sábado, 30 de abril de 2011

Perguntas que desafiam a razão são muito bem-vindas.



QUEM É ESSA...?

Não sei quem adiante segue acenando e insistentemente chama por mim. Um vulto feminino, apenas um vulto feminino vejo com um lenço branco na mão, agitado, insistindo para que eu vá por esse caminho. Mas por quê? Há tempos a venho seguindo e nunca está quando dela me aproximo. Até parece fugir de mim!

Quem afinal me chama e esta chama acende, e me obriga a segui-la por essa via, sem saber quem é nem pra que fim?

Não, não sei! Mas arde na alma um fogo se não vou, desce-me dos olhos um fluido incendido se não olho; mas não sei quem me chama e à chama acende e ao meu caminho ilumina!

E essa chama arde tão fundo! Mas quem afinal é ela, que por mim chama? Saberá quanto arde o meu anseio? Ela não responde quando pergunto. Po ir lá bem à frente talvez nem ouça, mas eu vou seguindo o vento suave assoprando. E o seu perfume vai mostrando o seu caminho.

E assim descubro novas formas concretas e abstratas enquanto vou em frente, tantas coisas nunca vistas adiante, descobrindo!

E é assim que vou a quem não sei e me chama e nunca está, quando eu chego! E também ao chegar o que poderia ver se não é aí nenhum lugar, fim, nem começo? Apenas um estado vago, onde não há o que se possa mensurar, e por não ser aí sequer ilusão do tempo, nada haveria para preencher qualquer espaço.

E eu vou seguindo, iludido de que além de mim há qualquer sim ao chegar, mas se não há saída nem entrada como haveria chegada, e portanto uma estrada?

Ainda assim ao ver passar por aqui o que além de mim segue em frente, muitas dúvidas suscita see vai a vida renovada! Não sei, eu não sei mesmo nada!

Mas nela que me acena de passagem, vejo de soslaio o olhar da esperança. E então eu sigo essa ilusão, seja até um canto vão, mesmo que ao chegar seja ela uma miragem, uma paixão.

Pois vale a pena ir de mim para fora, por haver sempre um começo e um fim, mesmo sem chegada de onde parto deste meu porto-agora.

E olhando em torno a quem por perto segue sem destino, como eu, vejo que há em todos algo novo...

Mas como tudo passa, quem vai e quem fica, vale o que em graça sorri e beatifica e nos faz caminhar.

E o sonho? O que é o sonho além de uma falsa escada? Ainda assim vale a pena sonhar, mesmo que nada fique de pé depois de acordar, e “vale o que sorri, celebra e consagra”.

E se tudo o que é, é o caminhar, ainda que não se leve nada, sendo uma estrada vale a pena ir por ela, pois o que se leva mesmo não levando nada é o embrião de um destino.

Já não caminhei e aí ficando encontrei o que não buscava, mas tudo era tão passageiro, que, o que encontrrei não chegou a ser uma ilusão, sequer uma promessa.

Também já fui de malas prontas e cheguei onde queria, mas ao chegar lá nada havia, e nada encontrei.

Então sigo o horizonte, que esse nunca está quando eu chego; e ao que eventualmente toco com as mãos deixo para trás aliviado de seu peso, pois a natural sentir alivio, daquilo que não carrego.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Saga das Prosas continua...


ANCIÃO
Sentado, à tarde, sobre uma pedra à beira do mar, olhava ao longe e só via água e céu, aquele velho homem.

Procurava no horizonte algum momento glorioso, que tivesse marcado à sua estrada e à memória.

Voltava ao tempo que já se fora, procurava as suas velhas conquistas, mas às de hoje deixava para trás, por lhe saberem mal.

Relembrava o mundo que a história havia imprimido em arte, e em boas obras de amor ao próximo.

Mas não via em nada do que lhe disseram do amor, qualquer essência presente; nem mesmo num volumoso vulto arquitetónico em faraônicas dimensões, modernas, nem grandes e fartamente anunciadas descobertas da ciência hoje.

Nem no céu as estrelas não comemoravam, pois não riam a brilhar; se não que em torno delas umas aureolas nublosas lhe pareciam chorosas, em vez do seu tão sonhado e ensejado canto a estrelar.

Mas as ondas e a voz do mar impávido, sem emoção, nem ligavam aos anseios de seu velho coração; e a seu lado estouravam na praia milenar o mesmo canto, que seus ancestrais andaram a ouvir.

Esse mar imenso fundo e largo sabe onde vai ter, mas não sabe o que de longe até ali à praia vem trazer.

Nem o seu futuro, porque os homens pequeninos e atrevidos andam agora afoitos e sem juízo até às praias a emporcalhar.

Em silêncio, lá no céu os astros também se negavam a responder; e ora um ora outro em brusco movimento em código a revelar, que boa nova, não se iluda, não, não deve à boa nova esperar!

E assim o velho homem já cansado, meditando perguntava ao céu e ao mar acerca do futuro, mas como resposta a terra agora às suas costas não lhe dera,
também a negativa do céu e do mar em névoa escura em alto muro se ergueram, e até de sua inquietação se puseram a desdenhar!

Por quê? Ainda em seu coração se pergunta, não aprende o homem com o mar, com as estrelas, com os répteis, com os insetos, uns com os outros as coisas boas de cada lugar?

Só ignomínias e tragédias da mídia e do inconsciente coletivo que os andam a defecar, é só o que tolo pode acreditar?

Cego ainda com o recente sucesso de umas quimeras gerais conquistadas, não prevê o que o mar já vê ser mais um fracasso.

E segue a mesma trilha tão calcada e a alardear seguir “o novo” e cego ao acaso enuncia que é o melhor modo de caminhar! Mas para onde? Para o caos?

Bebe o pior vinho já envolto, comemora o ano velho e brinda ao novo, quando o verdadeiro e régio caminho livre passa ao largo.

E assim vão todos soltos na prisão, procurando onde o que procuram não está por estar onde sempre esteve: escondido no seio oculto do povo, mas onde o mesmo povo não o vê!

E assim procuram fora onde não há nada, e buscam dentro recordar o que já passou; sem ser nenhuma estrada nem mera pista de baile riem e dançam ao som de uma canção, que o próprio tempo ainda não cantou.

Mas ao velho e humilde homem, o céu bondoso e o mar complacente em gesto derradeiro vieram brindar, formando um vulto altaneiro a dançar.

E o brilho do céu e a espuma do mar formaram então a imagem de uma linda criança, sorrindo, que veio até ele feliz, se apresentar.
E ele, de lágrimas nos olhos em agradecimento, os fechou para sonhar.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A marca de seu dono...



HORIZONTE, ESPERANÇA E CAMINHO DO MEIO

Todos os objetos ao alcance de minha compreensão adquiriram um tom muito escuro, perderam os contornos que definiam as formas agradáveis, e as cores desbotaram.

Em meio ao caos do panorama mundial, a única coisa deveras esperançosa vi há pouco no olhar inquietante de uma criança, ao passar por mim.

Querendo-me dizer alguma coisa, olhou-me sorrindo; mas atrás daquele sorriso inocente vi um infantil desassossego, que uma alma adulta de formação ocidental não compreenderia.

Ante este infantil olhar e com este estranho quadro do mundo, aquieto-me estarrecido a perguntar onde teria ido parar a razão e a caridade? Temeroso, onde encontrar a esperança?

No âmago da minha pessoal pretensão já não tem muita importância a minha inquietude, pois pouco tempo de vida me resta; mas, todavia a civilização é jovem e passa por um momento de insanidade coletiva, onde as pessoas realmente preocupadas com os valores morais trazem abafadas as suas vozes.

Certamente, isto passará. E que o retorno ao equilíbrio não demore muito, com penas de uma profunda contaminação invadir os já poucos ambientes sadios, tal a velocidade com que as águas poluídas engolem o terreno ainda sadio e fértil.

Parece que de fato são chegados os tempos esperados, mas não deveria ser desta triste forma...

As alternativas reduziram-se a duas correntes perfeitamente delineadas na base da pirâmide, vendo-se de um lado uma multidão correndo atrás da salvação sem saber do que se salvará, e do outro lado a outra metade preocupada em acumular bens perecíveis, com que pensa construir altas muralhas a fim de proteger-se atrás delas.

Os meios pelos quais adquirem os bens não vem ao caso comentar, todavia raros são aqueles por meios lícitos e honestamente adquiridos.

Felizmente ainda existe uma elite espiritual, muito bem preservada das tormentas, é claro que existe! E em último caso os seus membros servirão de semente para uma nova civilização; mas a inquietação é grande, porque são poucos e até se podem contar nos dedos de meia dúzia de mãos!

Ainda bem que a sua vontade é muito poderosa e produz admiráveis correntes mentais! E o melhor de tudo é que se escondem no meio da multidão, e não trazem marcas na testa! E podem então proteger-se, porque aprenderam ao longo do tempo a arte da mística proteção que os malfeitores da vida não conhecem!

Naturalmente há de prevalecer, ainda um frágil sentimento de amor às crianças, pois também elas haverão de ajudar a salvar o mundo e a repovoar a terra de boa semente, juntamente com as almas simples, que não acumulando pesos de nenhuma ordem pairam acima da superfície caudalosa das águas contaminadas...

domingo, 24 de abril de 2011

A saudade revive imagens mais ou menos como essa. Fosse esse equilibrio possível! Mas não é, nesta dimensão.



SAUDADE

Lembro com grande melancolia daquelas remotas manhãs, lá por volta das nove horas e em torno dos sete anos, preguiçosos, quando me estirava na cama da infância inocente.

E ali repousado de alma e de espírito contemplava pela janela o clarão do sol ainda ameno, longe do meio dia quando se empinava abrasador.
Àquela altura, eu ainda tenro e ele distante brilhava suave, refletindo-se nas videiras primaveris da aurora da minha vida.
As uvas, ainda verdes, já apresentavam vagas pintando vagos deliciosamente doces e maduros.

Ah, porque o tempo não parou nessa estação ou não volta e fica eternamente por ali? Aquele frescor de aroma suave traz-me agora a boca amarga e o coração magoado e triste.
Ah, Doce enlevo da minha infância pobre, tão rica de singelas paisagens e inocentes esperanças!

De que hoje hei de servir-me para lá voltar? Qual transporte metafísico ou de levantado ânimo físico hei de tomar?

Em sonho sempre retorno, mas nem sempre é manhã no sonho, nem lá já é o meu lugar!
Ainda hei de matar em mim o pensamento adulto, hei de sim, para inocentemente renascer criança nesse porto infantil só meu!

Hoje, que pena! Os portos inocentes desabam nas primeiras horas da manhã, tão logo se abram os olhos e os estrondos das ruas soltam carradas de brita em nossos ouvidos, abalando os alicerces do nosso íntimo, abrindo fendas profundas em nosso chão!

É melhor então sonhar inocente aquele remoto tempo deitado na cama da inocência, quando o sol ainda tímido vinha pela manhã.
Ainda o cheiro de hoje o plástico queimado não havia contaminado o ar, nem o sol da tarde aos anseios da vida não queimara a razão.
Ainda as notícias do dia de hoje não haviam ido ao ar, nem os vilões se levantado, que à noite a farra com o dinheiro alheio se estendera madrugada adentro, até o amanhecer.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Desçam o Avatara da Cruz! O dinheiro será o prego transformado na palavra que escraviza?


Ele já veio e vós não o reconheceste!
Enquanto o mantiverem pregado na cruz não será reconhecido, embora já tenha voltado...
Quem vive no passado não vê o presente onde a impermanência acontece.
E nessa bolha chamada de Universo, a transformação não espera nem será interrompida para servir ao pensamento retrogrado...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A essência depende de um veículo onde se deposite. A espada guarda.


PASSAGEM II

Sorriso farto nos lábios
Passou por mim a sorrir
Cantando o que só aos sábios
É permitido ouvir...

Pois cantava bem de olhos
Brilhava a sua face rosada
Que hoje a choro aos molhos
Não ver a sua aura dourada.

Passou por mim tão depressa
Por pouco eu nem a via!
Entretido na velha conversa
Quase nem vi passar a Sofia.

De modo que meu coração
Minha alma e o meu amor
Perdidos na grande ilusão
Segregam-me forte amargor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Homenagem ao Poeta cujas falas nunca tinham sido tão vitalizadas como no tempo atual... principalmente no "Pranarto"



Gregório de Matos em Epílogos

Que falta neste pais? Verdade.
Que mais por sua desonra? Honra.
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama o exalte,
Num país onde falta
Verdade, honra, vergonha.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Renascimento. Ou a transformação de uma ideia caótica



Transformação.


A motivação do símbolo da liberdade expresso numa ave
obedece também ao recurso artístico, mas não só!
Sim, é preciso também olhar fora
para não cairmos na tentação simplista de que tudo está dentro.
Embora seja verdade, tudo está dentro,
mas quem não olhar fora com olhos de cientista,
não observar como o Iogue, contemplar igualmente tal o místico
e afagar gentil como o amoroso, nada encontrará dentro...
Pois é natural que aquele que assim procede, o faz de dentro para fora
expressando o que vai em seu interior.
E então o que está fora é o mesmo que está dentro,
ou o que está em cima é igual ao que está embaixo...

terça-feira, 12 de abril de 2011

E Você? Estranhou minha figura? Denso nevoeiro paira...



Provocação.

... “Como é possível prosear em dó, se em ré é que se vai a remar contra a correnteza das águas, na verdade contra a maré”?

Certa vez um cidadão no meio da platéia fez essa pergunta a um sujeito muito sisudo, mas de ares pacíficos que proferia uma conferência da paz.

Meio sem jeito e a contragosto, ele respondeu:- prosear em dó ou em ré não faz diferença, desde que a água das chuvas não leve sequer uma vírgula das prosas em sol.

As pessoas da plateia, surpresas, olharam umas para as outras sem compreenderem nada; quem fizera semelhante pergunta só poderia tê-la feito sem pensar!
Teria também o conferencista respondido do mesmo modo? Indagavam entre si, surpresas pela graça inusitada daquela conversa meio maluca.

Entretanto o orador já refeito e com um sorriso maroto entre dentes, quase adivinhando o que o público pensava e queria ouvir, tornou: - devo esclarecer melhor a questão, pois noto que os senhores ouviram e não entenderam muito bem a pergunta, nem tampouco a resposta.
- Prosear seja qual for o tom, nem sempre vale a pena. Nem mesmo em forma de verso. Já ouvir, quando há ouvidos de natureza solar, sim se deve ouvir muito!
Quanto às chuvas de verão, cuidemos para que não levem sequer uma vírgula, ainda que assinale uma pausa entre duas asneiras torrenciais que identifiquem o falsificador da palavra e sua testa seja assinalada!

A platéia continuava curiosa, sem entender, mas parecia gostar da prosa, pelo semblante alegre, que ali reinava... E ele prosseguiu com a palestra que será revelada qualquer dia destes, quando será perfeitamente entendida, devido a muito boa fundamentação...

No momento as palavras permanecem germinando na estufa fria de rigoroso inverno a que foram submetidas, por causa da tempestade que se abatera nos ouvidos... Mas na futura primavera, já bem crescidas serão pronunciadas com muita clareza pela manhã ao sol ameno, quando bons ouvidos alerta lhe renderão honras e o denso nevoeiro que povoa as mentes tiver se dissipado.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Esfinge 3.005



INDIFERENTE

Sem estilo e sem intenção de mudar que seja uma vírgula do que sinto neste momento de absoluta solidão de corpo alma e espírito, relato em tinta da cor triste com letras deformadas, o que na alma reverbera em sensações, às quais eu não sei em sentimentos defini-las.

E já nem chegam a ser tristes, porque até este sentimento envelheceu e já não o acho digno de causar-me desconforto.

Naturalmente em virtude da pouca importância dada as pessoas ou às coisas que poderiam ter me causado tristezas e aborrecimentos.

Sem tom, sem vontade, e por isso mesmo sem qualquer ensaio de estilo, escrevo o que ninguém lê, plagiando Pessoa, ao dizer “que não tinha portugueses que o lessem”, ainda que os seus prognósticos não se confirmassem, pois não só os portugueses, mas o mundo todo o leu e lê.

Eu, todavia em pedra fria assente com meus pés e os meus olhos a coisas que eu não queria mais ver vendo, translado meu testamento em abstrato, revelando um auto-retalho caracterizado pelo desassossego que o anda a modelar.

Esses sinais na cara, que um dia fora um rosto liso, antes que o desgosto e as rugas profundas o rasgassem, tornou evidente a quem lê nos meus olhos o meu estado, e pensa com seus botões ao passar por mim: “aí vai um triste”! E segue em frente o seu destino, esquecendo-me ali; e eu, mais uma vez fico só, sem desejos nem imaginação de não ficar só.

Mas não tenho certeza de estar deveras triste, por já não saber decifrar os sentimentos nem qualificá-los com peso e qualidade do que sinto.

Sem qualquer certeza e sem imaginar o que é verdadeiro e vá já ao mundo ou escrito na história e até mesmo na consciência coletiva do povo, não tenho a mínima informação do que seja real e exista, destinado ao sempre.

E nem saberia explicar com outras palavras este drama. Mas devo repetir que, além de não conhecer, não acredito em qualquer coisa que possa ser descrita ou escrita e realmente exista em definitivo.

Isto que aqui anda e qualquer coisa e tudo mais que falta por andar no campo dos anseios, e tudo quanto não ande ainda nem na imaginação.

Sem estilo e sem grilo e sem nenhuma vergonha de o dizer o digo, pois que o certo e o incerto são tão incertos que ao final nenhuma certeza ou incerteza são verdadeiras.
Assim como também não existe o ser inteiro, por ser passageiro, nem o permanente devido a impermanência...
Existência plena talvez só Deus, porém antes de ser Deus e a morte, mas também a morte mente de matar... Então? O que significa a alegria ou a tristeza?

Ah, mas há algo diferenciado,indisível e até invisível, tal o fio de Ariadne que une o ser ao não ser, e desconfio tratar-se de um código moral e ético, que mesmo que não garanta a existência pós qualquer coisa, mas reflete um brilho dourado.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Plutão deve ter história pra contar




Ainda que astrônomos o tenham desclassificado, sempre será o que é...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Estranha Forma de Arte...Apesar de: J. B.


Efígie de um Cavaleiro, com suas insígnias rudes, traços primários
e tosca figura, mas tem voz própria e nos diz:

“Sob o fio da espada à direita e à esquerda e ao alto cabeça foi armado”
e sigo sem armas, exceto a das palavras.

E eu que lhe dei forma, mas não voz, assisti ainda há pouco a Presidente
sendo armada nas Três Armas.
Teriam seus grão-mestres, lido para ela os deveres de um cavaleiro?

De qualquer maneira, sob sua égide e dever estará indelevelmente comprometida.
Ou excluíram em nome do "maldito politicamente correto" deveres e o cultivo incorruptível do caráter, expressão viva e discreta da ética, e por fim a vida, se preciso for pelo todo, ou pela pátria?

QUEM DERA!



Tivera eu do céu sereno, que é dele que eu espero
Tudo quanto não posso ter e tanto, tanto eu quero!

"Se tiveres de me olhar, olha-me então nos olhos".

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Totem do Mito: Oitavo do Futuro.E o outro abaixo Oitavo do Passado, mas já com feitos assinalados: duas serpentes; levará quando voltar noutro univer.




E a esfinge humana?

A Esfinge de Gisé teria sido decifrada,
quando ao passar da esfera dos mitos se transformara em pequenas fênix
ambulantes, individuais, pessoais, mas infelizmente a essas Saturno vai devorando!
“Ou me decifras ou te devoro” é como ela do silêncio intima e desafia.
Cara de homem, garras de leão, asas de águia e flancos do touro.
Pela ordem descrita diz saber, ousar, calar e querer.
Esta virtude do verbo, em outra ordem parece dizer:
Querer, saber, ousar e calar.

sábado, 2 de abril de 2011

Entre Deus e Substância, devido o "conspurcatório" da palavra Deus prefiro Substância



Comentário...

Caros amigos,
Falta ainda dizer que essas pessoas, que dentre todas reduzidas quimicamente à menor porção não dariam nada além de uma minúscula partícula ou pastilha de carbono, querem que Deus, não importa o nome, mas como esse é o símbolo que a maioria entende e reconhece, tome conta do gado...
Mas eu reafirmo e sustento que Seu Palco é o Espaço sem Limites e o Tempo Absoluto.
Num sistema em que, reduzir já agora essas pastilhas de carbono ao último estágio da massa real, o que seriam?
E o Sol a essa dimensão reduzido, o que será? Talvez um pequeno buraco negro?
Mas enquanto não, e dessa quase nada em massa projetado num vazio fantástico em sistemas e galáxias incontáveis, ainda alguém quer reduzir Deus a esse tamanho de vigia de Bins?
Caramba! Não basta estar por trás desse evento maior em cujo seio agasalha, dirige – se bem que, no piloto automático devido às leis universais - e tem de cuidar pessoalmente também das galinhas, dos peixes, da geladeira, dos sindicatos... e até dos ratos, caso saindo do esgoto aflijam as comunidades, de futuras pastilhas de carbono tipo Bin Laden?
(A humanidade apegada à matéria fisicamente é isso mesmo: uma pastilha de carbono.)