segunda-feira, 30 de abril de 2012

BRASIL

Brasil, nação de origem lusa tupi africana, abriga em seu coração os anseios mais nobres,
guarda em suas reservas as maiores riquezas materiais, repositória de todas as religiões,
só poderia ser também a Capital Espiritual do Mundo.

Por isso a língua portuguesa já é falada
nas confrarias sagrados dos Mundos Divinos.

Portanto, o Sol que aqui brilha reserva para seu povo uma luz muito especial.
A luz do Espírito!
E o que prova isso? O mais profundo fosso da corrupção em que a partir de 2002
foi mergulhada!

De um lado a mais intensa luz, e do outro a mais espessa treva.
Mas está na hora do ajuste, da limpeza moral e a volta dos homens de caráter
ao Poder!

Pois há grande risco em manter essa gente sem honra no Poder!
Há risco de arruinar o projeto da Obra do Eterno na face da Terra, destinado
a formar as sementes da nova civilização com valores espirituais,
que poderão ser contaminadas por essa onda avassaladora de corrupção,
que a partir de Luiz Inácio da Silva (LIS) se instalou no Poder, com a face do crime organizado.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

EGO


EGO

Eu sou enquanto homem uma tríade, segunda a Teosofia ou a Eubiose. E um quarteto, enquanto terreno personalidade de uma formação setenária, para ficar afinado com o “Deus o fez à sua imagem e semelhança”.
E para sobreviver mais ou menos em paz vou também de máscara, que tenho de pintar com as cores que as outras máscaras possam identificar-me por analogia simples, que lembre semelhança com os registros mentais de quem me olha e interage comigo.
Mas eu não sou esse, claro! E o que as outras pessoas reconheçam em mim, não é sequer sombra do meu eu verdadeiro.
Pessoalmente nem sombra sou daquele que elas imaginam que eu seja, nem elas sombra do que eu imagino delas.
            Diante desta porta intransponível, porque tanta gente insiste nessa impossível missão preconceituosa de decifrar e rotular os outros, se todos são invioláveis em suas individualidades?
            Quando nem eu próprio desconfio de longe o que de fato eu seja, como alguém se atreve a revelar-me desta ou daquela natureza, com estas ou aquelas qualidades ou defeitos?
           Exceto as virtudes naturais, caráter honra e em raríssimos seres talento pessoal nas diversas áreas do conhecimento que o materializam e saltam aos olhos, o que mais se pode falar de alguém?
            Deverá ser este estado virtuoso comum a todas as pessoas no futuro, ainda muito longe deste momento e palco, onde as pessoas de agora continuam sua marcha fúnebre, vivendo a ilusão coletiva de que existe algo de novo debaixo do sol”?
continua...

domingo, 22 de abril de 2012

Pífaros


Hoje cedo, bem cedo levantei e depois de algum tempo andando pela casa,
que até me parecera um pouco estranha, resolvi deitar-me de novo;
foi nesse momento que me dei conta de que ainda estava deitado e sonhava.
Aí continuei dormindo sonhando que estava acordado.
O que isto tem de metafísico? Nada!
A metafísica está sonhando e homem dormindo.
Espero que não apareça ninguém e transforme esta simples
E breve prosa em conceito estatístico de alguma estranha
Psicologia, mesmo que não diga nada e só pense,
Que aí eu acordo, me levanto e mostro ao vivo
Com quantos sopros se toca um pífaro.
Santo Deus será que ainda existem os pífaros?
Pífaros são instrumentos de sopro muito simples
Que já foram meu desejo de consumo na infância.
Pífaros, queridos pífaros, quero-vos mais que a milhares de palavras
Jogadas num papel ou virtuais por alguém que não é capaz de
dizer meia dúzias de meias verdades, sobrando milhares de mentiras.
Prefiro os Pífaros, então!   

sexta-feira, 20 de abril de 2012

INCONSCIENTE





Pessoalmente sou uma imitação grosseira da vida de um deus, de algum modo falo imitando a palavra de um sábio, por ter sido sábio aquele que inaugurou a fala ordenada. E quando sou bondoso imito a santidade de um santo, que fundamentou no universo astral a santidade. (Acho que é mais ou menos isso.)
Mas compreendo hoje melhor do que ontem que a palavra não diz por si mesma muita coisa.  (Mas pode dizer tudo que se possa ouvir se houver ouvidos.)
Já o silêncio sim, poderá traduzir e talvez seja a única maneira de se perceber o que realmente existe como essência. Ainda que se trate de uma pálida sombra, de alguma limitada realidade.
Sim, o silêncio às vezes frio e cruel como um escuro ancestral, mas ante a fraca luz de uma lanterna mental brilham olhos de estranhos e pequenos animais, assinalados em nossa mente.
A lanterna é a nossa única consciência possível, dolorosamente iluminando os relevos de alguma coisa sólida, móvel e conhecida da triste realidade que nos cerca e mal compreendemos. Mas a natureza absolutamente desconhecida só se deixa observar e nós fingimos desvendar.
E se nesta fase de o dizer coloco a frase no plural, falo só por mim, envolvido no silêncio noturno da minha ignorância, porque não saiba nem tenha consciência pessoal do que seja a vida integral.
Vida de verdade e não mero conceito de um tradutor universal! Pois nem Cristo nem o sofredor Crestos que se manifestou em meu peito sem heroísmo se fizeram inteligíveis, ante essa incógnita, que os insensatos ousam largamente interpretar.
Imaginá-los e até ouvi-lo aos berros pelas ruas em distendidas eletrônicas asneiras anunciando a revelação desse mistério e a redenção de todos os males, causa tremendo espanto, que dependendo do momento, até gargalhadas!
Mas depois do espanto e já refeito do surto de burrice causado por tamanha potência desses gritos, compreendo nítida e cristalina a sua intenção. E o que pretendem se revela claramente nas promessas que fazem e nos produtos que oferecem.
E ao vivo carimbam com a sua marca forte de que até o sagrado silêncio está sujeito aos seus ataques repentinos, com ofensivas palavras!
E perante esses sons deixam de ter sentido as sentenças dos sábios, e não se tem mais como classificar a voz com a cadência e o ritmo da voz humana, que já pouco revela amiga e familiar.
Por isso é que sou mesmo a imitação da vida, se a dos falsos profetas for verdadeira.
Entretanto, como existe um meio termo entre todas as coisas marcado por um frágil ponto, nota-se já nele a raiz da esperança.
Sim, porque continuo existindo eu e continuam existindo eles. E é assim que eles e eu vamos a navegar nesta nave maior, mas já não tão grande que se não possa medir, pesar e contar-lhe o tempo de vida e até se pode parti-la aos pedaços!
Isto se for nosso entanto o de apenas com a carne alheia nos divertirmos. Pois, desgraçadamente ainda não compreendemos que mesmo que não pensem, todas as outras espécies instintivamente vão a fugir de nós. E por que fogem de nós?   

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Destino




Nem por brincadeira

Critico a sorte

Ainda que vaga

A minha algibeira

E os preços da feira

Pela hora da morte


Nem por brincadeira

Azar ou má sorte!


Nem que chova fogo

Seque toda a água

Entrarei no jogo

Que ao fogo apaga


Mesmo sendo novo

Venha o mundo todo

A rogar-lhe praga


Não arredo pé

Saio do caminho

Mesmo sem ter fé

E andar sozinho

E a cada manhã

Haja o que houver

Despetale a rosa

Fira-me o espinho


Haja o que houver

Sigo o meu caminho

Enquanto não souber

Se deus é divino

E não lhe aprouver

Indicar-me o caminho

Haja o que houver

Mais velho vou indo...



domingo, 15 de abril de 2012

Quaternário

Quaternário


Esperar o quê?

Impera que sigas em frente
Diligente sem olhar pra trás,
Cumpras ser no mundo gente,
Apenas gente e nada mais.

Fugir para onde?

De um lado a pressão interna,
Do outro a força contrária
Passageira vida que não é eterna
Cumpre a regra de ser ordinária!

Chorar, a quem?

Tudo passa tão ligeiro pelo tempo
Nada eterno é em tempo algum
Não há inferno, nem deslumbramento,
Breve momento e só, de cada um.

Rir, então!

Até as gotas de orvalho já secaram
E no céu nuvens negras pairam pelo ar
Só a cigana mente com o seu baralho
Mas até o seu baralho há de queimar.

Conquanto eterna se houver trabalho,
Disciplina, vigília, e mente a brilhar,
Em fresca manhã de orvalho
A tua alma há de por fim desabrochar
...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

SAUDADE

Lembro com grande melancolia daquelas remotas manhãs, lá por volta das nove horas e em torno dos sete anos, preguiçosos, quando me estirava na cama da infância inocente.

E ali repousado de alma e de espírito contemplava pela janela o clarão do sol ainda ameno, caminhando para o meio dia quando se empinaria no céu abrasador.
Àquela altura, eu ainda tenro e ele distante brilhava suave, refletindo-se nas videiras primaveris da aurora da minha vida.

As uvas, ainda verdes, já apresentavam raros vagos pintando deliciosamente doces e maduros e eu volitava em torno delas como as abelhas à cata do néctar.

Ah, porque o tempo não parou ali ou não volta e fica aí eternamente? Aquele frescor de aroma suave traz-me agora a boca amarga e o coração magoado e triste.
Ah, Doce enlevo da minha infância pobre, tão rica de singelas paisagens e inocentes esperanças!De que hoje hei de servir-me para lá voltar? Qual transporte metafísico ou de levantado ânimo físico hei de servir-me?

Em sonho sempre retorno, mas nem sempre é manhã no sonho, nem lá já é o meu lugar!
Ainda hei de matar em mim o pensamento adulto, hei de sim, para inocentemente renascer criança nesse porto infantil só meu!

Hoje, que pena! Os portos inocentes desabam nas primeiras horas da manhã, tão logo se abram os olhos e os estrondos das ruas soltem carradas de brita em nossos ouvidos, abalando os já frágeis alicerces do nosso íntimo, abrindo fendas profundas em nosso chão!

É melhor então sonhar inocente aquele remoto tempo deitado na cama da inocência, quando o sol ainda tímido vinha pela manhã.

Ainda o cheiro do plástico queimado não havia contaminado o ar, nem o sol da tarde aos anseios da vida não queimava a razão.

Ainda as notícias do dia de hoje não haviam ido ao ar, ainda os vilões não haviam se levantado, que à noite a farra com o dinheiro alheio se estendera madrugada adentro até o amanhecer.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SUBSTÂNCIA

Desce a noite sobre a terra. Lá no alto o céu envolvido em mistério e silêncio. Como não há nuvens, brilha o luar refletindo um azul profundo e magnífico; e as estrelas imitando-o, também brilham em pontos distintos formando uma abobada esmaltada, belíssima, cravejada de brilhantes.

Quem lhe dera o dom de brilhar, de existir e os pôs como astros e estrelas soltos no ar? Deus? É tão fácil criar um deus magnânimo, todo poderoso envolvido de mistério e responsabilizá-lo pela criação, sem motivo para criá-la!

No entanto, nem sempre o céu foi assim: segundo a ciência oficial assim como a ciência iniciática, o universo está em plena expansão. Teve então um começo, com o início desta expansão revelada e comprovada; e senão é a partir de si mesmo saindo por um ponto singular sem fim e sem começo e eterno, de onde teria saído?

Teve então mesmo um começo e certamente terá um fim; e isto não é uma grande descoberta, nem é difícil de aceitar como teoria, tendo em vista a expansão que não pode ser eterna, devido ter havido um começo. Quanto à natureza de sua formação, apesar da incontável multiplicidade teria de ser o início da Unidade Absoluta; e esta Unidade que sempre existiu e sempre existirá, teria de conter em essência a raiz de todos os elementos existentes no universo.

Disto é inútil discutir e discordar. E dispensa comentário, pouco importa o nome que se lhe queira dar como essência raiz; ou então devemos esquecê-lo como Único e façamo-lo relativo e finito. Mas nesse caso, uma pergunta precisa ser feita: de onde proveio tudo, se tudo é relativo?

Há, a despeito disso, um termo muito próximo da idéia original daquilo que se concebe como raiz de todas as coisas, pelo sentido que em latim expressa a palavra Substância, aquilo que está embaixo, em cima, em todos os lugares e os preenche; é fácil compreender semelhante termo como o mais apropriado para definir a origem, saindo de seu estado de repouso ou “incriado”, para surgir como universo ou verso do uno, ora ainda em expansão.

Absoluto é outro termo usado pelos hindus, nesse sentido, e lhe cai admiravelmente, bem na medida em que, Absoluto só um ser primordial pode conceber-se, para servir de origem e raiz a todas as coisas relativas.
(Isto, entretanto, não pode servir de matéria final enquanto tema, nem encerrar simplesmente o assunto).

Uma energia primordial, portanto, serve (e serviu já) como ponto de partida para a grande largada universal, do Cosmos Vivo, dirigindo-se a um fim, não totalmente previsível.

Mas absolutamente inteligente e objetivo, desde a menor partícula ao próprio universo dotado de códigos, fatores genéticos, cânones, reinos, espécies, e entre eles o homem, portador da razão e do livre arbítrio.

Mas ainda em nome deste princípio do livre arbítrio comete grandes erros; todavia, em virtude dessa magnânima inteligência cósmica, aprende com seus próprios erros, porque os converta em suas experiências. Sendo esta experiência o único resultado que o Absoluto espera colher, através do relativo ou individual caminhar humano, compreendendo-se este termo humano extensivo a todos os mundos conhecidos e ainda desconhecidos, justificando a expansão cósmica como a meta a ser atingida.

Sem qualquer finalidade não haveria expansão, pois nenhum corpo por mais sutil que fosse cresceria sem finalidade objetiva, sem cumprir um objetivo superior impensado por nós, em termos de consciência universal.

Tudo no universo cresce do micro para o macro, seja em forma de partículas físicas, seja em nível de consciência mental de quem possua um veículo adequado para isso, promovendo a expansão, já observada no mundo humano onde as idéias postas em prática demonstram constante evolução intelectual; e essa evolução aliada à pragmática transformar-se-á em consciência individual, como repositório pessoal que avante levará até onde for o seu destino.

Os arquétipos da possível evolução devem estar inseridos no código universal; e as provas nas conquistas cientificam e nas técnicas que o homem vai desenvolvendo apontam para o desenvolvimento intelectual, e não para as criações substanciais dos elementos químicos genéticos vitais, que em absoluto o homem não os cria. E se pode até afirmar que jamais os criará! Não obstante poder juntá-los em laboratório e daí surgir uma forma de vida. Todavia, só é possível a essa vida dentro do princípio arquetipal impresso e indelével no código genético que vem desde o inicio, na Substância Primordial (pouco importando a mestiçagem); ou então em monstruosas formas acéfalas, criadas em laboratório como nos filmes de ficção...

Nada, portanto se cria em termos substanciais, mas tudo se recria em termos de evolução mental das espécies perfeitamente definidas; e através delas o Absoluto colhe a experiência na multiplicidade, sendo esta experiência a palavra chave e a razão pela qual o Eterno ou Absoluto se dividiu em infinitas formas, partindo da Substância Única inseparável para a multiplicidade.

A chave que nos pode oferecer uma pálida idéia do que venha a ser a finalidade do UNO em projetar-se em MÚLTIPLOS, está no conceito de SUBSTÂNCIA, a raiz de todas as coisas. E estas coisas são os veículos através dos quais colherá as EXPERIÊNCIAS individuais, que ainda não as tenha e venha colhendo deste o inicio do Grande Dia que corre, e segundo a ciência iniciática das idades estaria agora na metade do caminho.

A chave, neste caso para melhor compreender-se esta longa caminhada, está no estudo da Cosmogênese, de acordo e como aquela mesma ciência iniciática preconizada.
Parece que todo o enunciado desta questão maior, cósmica, é a palavra chave, SUBSTÂNCIA que se revolve na MULTIPLICIDADE.

E com isto encerramos este comentário, sugerindo que a outra chave, com vista à polaridade de onde partiu a multiplicidade, se encontra na EXPERIÊNCA.

Esta experimentação vai adquirindo conhecimento através das formas dinâmicas, e o transfere gradativamente à consciência do individuo, ao longo do tempo, e no final, se lá chegar, se integrará ao Todo como célula de consciência e membro de uma hierarquia divina.

E quando ocorre a reintegração destas células, será a volta do Filho Pródigo ao Absoluto, Deus ou Substância Primordial.

(E como diz o poeta inspirado, só um viu só um ouviu só um agiu, porque só um existe e finalmente a si recolhe as suas partes).

domingo, 1 de abril de 2012

UMA OUTRA PORTA a meio a tantas outras portas

Existe sempre uma porta aberta, para compensar aquela que se fechou. Pena é que raramente seja vista, ainda que muito larga, tremendamente alta, e eleve a grande altitude ou desça a grande profundidade.

Dolorosas penas que por serem penas não deveriam pesar pesam, contraindo e enfiando nossa cabeça ombros adentro, enfraquecendo o nosso pequeno ser sustentado numa coluna “vertebrada”.

E esse peso que afunda a nossa cabeça pressiona também os nossos olhos, fechando-os; e nós, já antes meio cegos, aí é que não vemos mais nada!

Conquanto magnífica porta aberta fruto de todas as que se fecharam, há de congregar as virtudes e os talentos adquiridos no ato de fechar e abrir, o que tenha animado ao entrar ou sair, criando luz própria e iluminando o caminho, pouco importa se apenas o clarão do vão da porta aberta ilumine.

Pena é não verem todos essa bela e magnífica porta! E às vezes só por medo de olhar lá fora cerrem os olhos a chorar penas, enfiando a cabeça quando não no peito, em qualquer buraco da terra, imitando o avestruz, ainda que muitos insistam na onda de olhar dentro!

Há quem diga de quem nessa porta especial entrou por ela nunca ter saído. Mas não é verdade. Afinal, quem revelou as suas virtudes não poderia ser outro se não aquele que por ela entrou e saiu maravilhado!

Mas existe mérito no fato de muitos duvidarem de suas virtudes. E assim é que se criam mitos negativos, demônios assustadores e se desenvolve o sentido instintivo de autodefesa, fugindo de medo.

Também esse medo cria o instinto de defendê-la pela fé, outros há que morrendo de pavor lançam sobre ela mentiras, atribuem-lhe crimes e cobrem de injúrias.

Todavia, e isto é uma pena, são esses que a carregam às costas, arrastando-a, em vez de nela entrarem sem temor, e de olhos abertos descobrirem o que há dentro ou além dela para se ver.