbo onde se encontra esse cidadão que até pela simples via das palavras precisamos fazer várias tentativas de vôo para decolar desse ambiente infectado por ele. 

Todavia fascinante é contemplar o chão do alto! Ainda que o veículo seja o pensamento expresso em palavras e as pessoas vistas no coletivo humano escondam essas máculas asquerosas!

Os amigos notaram a dificuldade de tirar os olhos do chão, como se uma força negativa gerada pela presença do sujeito ignóbil exercesse uma atração fatal?

Mas do alto do pensamento e já controlada a dor de cabeça provocada por esse tipo de pensamento, a conversa retoma o trilho da lucidez mental à que os nobres taoista praticantes de Tai Chi chamam de eixo físico, psíquico e mental.

Realmente o cuidado com a palavra, publicada, tornada pública deve ser leal ao pensamento do autor, tanto quando no eixo quanto quando de indignação revela a identidade dos traidores da pátria.

O tema, portanto é meio espinhoso. A palavra merece respeito e o respeito é sinônimo de lealdade relativa, que não existe verdade absoluta para lealdade absoluta.

Bem, e para tomar a reta final desta conversa cujo tema acabou sendo a palavra, fala-se por aí e está mesmo muito em voga a nova consciência. E o que seria a nova consciência? Ora, se a mente universal precisa do exercício de baixo para cima trabalhada pelo homem e com o modelo talhado pelo pensamento dos grandes iluminados, grandes pensadores e filósofos que a ferindo, já o modelo consciente está pronto numa esfera vibracional, mas ainda não alcançada e deveras muito para o homem comum.

Anunciar por aí uma nova consciência, como se caísse do céu ou surgisse no plano mental como modelo novo é no mínimo estranho. Por exemplo, o nível mental trabalhado por Cristo, Buda, Platão, Einstein, JHS e outros dessa estirpe que vieram recentemente, inclusive Mastreia, na medida do entendimento que cada uma faça Dele paira iluminada e experimentada muito acima da consciência humana, e seria até inútil acrescentar mais ao já tanto inatingível.

Bem, eu acredito que nessa questão de consciência é necessário, como em tudo na vida, um veículo que a expresse. Vibração dimensional ou sutileza astral na qual a terra eventualmente está entrando, depende de pessoas conscientes mentalmente evoluídas que a percebam, mas chamar isso de nova consciência me parece um erro, pois de há muito já existe e se renova cada vez que um gigante espiritual a exercita.

Afinal, consciência na boa e velha língua portuguesa é muito clara: com ciência.