quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

(Construção da raça humana



Embora os princípios fundamentais oferecidos pelos deuses para a construção do individuo humano tivessem sido perfeitos, nos dois fatores de construção do ego - mente e a emoção - o homem não tem sido muito feliz.

Primeiro, porque recebeu a emoção em forma de instinto antes da mente, criando raízes profundas naturalmente por ser mais velha, e também profundos vícios atávicos, terríveis, embora necessários no início do nascimento como arma do instinto de sobrevivência, e a construção do indivíduo.

Segundo porque ao receber a mente, como herança adâmica, ganhou direito e condições de pensar por si mesmo, se fizer para tanto, naturalmente; mas até hoje, passados dezoito milhões de anos, segundo a Tradição ainda não ficou “bom nisso”.

E ao longo desse tempo na construção de indivíduos, foram-se criando personalidades diferentes, e não há mesmo duas personalidades iguais.

E assim divididos em classes classificados por estatísticas e bens materiais e raramente de cultura, chegaram até  aqui repartidos entre povos e nações... credos e ideologias

Autores e alvo de muitas culturas, a maioria com pouca ou nenhuma cultura, certamente esta maioria aguçaria os instintos exploradores dos mais espertos, via de regra burocratas que inventaram uma forma de trabalhar de modo a não fazerem nada, mas mandar, alguns mandam mesmo naqueles que de fato metem a mão no trabalho, no barro e na pedra.

Realmente escória e classe de inúteis segundo o explorador, este pobre contingente é visto como uma massa e se um dia alguma coisa cidadã faz na vida em prol de outrem e é este outrem o candidato, só mesmo quando vota, numa eleição.

Mas ainda assim o faz errado e não raro elege-se o pior, porque tema este pobre perder o nada miserável, que pensa ser muito, um trocado em troca de não fazer nada e nem aprender. E assim se mantém a colônia onde todos fingem muito bem, e artisticamente fazendo macaquices ganham fortunas os seus chefes, para fazê-las.

E então ronda o perigo se algum deles vier a causar uma disfunção coletiva e até virar “chefe de estado” de alguma republiqueta, ou da aldeia cacique onde ascende, e daí não pretende nunca mais sair.

Ainda bem que este não é o caso da Tribo Carajás e o cacique nove luas não se tornou o feiticeiro da Aldeia... Ainda bem!

Ainda bem que não é mesmo feiticeiro nem o pobre esfarrapado virou presidente do Grêmio Recreativo da terra da raposa vermelha, nem presidente da junta da freguesia... Mas há um pesadelo que o povo daquela aldeia vive coletivamente, mas esse bruxo nunca existiu!

Embora infelizmente o pesadelo seja vivido ao vivo pelo povo lá da aldeia, como se o bruxo existisse, e assim desgraçadamente o bruxo vive... )

Lula existe e vai agora até de candidato à santidade do Papa, comandado por um Marketing de quadrilha de contraventores de rinha de galo, fez passar numa Avenida de São Paulo numa tela gigante a figura da triste degradação humana da silva, com a seguinte legenda: “um torneiro mecânico ensinado um médico”.

Mas no caso vertente e real, a única coisa que esse torneiro mecânico sabe e poderia ensinar certamente nenhum médico há de querer aprender.

Pois, seguindo qualquer doutro em qualquer coisa o que a triste figura da degradação humana sabe e pode ensinar, mataria todos os pacientes, em razão do professor torneiro só saber estuprar e corromper tudo quanto toca.

Se Deus tivesse de falar através de mim, hoje, diria o seguinte:

Pense antes de fazer qualquer movimento, e considere o seu voto ou até o seu aplauso, que seja o seu sorriso um movimento sagrado em direção à cidadania, onde o bem e o bom e o belo na expressão do EU terão de ser consagrados à alma humana.

Dê ao rato o tratamento de rato e ao homem o tratamento de homem. Mas cautela com os ratos vestidos de homens, pois já um em sua pátria foi presidente da silva. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SINARQUIA


Combater o comunismo, combater a idéia de luta de classes e fazer com que o capitalismo submeta-se ao bem comum numa nova sociedade, assentada em relações humanas diferentes, com bases não competitivas, que será criada a partir da colaboração do capital e do trabalho, gerando uma maior distribuição da riqueza, e evitando que a sociedade se estraçalhe, vítima da ignorância e da cegueira, que nos precipitam no abismo da guerra civil, esse é o objetivo do Humanismo Econômico.
•       A ditadura da classe política - o mais sofisticado totalitarismo
A Sinarquia se opõe a qualquer forma de ditadura, sendo um dos seus princípios básicos o respeito à liberdade de consciência, de opinião e de associação política por afinidade. Mas substitui o jogo anti-social, estático e anárquico dos partidos, construídos segundo a idéia de oposição e de luta pelo poder, pelo jogo altamente social e dinâmico dos profissionais organizados e das associações, formadas segundo a idéia de serviço social e da cooperação real e legítima de todos no poder, através da delegação aos melhores e mais competentes no governo efetivo.
Por meio de uma avaliação sinárquica compreendemos que, aquilo que os comunistas não conseguiram, que foi implantar a ditadura da classe proletária sobre as demais classes sociais, foi realizado de forma sutil e eficiente pela classe política, que utilizando-se da bandeira democrática abandona o eleitor à própria sorte, simples massa de manobra, totalmente equivocado em relação ao sistema em que realmente vive, não percebendo que está subjugado à ditadura de uma classe social, que aliada ao poder econômico, estabeleceu uma das mais sórdidas e sofisticada ditadura de classe. Pois a ditadura da classe política, sobre as outras classes, se faz de forma imperceptível e com a colaboração dos demais segmentos da sociedade, na legitimação de tal sistema totalitário.
A filosofia sinárquica se coloca como inimiga declarada dos políticos profissionais, que se perpetuam no poder por várias gerações num negócio que passa de pai para filho, estando dividido em dois grupos: os conservadores, que detém o poder e os privilégios, e são os defensores "do dever do cidadão para com a pátria", sem contrapartida, da pátria para com os cidadãos, esquecendo-se de seus deveres e compromissos assumidos com o povo que os elegeu; e os revolucionários que ambicionam derrubar os outros, para conquistarem o poder e os privilégios destes, esses "lutam pelos direitos do povo", direitos que são os primeiros a violar, tão logo assumam o poder, lançando mão muitas das vezes de ditaduras brutais.
O povo por sua vez foi dividido em partidos, que são incapazes de chegar a um consenso que viabilize uma causa maior, como a causa da nação, tomando a convivência entre os poderes nos quais divide-se o estado, em uma verdadeira batalha. Essas situação agrava-se quando o processo eleitoral é maquiavelicamente inflacionado, o que coloca os partidos à mercê do poder econômico. Vale citarmos Barbosa Lima Sobrinho, num artigo entitulado "Um novo totalitarismo", escrito para o Jornal do Brasil, em 1996, referindo-se às ditaduras que assolaram a Europa e o mundo, pergunta: "Será que mais de meio século depois, já podemos respirar aliviados? Ou há sinais de um novo Totalitarismo, senão no domínio político, mas no Terreno da Economia refletindo-se na vida de todos os povos?"
Vale a pena refletirmos nas palavras acima, enquanto vemos a nossa sociedade debater-se nas garras da corrupção que derruba os presidentes, ministros e deputados, demonstrado a fragilidade de nossas instituições frente a ganância de homens oriundos dois mais baixos extratos sociais, utilizando-se de sua imunidade política banqueteiam-se das populações que deveriam proteger. Diante desses fatos só nos resta resignarmo-nos ao mal que assola as modernas democracias, ou arregaçarmos as mangas e partimos para a grandiosa tarefa que o momento histórico nos impões, que é a de erguermos a civilização brasileira.
Segundo o nosso ponto de vista, tal tarefa só poderá ser levada a termo, se o povo brasileiro não copiar, no seu desenvolvimento político a linha traçada pelos E.U.A., ou Alemanha ou Rússia, mas se o Brasil, baseando-se na experiência do velho mundo, criar sua própria linha política adequada as características de sua população.
É diante deste cenário que a Sinarquia ressurge, buscando uma síntese, entre o ideal revolucionário de Fraternidade, Igualdade e Liberdade, e o pensamento político de direita, de Propriedade, Hierarquia e Autoridade; os sinarcas adotam a divisa Fraternidade, Hierarquia e Liberdade. Pois segundo o pensamento filosófico sinárquico, não há organização sem hierarquia sendo esta o pré-requisito básico que rege todo o cosmos, desde o reino animal, passando pelo reino hominal, até o supraceleste.
Estamos cientes que qualquer solução para os problemas sócio-políticos que nosso país está enfrentando deve ser adaptado à nossa realidade, às características do nosso povo e a nosso momento histórico, não sendo as idéias sinárquicas, receita de bolo, que devem ser seguidas cegamente. O nosso futuro depende de nossa capacidade como livres-pensadores, de buscarmos soluções inteligentes, para os desafios que nossa sociedade enfrenta e dessa forma darmos a nossa contribuição para as futuras gerações.

"UMA ÚNICA MOEDA, UMA ÚNICA LÍNGUA, UMA ÚNICA NAÇÃO"
Henrique José de Souza

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

SINARQUIA


Capitalismo x Comunismo
Aplicamos ao comunismo, o método crítico estabelecido pelo próprio Marx sobre a relatividade das ideologias, e observamos que este é um conjunto de fórmulas que tendo sido vivificantes, mas com o tempo se tornaram ultrapassadas pela evoluções dos fatos sociais e da tecnologia, cristalizando-se em preconceitos incômodos e retrógrados. Portanto, concluímos que, apesar de apresentar uma grande preocupação com a questão social, não está de acordo com o estado de consciência da humanidade e portanto, como pôde ser observado na prática, todas as tentativas de implantá-lo resultaram em fracasso. Apesar de apresentar muitas imperfeições, o regime capitalista é o que parece estar mais adequado ao estado de consciência do grosso da humanidade, dado a sua aplicação, e aceitação nas mais variadas culturas, nas mais diferentes regiões do planeta. Isto se deve ao fato, do homem, apresentar ainda na sua composição psicológica um alto grau de egoísmo. E como afirmava Joseph Caillaux, o regime capitalista "já evolui e evoluirá ainda mais. É aquele que não se compromete com fórmulas definitivas, pelo contrário a sua qualidade mais notável é uma extraordinária maleabilidade".
Como tudo na natureza evolui, e a evolução não se dá aos saltos, mas progressivamente, devemos trabalhar para dotar o capitalismo de instituições mais sociais que as aspiradas pelos socialistas, fazendo-o evoluir para uma oitava acima, criando dessa forma um novo regime, que utilize melhor o melhor do capitalismo e o melhor do comunismo. Não estamos propondo uma solução de meio termo e medíocre, mas o que qualificamos de síntese e que denominamos Humanismo Econômico. Trata-se portanto de fazê-lo evoluir de seu estado atual, primitivo e selvagem, para uma forma superior, mais espiritualizada, até chegarmos ao Humanismo Econômico.
Esse regime, objetiva combater o esforço secular dos Burqueses, em sua tentativa de separar o capital e o trabalho, e as relações perversa que daí advieram. Por um lado confinando os empregados a um papel mecânico, o que torna o trabalho um verdadeiro sacrifício, quando este deveria ser o gerador da auto-realização. E por outro lado tornando a maioria dos empresários completamente alienada à questão social, que cerca suas fábricas, suas empresas e sua moradia. Qualquer espírito sensato não poderá deixar de observar as perigosas conseqüências de um estado de coisas tão manifestadamente iníquo.
É só olharmos ao redor e vermos que guerras violentas são travadas no campo econômico, enquanto a produção industrial em massa vai esgotando os recursos naturais, os resultados de tal mundo econômico, e que como contrapeso ao desenvolvimento tecnológico, evita que a riqueza retirada da terra seja aplicada na melhoria do padrão de vida, e faz com que, hoje em dia, o desemprego e a fome seja epidemias que assolam as nações do globo.
Longe de serem forças opostas, o capital e o trabalho devem associar-se, na fraternidade e na liberdade, de forma a reconstruirmos a sociedade segundo uma base não competitiva, tendo como fim extirparmos o flagelo da pobreza.
O Humanismo Econômico é a forma de auxiliar o capitalismo a sair de sua fase infantil, dotando-o de idéias progressivas no sentido social, combatendo a especulação, a ditadura do poder econômico, dos bancos e dos grandes potentados financeiros, ao mesmo tempo que apoia a média, pequena e micro empresa como elementos geradores e distribuidores de riquezas. Visa a libertação econômica da população, atualmente escrava da ditadura do poder econômico, na sua desumanidade anárquica, que leva os países à ruína.
Tem como objetivo a vitória de todos os produtores, sejam eles patrões ou empregados, sobre os meios especulativos e de exploração, é o primeiro passo para a sociedade sem classes, gerando uma era de relações diretas entre as duas forças econômicas organizadas, os patrões e os empregados. Busca promover a evolução do capitalismo, sem fazer uso do marxismo, demostrando que para gerarmos condições sociais mais justas, não é necessário recorrer ao estado totalitário e autoritário.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SINARQUIA

Amigos e amigas, desculpem! Uma tempestade pôs fim à fonte de rede e fiquei sem poder postar...


 Barbarismo tecnológico
Mas, o que ocorre na atualidade é justamente o contrário, enquanto grande parte da população mundial está reduzida a condição de simples braçais, num estado semi-vegetativo em completo topor, vivendo em condições sub-humanas e tendo o seu desenvolvimento neurológico comprometido devido à subnutrição, milhões são destinados à pesquisa da chamada IA (Inteligência Artificial), a fim de dotar os computadores de inteligência. Podemos dizer que vivemos numa era de Barbarismo Tecnológico, onde os seres humanos vão sendo cada vez mais brutalizados, pela técnica, que deveria servir de base para a sua libertação e para o seu desenvolvimento em outras áreas, prova disso são as atuais especulações sobre a utilização de DNA, estrutura base dos organismos vivos, como meio de armazenamento, para os supercomputadores. Ou, como no caso da afirmação do futurólogo, Peter Cochrane, de que, daqui a 50 anos será possível implantar chips de silício no cérebro e fazer a memória humana em computador capaz de se comunicar mentalmente, via Internet (Isto É, 7 de Junho/95, pág. 16).A nosso ver, tanto uma coisa, com a outra não passam de monstruosidades. Cabe aqui, perguntar-nos, onde nos levarão os caminho que atualmente seguem a Biologia e a Tecnologia, nas mãos de técnicos amoralistas? Será que um dia seremos capazes de produzir robôs biológios, uma espécie animal, artificialmente criada em laboratório, pela alteração genética de algum organismo vivo, possuidor das imensas capacidades dos supercomputadores? E finalmente perguntamos a quem e para quê isso serve?
Que fique bem claro que a Antropotecnia não defende de maneira nenhuma a interrupção do progresso da ciência, mas opõe-se ao uso descontrolado do conhecimento científico e da tecnologia, sem que se crie os mecanismos sócio-éticos, reguladores da utilização desses conhecimentos.
Antropotecnia x Barbarismo tecnológico
É perceptível por todos, que o mundo está se tornando cada vez mais frágil, mais interativo, e nesse mundo o papel da tecnologia é preponderante e decisivo. Vemos que sucedendo as três grandes revoluções da humanidade, a revolução francesa, a revolução industrial, a revolução comunista, surge agora a quarta fase revolucionária, e vivenciamos a revolução tecnológica, alavancada principalmente pela informática. Esta se for orientada pelos princípios da antropotecnia, nos fará caminhar para uma ordem mais orgânica, muito mais integrada, do que esta que está se dissolvendo. Caminharemos para a cidade técnica universal, com suas especialidades, seus blocos econômicos, e sua mecânica de precisão global, que será o suporte para os grandes núcleos espirituais, de grandes sociedades culturais, de homens libertos do trabalho embrutecedor.
A Antropotecnia atualmente avança, contribuindo para a formação do homem civilizado, na totalidade de suas atividades corporais, sociais e espirituais através da criação de núcleos, instituições e associações que reunam os homens para além de suas opções políticas, filosóficas, religiosas, etc... unindo os melhores de cada disciplina, num clima de tolerância, de respeito e de boa vontade, numa ordem laica invisível militante atuando no mundo da tecnologia, pra fazer surgir uma nova elite de técnicos, capaz de por fim ao divórcio da ciência com a religião, que possam ser os difusores da Religião Sabedoria.
Com esse objetivo, o pensamento antropotécnico busca promover uma renovação nos métodos pedagógicos, através da criação de um novo tipo de ensino, que deverá não apenas visar a informação do ser, mas a sua formação integral, para isso é necessário uma reconstrução do ensino, através de um investimento maciço, na área de educação, não só do ponto de vista econômico, mais sim o verdadeiro papel do ensino no destino da futura humanidade e, não esperar e a colaboração das autoridades atuais, adversas a causa do saber, que não levam em conta, em seus atos, que o povo que não estiver capacitado, intelectualmente, não encontrará lugar no concerto das nações, na nova ordem mundial, que já podemos divisar no horizonte.
Para tanto esses professores devem buscar em primeiro lugar restituir sua própria dignidade, e realizar a qualquer custo, o ideal do combate à ignorância, onde quer que ela se manifeste. Combate este que deve ser conduzido de forma inteligente em bases antropotécnicas, visando elevar os seres sobre sua responsabilidade kármica, não simplesmente ao nível de animais educados, ou domesticados, aptos a algum tipo de trabalho, mas conduzí-los a verdadeira sociedade hominal. Pois, o ideal sinárquico só poderá realizar-se pelo desenvolvimento da inteligência dos povos e pelo seu livre assentimento, e não pelo domínio de qualquer povo, ou casta, mas pela própria Lei Universal. Isto só será possível através da integração da religião e da ciência, que como duas asas deverão alçar o homem em seu desenvolvimento material e espiritual.
"A tecnologia só poderá cumprir a sua grande missão se a pusermos conscientemente à serviço de valores éticos" - Richard Coudenhove-Kalergi
Humanismo Econômico
Colaboração de classes
Uma das ilusões mais nocivas da atualidade é a idéia de luta de classes, esta idéia pode e deve ser substituída pela prática da colaboração, com intuito de integrar os trabalhadores na chamada classe média. A idéia de colaboração é mais sadia que a de luta, pois, partindo dessa premissa abrem-se os canais criativos para trabalharmos para o surgimento de uma verdadeira sociedade. Mas quando aceitamos em nossas mentes, como natural, a idéia nefasta de que as classes vivem em luta, estabelece-se uma relação de violência em nossas relações sociais, e a partir dessa predisposição mental geramos realmente o fato de uma luta, de uma verdadeira guerra social. Conhecendo o caráter subjetivo das relações do ser humano com a vida, recusamos a idéia de luta de classes, e em seu lugar geramos a idéia de colaboração de classes, de modo que esta mude as predisposições belicosas que hoje dominam as relações sociais, abrindo caminho para que esta colaboração possa estabelecer-se definitivamente com uma realidade. Com esse intuito busca-se agrupar, nas mais variadas instituições, sem nenhum preconceito, patrões esclarecidos, altos funcionários do estado, profissionais liberais, intelectuais e sindicalistas com o objetivo de assegurar que essa colaboração se desenvolva em bases justas e honestas, de modo a buscarmos soluções para evitarmos o total colapso social.
Sendo a finalidade da Sinarquia, dissolver sem violência as classes, respeitando e ao mesmo tempo promovendo a diversidade natural das pessoas em suas especializações funcionais, gerando no ideário das massas uma idéia mais sadia, a idéia de colaborações de classes, trabalhando no seio da sociedade para verdadeira mente implantá-la.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

SINARQUIA


... Portanto, segundo a Biologia Social, a chave de uma organização social naturalmente equilibrada é a trimembração do organismo social, em três funções, altamente especializadas, mas harmonizadas de forma a funcionarem de maneira unitária, análoga aos demais organismos vivos.
A Biologia Social não visa a divisão da sociedade em classes, mas a organização daquilo que é naturalmente diferente, que é a administração das instituições, tais como a economia, as leis e o ensino, para que possam cooperar num conjunto harmonioso, unitário, através da atividade do ser humano, pois a dinâmica da vida envolve o homem nessas três esferas.
Vamos dar um exemplo: o ensino, na atualidade, ora está sujeito ao estado, submetido a uma ideologia, ou seja ao poder político, ora está submetido ao poder econômico, em ambas as situações o seu desenvolvimento é adulterado por objetivos alheios a sua real natureza, que é a de instrução das novas gerações e a pesquisa no sentido de ampliar o saber humano, portanto, sua organização deve ser orientada pelos professores, pesquisadores e pelos alunos graduados. Do ponto de vista sinárquico, a função espiritual, que é composta pela religião, pelo ensino e pela cultura, não deve ser submetida ao poder político, nem ao poder econômico, para que possa desenvolver-se segundo sua própria natureza.
Outro caso é o da função política, no seu aspecto jurídico, que não conseguiu produzir inovações capazes de acompanhar o desenvolvimento das relações econômicas, ficando para trás, se constituiu em uma super estrutura, um apêndice do poder econômico, sendo totalmente invadida por este.
Mas como funcionaria uma sociedade trimembrada? Como se harmonizam as três funções sociais? O elemento harmonizador, no caso, é o próprio homem. Através da própria vida são integradas as funções espirituais, estatal e econômica, o ser humano é o elemento que permite a unidade da sociedade trimembrada.
As funções sociais e suas atribuições
Função Espiritual - detentora da autoridade, dividi-se em duas sub-funções:
A sub-função Religiosa, responsável pelo sacerdócio, teologia, iniciação, realização de cultos públicos e rituais esotéricos;
A sub-função Intelectual, a qual cabe o ensino teórico de qualquer natureza e exame dos candidatos ao exercício do poder político e econômico.
Função Administrativa - Detentora do poder dos governantes, dividi-se em duas sub-funções:
A sub-função Política, propriamente dita, que elabora as leis, que regulam toda a sociedade, seus membros são examinados, pelos instrutores e eleitos pelo povo, em sufrágio universal, a fim de formar três conselhos:
O Conselho da Autoridade, para legislar sobre a educação e o culto, é formado por sacerdotes, e professores, eleitos para este cargo, é presidido pelo Primaz.
O Conselho do Poder, para legislar sobre a saúde, a alimentação, o trabalho, o saneamento, a justiça, a segurança pública e a guerra, é formado pelos juizes eleitos, sendo presidido pelo Soberano.
O Conselho da Economia, que legisla sobre as finanças, obras públicas, agropecuária, indústria e comércio. Este conselho é formado pelos cidadãos envolvidos em algum ramo econômico, tendo dado nessa área provas de competência e capacidade, o presidente deste conselho é o Ecônomo.
A sub-função Judiciária, que aplica as leis, e é formada pelos três ministros, presidentes de cada um dos conselhos:
O Primaz que é responsável pelas questões relacionadas à vida intelectual e à vida espiritual, é examinada pelos instrutores e selecionada entre os melhores membros do conselho da autoridade;
O Soberano é o responsável pelas questões ligadas à justiça, ao exército e aos negócios estrangeiros, sua seleção obedece ao mesmo critério acima, sendo este escolhido entre os melhores membros do conselho do poder;
O Ecônomo é o responsável pelas questões relacionadas à vida econômica, sua seleção obedece aos mesmos critérios acima, sendo este escolhido entre os melhores membros do conselho da economia.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Sinarquia


Prezados amigos, este estudo é um pouco longo, mas é de autoria de autoridade no assunto. cujo nome será revelado ao final de 3 ou 4 postagens...

Sistema Filosófico-Político-Iniciático
Qualquer pessoa de bom senso pode observar que estamos vivendo estágios avançados de uma tríplice crise: uma crise econômica, gerando colapsos como recentemente o caso do México; uma crise política, originada pelo alto índice de corrupção e pela falta de representatividade das democracias modernas; e por último uma crise moral, gerando seres destituídos de valores realmente humanos, o que por si só provoca toda essa situação caótica. Este estado de coisas deriva da pressão exercida pelas necessidades materiais, econômicas, sobre o poder central, no sentido de desassociar a moral da política, a espiritualidade da lei, esta poderíamos dizer é a causa mórbida mais mortal que sempre foi capaz de implantar a anarquia em qualquer sociedade.
Pautados em leis universais, os iniciados sabem que a solução dessa situação, caótica está na submissão absoluta da política à moral, do poder à autoridade. Essa é a lei secreta que permitiu a Hermes erigir a civilização egípcia, a Krishna fazer o mesmo na Índia, e a Quetzalcoalt tirar o povo asteca da barbárie, enfim que permitiu a todos os grandes heróis civilizadores, transformarem uma turba, num povo. A chave dessa organização Iniciática da humanidade, era conhecida por Moisés, que trabalhando de dia e de noite a utilizou para organizar o povo de Israel, quando o tirou do Egito, instituindo sobre este, três conselhos, o Conselho de Deus (formado por Sacerdotes e Professores), responsável pelo ensino, o Conselhos dos Deuses (formado por juizes) e o Conselho dos Anciões de cada tribo (representando a economia), a instituição essencial desse sistema era o Kahal, palavra que hoje quer dizer comunidade, ou fraternidade, e seus fragmentos constituem ainda hoje a base da organização do povo judeu. Hoje como em todas as épocas, existem não no astral, mas em nosso plano físico, homens que aspiram realizar certas reformas sociais, e que não pertencem aos organismos visíveis da sociedade. Esses homens, reunidos em pequenos grupos, criam, os instrumentos, variáveis com as circunstâncias, o país escolhido e o estado de consciência da época. Eles agem conforme a velha ciência de organização social, proveniente dos antigos santuários do Egito e da Índia, e conservada até os nossos dias em certos centros herméticos.
Esse segredo, filosófico-político, é analógico à organização simbólica do centro iniciático mundial, conhecido como Paradesha ou Agartha, que é governado por uma trindade, o Brahatma, ou o Rei do Mundo, expressão do Espírito de Deus e as suas duas colunas (Jachim e Bohaz), o Mahatma representando a Alma Universal e o Mahanga simbolizando toda a organização Material do Cosmos. Essa estrutura forma o protótipo de todos os demais centro iniciáticos, sejam eles Teosóficos, Maçônicos, Eubióticos, Rosa-Cruzes, etc... e deveria servir de arquétipo de organização social.
Esse sistema filosófico-político, denominado de Sinarquia, não é algo abstrato, mas constitui um programa de ação, com vistas ao desenvolvimento de qualquer povo, constitui a mola real das grandes civilização antigas, e pode ser utilizado, na atualidade, em benefício da nossa sociedade anárquica. De acordo com a Sinarquia a sociedade possui três membros, caracterizados por sistemas administrativos específicos, adequados às suas finalidades. Esses três membros ou funções são, a função espiritual, a função política e a econômica. O caos social é gerado quando, devido a uma centralização excessiva, a área estatal invade a área econômica e de ensino, como no caso do comunismo, ou a área econômica domina a área de ensino e a área estatal, o caso do neo-liberalismo atualmente, ou ainda a área espiritual invade as outras duas áreas, como fez a igreja católica na idade média. Segundo o ponto de vista sinárquico, para que uma civilização possa surgir, é necessário uma organização na qual nenhuma função, anexe as demais, mantendo-se a independência de cada uma, em sua esfera, embora formem um conjunto, ou seja a separação da função espiritual, da função estatal e da função econômica.
O que é Sinarquia?
      Sinarquia é uma lei de organização das sociedades; a síntese dos sistemas de governo teocrático, aristocrático e democrático; consiste na aplicação de uma ciência política oculta, que estuda o poder, a sua conquista, o seu exercício e a sua finalidade.
Origem do nome Sinarquia
Sinarquia pode ser entendida como a palavra que denomina tal sistema de governo, na etimologia grega, é formada por sun (com) e arché (comando), ou seja, uma sociedade com governo, em substituição a nossa sociedade anárquica, sem governo, gerada pela centralização estatal, e pela ditadura da classe política, formada por políticos profissionais, aliados do poder econômico e especuladores internacionais, que arruínam países e escravizam suas populações.
     
A Sinarquia consiste na aplicação dos ensinamentos da Alta Ciência, visando atingir a harmonia que procede do domínio das causas primeiras, isto é do domínio do conhecimento das Leis Universais.
    
Como desenvolver a Sinarquia como sistema organização social?
Para que a Sinarquia possa desenvolver-se como sistema de organização social, devem ser fomentadas algumas modificações sociais, tais como:
•       
A criação de três funções sociais especializadas cada uma no seu próprio domínio, funcionando de maneira integrada à função espiritual, à função política e à função econômica. A trimembração da sociedade baseada na Biologia Social.
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A distinção entre a autoridade, poder e força. A autoridade referindo-se ao espiritual, o poder referindo-se a política, e a força como atributo da população.
•       
A reconciliação da ciência com a religião e a subordinação da primeira à valores éticos, um conceito chamado de Antropotecnia.
•       
A humanização do sistema capitalista, através do desenvolvimento de reformas que levem em conta a função social do capital, estabelecendo a colaboração entre capital e trabalho, no que chamamos de Humanismo Econômico.
Biologia Social
É a aplicação no campo social de princípios gerais, utilizando a chave da analogia, segundo a qual tudo é análogo no Universo, logo a lei que dirige uma célula do homem, é basicamente a mesma lei que dirige o próprio homem, como ser vivo, e essa mesma lei deve cientificamente dirigir a coletividade humana, dado ser esta última também, uma espécie de ser vivo, formado por homens e estes por sua vez são formados por seres unicelulares. Essa lei é a de que qualquer ser vivo, encarnado, composto por três elementos básicos o corpo, a alma e o espírito; esses três centros motores o físico ligado a função econômica, da alimentação, da distribuição e da excreção, o psíquico ligado a função legislativa-jurídica, a personalidade que através dos desejos e das aspirações decide, segundo o seu desenvolvimento e sua capacidade de perceber, compreender e seguir as emanações geradas pelo espiritual, ligado ao fim último do ser vivo, na sua realização plena.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

DITADURA E...



LIBERDADE
Liberdade e ditadura são opostas, mas ambas tem algo em comum onde se encontram. A liberdade universal exige regras e obediência às leis, presumindo-se que os códigos que as fundamentam tenham uma origem superior. Dentro desse espírito a convivência pacífica será harmoniosa, criando um elo afetivo pacífico, e a sociedade evoluirá mais rapidamente consolidando a Democracia, caminhando para a Sinarquia.

Numa ditadura, a mesma obediência às leis será onde se encontra com a liberdade, mas como na ditadura a obediência é obrigatória e as leis ditatoriais repressivas profundamente degradantes, gerando no seio do povo uma revolta silenciosa, que crescerá em forma de sentimentos negativos de ódio, vingança, traição e a construção mental coletiva tenderá a explodir, e o caminho imediato pós-explosão será a Anarquia.  

Estes dois modelos amplamente experimentados mostram de um lado pessoas tranquilas,  alegres, mais felizes e saudáveis nas raras democracias plenas, naturalmente em termos gerais, mas ainda assim no seio dessa sociedade mais livre insetos mentais alimentam o sonho que sempre vira um terrível pesadelo, e não há como explicar esse gosto apodrecido e essa atração pelo sórdido, alimentados pelos movimentos ditos socialistas, que levam às ditaduras, ao controle das liberdades e não suportam opiniões diferentes; e acho já agora que nesse sentimento de profunda intolerância com o diferente, neste egoismo cego é que se encontra a explicação para esses insetos mentais, arruaceiros, naturalmente além da ingestão em pó, líquida ou fumaça muita droga, álcool e professores alienados, que substituem o conhecimento científico precário, pela ideologia barata.

E foi assim que através de muitos atalhos e carreiros estreitos trouxeram a humanidade até aqui. Muitas ditaduras, políticas equivocadas, circunstancias hereditárias das monarquias, desencontros, encontros fatais, capacidades e habilidades demagógicas de manipular a opinião do povo, e assim se criaram monstros governantes e carrascos cruéis de toda a espécie.

Mas no cerne do caminho há um outro desvio, que se percebe muito nítido na questão da formação espiritual do indivíduo.  Não obstante todas as doutrinas originais quando ensinadas pelos Espíritos Planetários ao homem de buscar a divindade dentro de si mesmo, com inteligência brilhante e de sentimento amoroso, não se passaram nunca muitas “luas”, sem que essas doutrina em religiões se convertessem e desviassem o curso ensinando o caminho mais fácil e de menor esforço, de buscar fora o que sempre estará dentro.

Não é por outra razão que a Divindade se faz carne para reafirmar essa verdade imutável, mas desgraçadamente quando é reconhecida já terá ido embora há muito tempo, e o desvio de dentro para fora outra vez vingará aplicado por seus tradutores traidores reconstruindo falsas escadas do céu, e por elas prometem subir os inocente crentes.

Essa é, sem dúvida, a grande escola de ignorantes espirituais que já tantas vítimas de espertos religiosos e políticos fez e continuarão fazendo, cujas técnicas, devido à fonte em comum de buscar fora e por intermédio de outrem, de aí para a vulgarização dos princípios e a banalização do sagrado é um passo, e obviamente se abririam brechas e largos espaços, por onde intelectuais frios e espertos em todas as áreas transformariam o mundo no que ele é hoje.

Não por outra razão, onde há liberdade relativa devido a pouca confiança de cada um em si mesmo, estará sendo vigiada, e sempre um demagogo estará à espreita para dar o bote comprando o povo mais humilde com um parto de sopa de pertences de galinha e fubá de milho, quando a safra americana é boa; senão, engrossado com farelo mesmo.

E naturalmente nesse quesito e falsa liberdade onde a violência incentivada pelos dirigentes corruptos e destituídos de moral se agiganta, o Brasil nos últimos dez anos tornou-se uma triste vitrine de vidro estilhaçado e um mar de lama político.      

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CADA MACACO NO SEU GALHO


QUEM DISSE QUE NÃO VIEMOS DE LUGAR NENHUM?
OU, HAVERÁ GALHOS PARA MACACOS?
Ainda ontem andava por aqui uma senhora magrinha, e partiu de repente. Para onde foi ninguém sabe, ninguém também sabe de onde ela veio. Veio de algum lugar, certamente que sim, pois são dotados os homens de pés para caminhar de um lugar para outro e chegam de onde tenham ido e saem para a outra parada.

Esta senhora diferenciava-se do medíocre cidadão que dizia não vir de lugar nenhum pela magreza, talvez de tanto ir de um lugar para outro. O idiota papagaio é mais cheio, fisicamente. Deve também ser preguiçoso.

Muitas pessoas devem perguntar-se qual a razão de alguém achar que não veio de lugar nenhum, mas feita uma breve análise denota-se na frase a pretensão de querer ser a própria essência divina, que está em todos os lugares e em lugar algum ao mesmo tempo.

Fotografaram o tamanho da presunção do gafanhoto mental? (riso) embora não tendo eu nada como isso, pessoas ávidas pelo novo e de preferência misterioso, sentirão fatal atração que esconde a fantasia dentro da fantasia e desvia o discípulo do caminho real, que deve ser com os pés no chão, e é melhor voar, não é? Por isso estou fazendo este alerta para essa máscara de papel, pintada de ouro.   

Não seria tão grave o mal causado fosse só um, mas essas pragas místicas multiplicam-se rapidamente, e não tardará outros idiotas sairão por aí renegando a origem espacial terrena, e outros desdobramentos que poderão resultar em repúdio ao natural estado do endereço, ao direito à propriedade, por exemplo, pois quem não sabe do projeto da ministra do relaxa e goza propondo extinguir a filiação na identidade, o dia dos pais etc.? E isto para não constranger os eventuais filhos de rapariga!

Lamentavelmente as aberrações nascem dessas bobagens, e já são tantas! O Poder constituído absolutamente corrompido não se corrompeu de uma hora para outra... Na verdade, no caso brasileiro começou com a oferta do ouro ao Monarca, D. Pedro II, que o recusou veementemente, mas o gesto de oferecer um bem público quando nascia a republica, viria a se consolidar em 2.003, com a chegada ao poder de um imberbe psíquico, estuprador confesso de animais e tentativa de estupro de um amigo de cela, também confesso, no episodio do famoso menino do MEP.

E em que resultou isso? “Olhai os lírios do campo” todos pisados! Olhai a vida banalizada tombada em cada esquina... Mas paremos por aqui, para não irmos além com exemplos que geram guerras mundiais, mas também um grupo de insetos mentais que agride uma pacifica visitante cubana, que aqui veio sonhando com a democracia, sedenta por liberdade, mas encontrou uns vermes agressores acéfalos, que estavam ali a troco de uma coca-cola e uma coxinha, comandados por um grupelho do planalto, que guarda nos seus armários já outros cadáveres, inclusive de companheiros!  

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

DO NADA NÃO VEM NADA


Quem disse que não viemos de um lugar?
De onde eu venho? Por certo, e com gratidão agradeço ao pó mais sutil de estrelas, cujo ponto que determinara o lugar onde foi eu o ignore, sim, mas foi dentro do espaço absoluto, palco de atuação do Eterno como Universo. E eu vou nele! Então, se não venho, mas certamente que sim, mas supondo que não, todavia “estou” neste lugar espacial demarcado por ELE, em cujo círculo primordial ELE se limitou... e fez-se um lugar... Como ousaria eu dizer, diante desse infinito espaço povoado de astros e estrelas que não venho de lugar algum? Se até grato, eternamente grato sou ao ventre de minha mãe de onde saí, e era aí, sim, o meu primeiro lugar!

Para onde vou? Não sei exatamente para onde vou, mas vou por ser inevitável sair daqui onde estou e também na Divindade da qual eu faço parte; e enquanto existir caminho para ELA me encaminho por ora de pés no chão, pouco importa a marca do calçado... Mas vou sim e será lá um lugar, pouco importa a dimensão!

Louvo por isso o caminho! E se há caminho é porque existe um caminhante e uma estrada que demarca o espaço concreto nesta Sagrada Terra, onde até os Deuses habitam o seu interior! Mas o homem comum retórico e teórico beirando a mediocridade não quer sujeitar-se ao espaço dela nem às suas leis, mas é possível que ao negá-la anule-se! A razão? (risos)

Pobre de espírito é o homem que dorme durante o dia sonhando ser astro; miserável de alma é aquele que dorme de olhos abertos para a luz da lamparina pensando que é o sol que ele próprio projeta.

A diferença entre o sábio e o medíocre é que o Sábio olha o sol e não fica cego; mas o tolo que se diz o próprio anda onde não é um lugar, se diz ser também maior que o sol e tropeça nas próprias pernas de carne, nervos e ossos com as quais nega caminhar... Quererá ser super-homem, e voará como os pássaros voam? (Mais risos)

Acorda homem pequeno, que sonhas ser grande! Sequer és capaz de olhar o sol com os olhos físicos! Como queres, então, ser mais que humano? Leste em algum lugar que és mais que filho da terra e achas que desenhando um avião podes voar com ele? Ou podes ser um iluminado adquirindo uma lanterna? Sem antes viveres o homem terreno e sem renunciares a qualquer ideia de grandeza, sabe, pois, que olhar o sol ao meio dia sem ficares cego tu ainda não és capaz? Então silencia que os Deuses da humildade ficarão satisfeitos.

É a hora de acordar, pequeno pretensioso, pois alguém maior que tu descalço e despojado por aqui andou, repetindo a frase do sábio: “Só sei que nada sei”! Mas tu sabes tudo e de tão grande não vens de lugar algum! È uma pena, que ainda não saibas da lei mais simples do existir, que ensina que “do nada não vem nada”! E essa é uma verdade tão simples! Por isso deverias ser ao menos digno do alimento que tomas da terra, para sustentar o teu corpo, única fugaz e passageira verdade como tu, que reafirma a tua mentira, pois do pó vieste e ao pó voltarás e é aí um triste lugar!      

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

RODAS


Rodas

Rodas levam-nos, não sabemos para onde; e por rodas selam-se os destinos do mundo. Embora algumas retangulares... Dos legisladores, alvíssaras senhores profanos! Alvíssaras povos infiéis! Sempre os primeiros que chegam nem é necessário desejar a sua vinda, pois aos berros chegam e aos berros se auto-anunciam!

Embora nos levem as rodas não sabemos para onde e por rodas selem-se os destinos do mundo, ruindo com ele povos e nações, porque a fome e a violência tragam-nos as rodas ovais, quadradas e as naturais também redondas que giram e rodam com a fuga dos ladrões. Mas não são propriamente as rodas: são apenas rodas.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sri Aurobindo


O Divino e o Humano
Quanto ao divino e ao humano, trata-se de uma dificuldade fabricada pelo mental.
Deus está presente no homem, e este, quando realiza e ultrapassa suas tendências e aspirações as mais altas, torna-se divino. Quando Ele desce e carrega o fardo cármico da humanidade a fim de soerguê-la, torna-se humano, para ensinar aos homens como se tornarem divinos. Há, portanto, nele um duplo ser: humano visível e divino oculto. E considerarmos o homem, examinando-o somente com a visão exterior, não veremos senão um homem; mas se buscarmos nele o divino, com olhos capazes de vê-lo, o divino será encontrado.
A maneira que têm os homens de fazer as coisas e julgá-las está em relação com o que buscam por um gosto emocional ou uma perfeição humana mental. Quando alguns pensam na manifestação da Divindade, supõem que deva ser de uma perfeição absoluta, infalível nos prognósticos, insuperável nas ciências, nas artes, na política; ou que deva ser um deus etéreo, sem as necessidades e as injunções da contingência humana, mas com faculdades onipotentes. Isto, porém, nada tem de verídico com respeito às manifestações do Divino, com a presença dos Avataras. São errôneas essas conjecturas. Não se ab-
-rogam as leis eternas. A Divindade manifesta-se e age segundo outro estado de consciência, a Consciência superior da Verdade e a inferior da do jogo da vida; atua consoante os imperativos da Lei da Evolução, cujos desígnios escapam ao raciocínio humano
Sri Aurobindo
Extraído da revista Dhâranâ, 1964

sábado, 16 de fevereiro de 2013

CAVALGADA


Cavalgo solitário meu destino sem ao certo saber o que é um destino; ou mesmo o que é cavalgar. Sei apenas que é um ir solitário, porque vou só. Mas em essência não sei o que é ser ou ir só, interior ou exteriormente, nem dos plurais em coisas para alguém eu no singular compreendo OU SEI O QUE É.

As águas com outras águas não serão mais que águas e a mesma substância; nem vento com vento mais que vento só. É por isso que não estou triste por estar só e por não ser água nem vento, enquanto cavalgo sem saber a que cavalgo; mas cavalgo, sem saber se a mim o faço ou a outra forma fora de mim imaginária ou de um fantasma, ainda que de algum modo eu seja o cavalgado, enquanto um ou outro ente, pois que outra coisa além dessas hipóteses poderia eu cavalgar e ser cavalgado?

E enquanto eu sou eu e os outros eles próprios, vamos todos a cada um cavalgando; quando não alguém a si mesmo, alguma coisa de dentro ou de fora de si cavalga, mas inegavelmente algo de cada um cavalga em si mesmo, que de outrem é trágico e desonesto qualquer cavalgar, quando não espúrio; e, nos casos mais graves, crime de apropriação indébita.

Gostaria muito de numa forma romântica num eu qualquer meu cavalgar o vento, cavalgar as nuvens, voar pelo céu afora, livre enquanto estivesse dentro deste corpo pesado, que tanto me prenda ao chão. Não quando já o não tiver e suponho seja nessa altura leve, na hipótese de que o corpo é que me pesa agora.

Todos os veículos de comunicação com os quais posso ver e ouvir, falar, tocar e dizer, estão aqui. São aparentemente meus, os tenho e até eventualmente os exerço; mas continuo só e pesado e nem há como o não ser, pois se dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, caso tivesse dois para dividir o peso...

Eventualmente coisas ocupam espaços de outras, e até pessoas a cargos que não deveriam ocupara ocupam, e quando simulacros de estadistas cavalgam toda uma nação de burros... mas porque muito lutassem ao longo do tempo para o conquistarem conquistam-no; e sem o merecerem acabam promovendo tragédias; ou na melhor das hipóteses atrasos; e as nações e os povos vítimas desse acometimento trágico, é que arcarão com o ônus das perdas definitivas...
 
Só mesmo em tais circunstâncias essas coisas são coisas, mesmo que pessoas ocupem lugar de outras coisas; mas já agora não sei se a isto se lhe pode chamar cavalgar, porque cavalgar assim cavalgar-se-á indevidamente. Ocupar, alguns até que ocupam o lugar de outros, enquanto indivíduos, até mesmo cadeiras num parlamento sem saberem a nada parlar, que na língua Lusa é o mesmo que falar em parlamento, ou para-lamentar.

Todavia nunca é outro motivo que os move até esse estrado, senão usurpar muito bem as verbas de representação com fantasmas, gastos com dízimos custos, para nos próprios bolsos caber, recolher, subtrair e fazer desaparecer o degradante sobejado arrancado da alma da nação, e uma pequena parte, esta sim, destina-se à ração eterna do cavalo morto. 

E é tal, que se cavalga nas costas de outrem, e esse outrem é o tal trem do povo. Mas continua acreditando e votando e pagando a conta, tanto os dez ou vinte por cento de outrora e ora cem por cento da conta das contas em obras, e o restante, se restar um resto que não foi desviado, também esse o bolso deles engole e o faz desaparecer instantaneamente num passe de mágica, como a merenda escolar de “treze simbólicos centavos” e outros óbolos.

Belíssima maneira de cavalgar, essa mágica cavalgada não é! Pena não possa eu cavalgar nela para dessa cavalgada conhecer melhor! Evidentemente não para fazer desaparecer bens alheios nem benesses parlamentares ou cartões corporativos do executivo – aquele que executa, no sentido de puxar o gatinho coletivo - que o sabor apodrecido ofende já no primeiro momento as minhas narinas, e depois, minhas papilas gustativas, de modo que essa coisa jamais me ocorrerá pôr sequer o nome na boca, mas para ver de perto esses gatunos e cavalgaduras do alheio, ah sim cavalgaria!

É mesmo uma erótica curiosidade que me incita a imaginação para ver a cara dos cavaleiros noturnos, investidos de parlamentares e de executivos usurpando os bens públicos!

Mas cavalgar, como cavaleiro ainda eu vou cavalgando, mesmo que não saiba quem ou o que de mim em mim cavalga. O vento e as nuvens eu sei que não é, mas gostaria que fosse um sonho mais leve que este pesadelo do planalto parlamentar executivo central, na mesma escala e substância, e tudo mais das rezas e mentiras pesadíssimas que ao mundo fazem carga insuportável.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

META-FIXA


Este ensaio em prosa livre e sem uma linha central condutora do tema tem um nome estranho. "META-FIXA". Metáfora de metafísica, numa ideia concreta traduzida em palavras até um pouco rudes, por isso fixa e aquém da “Meta”, que me parece expressar além...
E enquanto cá, entre nós, movida pelo espírito de indignação, é essa forma escrita ao mesmo tempo um grito de alerta a conclamar que despertemos, e uma prosa breve, tentando acordar os que dormem.

Afinal vivemos um tempo novo, aquariano. Translucidez é a sua tônica. Brevidade é o seu ritmo e movimento no rumo da transformação.


Portanto urge levantar a cabeça, abrir os olhos e de pés descalços de preconceitos e de espírito desarmado da cobiça e do fácil e acabado pronto para consumo, olhar o outro como nosso igual e fraternalmente pensar o mundo mais justo para todos, sem, todavia concordarmos com os movimentos organizados que fingem lutar por esses direitos de igualdade, e até falam em resgate, inclusão social, mas é na verdade um movimento silencioso que pretende levar ao absoluto controle das liberdades individuais, pois unir é o que impera e não dividir em classes...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Politicamente Correto?


CONTRADIÇÃO
Renego alguns seres humanos e até gostaria de lhe negar amizade; por quê? Pessoalmente os conheça. Não profundamente, que isto a ninguém é possível, mas, antes, admiro e consagro todas as homenagens ao ser coletivo pelos gestos de solidariedade de que é tomado quando se mobiliza em socorro ao próximo, nos momentos de grandes tragédias sociais da humanidade.

Bem como também homenageio algumas pessoas maravilhosas, mentalmente superiores, mas não santas, que tolas elas não são, pois nos dias de hoje os lobos nem mais usam pele de cordeiro!

Quanto ao indivíduo vulgar, que ao revelar a sua pobreza de espírito se torna pequeno e ridículo anão querendo ser grande, deste só mesmo um fio de esperança como filho da polis se salva num conceito coletivo, segundo o enunciado Aristotélico; e porque precise viver em sociedade, até poderá vir a agir solidariamente! Mas aí é de algum modo uma fração da humanidade, não propriamente um indivíduo, agindo em prol de uma causa.

Já os movimentos organizados, segundo ideologias, por regra transformam o indivíduo em animal feroz, coletivo, qualquer que seja o seu oponente; e num crescente instinto insano ao outro transforma em seu inimigo, resgatando de suas profundezas arcaicas a fera de quando ainda animalizado lutava pela sobrevivência e pela espécie, contra tudo que não fosse ele mesmo; e ainda hoje nele coabita o covarde, e possivelmente a diferença é ir sendo vigiado por um princípio, apenas um princípio de inteligência e medo.

Todavia, quando liberado coletivamente afasta esse medo e age instintivamente sem reservas, porque tenha agora com quem dividir ou até como ao outro culpar esconde-se atrás do grupo, torna-se um animal feroz sem rosto e sem lei.

Infelizmente, destas práticas têm sido vítimas até os grandes iluminados, mas não escapa a esta fúria quem quer que se faça o seu inimigo idealizado; seja o alvo das massas proletárias o rico, sejam as leis e os códigos com suas brechas por onde penetram os fraudadores, sejam as palavras mortas dos textos religiosos por onde navegam e se banqueteiam os oportunistas.

Infelizmente, neste momento de baixa estima e banalização da vida em que se encontra a humanidade, o cidadão mais fraco torna-se presa fácil dos vendilhões e dos falsos profetas de todas as correntes e credos.

Mas devemos salvar os perdidos, dizem eles, e lavar-lhes as almas com a palavra do senhor! Desgraçadamente, como o “senhor” tenha sua personalidade pluralizada e muito vaga, dificulta muito saber de qual mácula se lavarão os impuros, ou de qual mau caminho livrá-los-ão; por ser, a exemplo do “senhor”, também vago o plural do bom caminhar.

E a esse tema já nem é necessário neste texto comentar, por ser muito fácil ver suas caras e óbvias as suas presenças nos formulários de todas as seitas - religiosas e políticas - onde vendem seus paraísos, eternidades e peixes.

Mas pretendem levar o ser coletivo em busca dos fins, cujo meio ao fim se resuma em dízimos e votos de todas as espécies, para que de algum modo se cumpra a parábola de “cegos conduzindo cegos”.

Todavia, de um cadinho há de o fogo algum ouro filosofal extrair, através de uma elite espiritual, ora esmagada e tolhida pelo “politicamente correto”.

Então ao raio que os parta com esse maldito “politicamente correto”, que insiste em nos calar, e se ficarmos quietos nos cortarão a língua, depois dos já amarrados pés e braços.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DESPEDIDA



DESPEDIDA

Ao passar por lá – na rua das despedidas – não me despedi de ninguém por todos já terem ido embora; pois, se não estou em erro é mesmo lá a rua das despedidas; por isso não encontrei nem conheci ninguém em minha passagem fugaz, em que por lá andei. Em verdade só vi hipotéticos vagos espaços, onde as pessoas não estão mais.

Sequer é possível dizer tratar-se de pessoas, por terem passado e serem agora apenas idéias de alguém em nuances invisíveis etéreas, uma tecido oculto feito de remendos de ex-indivíduos, uma forma fugaz engajada num corpo hipotético virtual, enquanto ente que dorme na imaginação de alguém, que por ali pensou e sentiu saudade da pessoa e até ouve as vozes que ecoam no silêncio.

Mas por ter se despedido, não estava mais por ali juntamente com todos que tiveram semelhante destino. Sendo ali então a rua das despedidas, todos aí vão despedir-se dos que partem. Mas os que partem, para onde irão? Uns dizem que vão à morte – por isso os supersticiosos temem passar por ali. Há também quem diga que os que partem vão para a vida; deveria então, em virtude da consagração da tradição humana ser aquele lugar de romarias, festas e homenagens aos que saem da morte e vão para a vida, mas eu lá não vi ninguém, nem mesmo velas acesas!

 De qualquer modo, cabem aqui duas perguntas: teriam morrido em todos os sentidos da morte aqueles que acreditam na morte? Ou teriam passado à vida, no caso daqueles que acreditam na vida?

Mas de algum modo na rua das despedias guarda-se em memória muitas recordações, pude sentir isto mais do que sabê-lo, tanto das lágrimas de quem por ali passou despedindo-se a chorara dos que se foram, quanto de uma estranha alegria de outros, e não importa qual o destino para onde se suponha tenham eles ido.

Que é o outro lado da vida tanto para uns quanto para outros, sem dúvida que sim; mas cá, entretanto, é onde as crenças alimentadas com saudades, arrependimentos, perdões e o fim de muitas tolices e crendices, sentimentos soberbos, mesquinhices, gestos prepotentes acontecem, para finalmente tudo ali se encerrar para quem foi. E também os nobres e elevados feitos, se a história os não guardar, com eles se foram.

Cessam igualmente aí bem e mal na despedida de um estado para outro, quando a morte inevitável vem e sem pedir licença leva qualquer um, sem termos a menor ideia do que virá depois, nem para onde vamos. Existem muitas teorias, mas só muitas teorias. Só a rua das despedidas é que é real, e até em metáfora, porque todas as coisas concretas inversamente ao conceito que delas se faça são ainda metáforas; e só na interpretação fria do rigor das letras são concretas, mas não existem de verdade como nada existe com princípios de eternidade.

Também meu coração é uma metáfora no sentir, enquanto bate concreto na sístole e na diástole marcando a passagem breve do tempo. Portanto também não é meu coração. Tal como a rua das despedidas, mas ainda assim eu passei por lá e chorei. Não sei agora se em lágrimas liquidas ou fluídicas, mas chorei todas as que se choram, por quem lá passou de partida ou despedida de quem ficou. Não morri nem vivi por ter passado por lá, tendo-se como pressuposto a ideia de que à rua das despedidas só vá quem está indo; e eu, porque escreva, ainda não passei daqui e ainda não fui.  

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

TEMPO


TEMPO FRACIONADO

(Homenagem à juventude e a um amigo que nela descobriu o tempo e criou relógios)

Mas se o vendedor de relógios vendendo-os ficou rico, e porque na essência das coisas vende frações do tempo e o relógio apenas mede, porque também não hei de eu ficar milionário, se conheço bem o tempo com o qual o relógio mecanicamente o faz pulsar? Em segundos, minutos, e às vezes horas e até meses e anos, mas em dias fingidos, vai o tempo medido e contado. Pesado jamais, que se não deixa o tempo pesar!

Ilusório, sim é ilusório, mas à arte nem a balança permite ao tempo que se lhe faça sequer metáfora em peso, ainda que medido, mentido e contado. Mas também a história o foi e será, passou e sempre passará mentindo, embora quem minta é quem a conta!

Quando ilusória, nem sempre conviria fosse escrita essa história, tal como relógios que ao falso tempo contam! Mesmo quando eram contadas através de canetas, depois máquinas digitadoras, mas em palavras sempre e às vezes falsas em sentenças de conteúdo oco, relógios de sol... sem essência como o tempo, histórias e relógios quem os tenha por patronos, se torna deles escravo...

Pois, ao fim, palavras, meras palavras, horas minutos e segundos exigem códigos e senhas necessários para todos os que pretendem conhecer as palavras; e depois, se possível, apesar das senhas e dos códigos, é imperioso, desgraçadamente corrompê-las. Há, entretanto algumas raras palavras que depois de escritas ganham nobreza de estrelas, e se eternizam como palavras de ouro. Descobri-las no meio ilícito do tempo de relógios e de falas corruptas e tantas outras quimeras e aberrações que abundam por aí, constitui-se no grande segredo do pesquisador honesto, que precisa hoje ser um autêntico arqueólogo.

E é dentro do oco do tempo onde reverbera a luz daquelas palavras estrelas, que deve procurá-las, porque aí o silêncio impera e não desperta a cobiça do oportunista da palavra rara, que a fará de instrumento de barganha deturpando-a à semelhança e interesse do seu patrocinador estatal, ou do ajuntamento de escórias políticas com interesses escusos, escuros e subterrâneos

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OCO DO MUNDO



TERRA OCA

Relembrando os tempos memoráveis de minha juventude, surgiu na minha memória um tempo em que um livro era o horizonte daquele momento, ou pelo menos o foco daquela época em que o eu lia intitulado de “Terra Oca”, quando ainda nem mal conhecia a Obra. Nele o seu autor defendia ser a Terra realmente oca, fundamentando sua tese com dados, relatos e experiências, e vários depoimentos de pessoas que afirmavam ser a Terra realmente oca. Não tem este comentário importância ser verídica ou não a sua narrativa, pois o que ela não há de ser, e isto é o que interessa, é oca no sentido de vazia de conteúdo! Oca de matéria densa ou não, nem vem ao caso!

Antes, haverá de ter essência, a exemplo de todos os núcleos, inclusive o grão de gergelim, por exemplo; mas não é a essência do gergelim contida na semente igual à substância do núcleo da Terra, claro que não, pois embora a essência nunca a do gergelim dará vida a um Planeta.

Algo ali existe muito superior, e, se mais não for, seja o Espírito da Terra, a consciência do Planeta, ou a sua Alma!

Porque eu não creio que ainda hoje alguém pense, que já somos tão grandes que possuindo corpo, alma e espírito ultrapassamos a grandeza do nosso Planeta, e também a do seu espírito; primordialmente, aqueles que têm consciência de que algo maior existe no interior de cada um, não hão de negar o mesmo princípio ao Planeta. Pode ser até que alguém tenha crescido tanto que o superou, mas continua enorme abrigando e sustentando infinitas formas de vida, inclusive a desse “Hercules Humano” que o ultrapassou em grandeza, mas nele próprio quem faria o serviço involuntário de seu corpo que amanhã, sem nenhuma cerimônia o Planeta haverá de devorá-lo? E em seu pó fatalmente o revolverá, assim como a todos, de alguns mais humildes sobrevirá a essência do oco!

Voltando ao livro e diante de tantas evidências nele narradas, é possível acreditar, caso realmente exista o tal oco defendido pelo autor, ali existir e viver o comando, digamos assim, ou a consciência do Planeta em forma metafísica e física, por que não? E ser de fato a sua suprema inteligência, por exemplo! Sem entrarmos no mérito Eubiótico e apesar do olhar concreto do homem, se nós, infinitamente pequenos acreditamos com justificadas razões em Deus/Espírito em forma de partícula universal em nosso interior, se temos consciência de que um ciclo universal completo vá passando em nosso organismo e nós nem de longe atinamos como isso acontece... e se nesse oco pessoal a meio às vísceras e órgãos vai, porque o Planeta não o haveria de ter o seu divino alquimista?

Além do mais, grutas estranhas vão sendo descobertas, galerias e cavernas profundas nunca exploradas pelo homem, e muitas das quais, talvez para o bem de todos nunca o homem as encontrará! Naturalmente pela mesma razão porque não encontra as galerias metafísicas que vão ter ao interior de si mesmo.

Entretanto, e não obstante esta triste constatação, deve mesmo o homem ser a medida de todas as coisas, segundo Hermes e também o de cima é igual ao debaixo; porém, neste caso o de cima, no sentido de superior estaria embaixo, no interior da Terra; e o inferior, embora semelhante, em cima, na crosta hostil por onde vai este mesmo homem pequeno, miniatura e um membro individual da multiplicidade na superfície, de fato inferior em qualidade e magnitude ao Grande Espírito da Terra no seu interior... Inferior, ínfero, útero ou mesmo o Governo Oculto não só do homem, mas do Sistema Solar e muito mais!

Entretanto, isto é só uma hipótese; e como tal pouco sustenta em termos concretos... Embora a lógica e nesta altura falar em lógica soe até meio estranho, mas este enorme Planeta comparado ao tamanho do homem, tenha o “tamanho” que tiver, não vai por aí sem rumo e sem vida própria; porque, senão, como tão generosamente poderia oferecer o que tem oferecido, sem que o homem lhe ensinasse como doar-se nas formas de vida que alimenta?

Fará apenas parte de um processo mecânico, segundo o conceito astronômico? Não é possível! Muito menos há de ser um astro errante, que ao acaso adquiriu condições de sustentar em sua crosta quatro espécies de vida de quatro reinos nascidas, por um processo espontâneo.

Sem por trás uma lei que a tudo rege não houvesse fornecido um código genético, pelo qual a pimenteira não dá mostarda não haveria pimenta nem mostarda.

Não, do nada não vem nada. Mas quando a pimenteira der mostarda, também poderá a vida brotar até do asfalto, espontânea, onde ora se a perde é dos “ocos” humanos que morrem estendidos na negra mortalha “asfáltica”.

Naturalmente devido os literalmente ocos governantes, que aos com essência e conteúdo derrubam por vítimas fatais, junto com o fluido vital que divinamente a esses ocos animou enquanto quente circulava pelas artérias e vias.      

domingo, 10 de fevereiro de 2013

ENTARDECE TAMBÉM A MEMÓRIA?



CERTIDÃO NEGATIVA

Sem motivo e sem qualquer razão negamos-nos todos os dias, sem conceder ao outro um menear alegre, sequer um simples sorriso! Quem nos dera como antes, tivéssemos poentes dourados de conversas serenas embaladas pela natureza circundante! Hoje nem aos nossos olhos já um pouco cansados concedemos uma agradável passada de vistas com as cores da esperança, de um simples menear de cabeça, um gesto simples de aceno de mão! Que dirá, então, pontes metafísicas que nos levem aos braços amigos de poentes dourados, ao entardecer calmo, de uma pacífica primavera entre duas almas!

Sem motivo e sem qualquer razão somos neste momento quase a negação absoluta um para o outro, sem sabermos em nome do quê, nem de qual guerra saímos, tampouco de qual majestade herdamos tal orgulho e sapiência, para de nós mesmos nos apartarmos?

Num breve piscar de olhos terreno, apagam-se todas as luzes dos nossos olhos, de nossos ouvidos todos os sons... e a nossa presença animada vencida acusará desagradável odor ao olfato dos presentes, se não houver em tempo oportuno sepultura, nem mortalha digna!

Para que olharmos, então, um horizonte ilusório de luzes douradas, onde só mesmo pedras e árvores salvas da fúria humana tangem o relevo escuro quando já o céu anoitece? Nem as aves estão mais por lá para nos homenagearem com seu canto! Desce desesperançado o manto escuro e sem tardar apagar-se-á o horizonte distante, restando-nos apenas a pobre mortalha, que é tolice a mortalha rica.

Sim, talvez mortalha rica e pomposa só aos pobres de espírito convenha, sim, por que fossem em vida milionários de pobrezas caríssimas, fúteis, mas muito pobres de espírito vivendo de riquezas mortas!  Celebremos, então, à vida simples, à amizade e ao amor do olhar, à lembrança querida, à presença ausente, ainda que diante dos olhos não ande a se mostrar!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O CARMA DA PALAVRA



GRÃO DE AREIA
Como definir o indefinível se de todas as coisas desde a menor partícula à mais distante galáxia,o que sabemos sobre a sua natureza não vai muito além de aspectos estruturais de seus elementos, de composição química, de grãos de areia?

E desse grão de areia, por exemplo, o que sabemos de sua memória da mãe rocha ou da própria montanha gravado em qualquer de seus elétrons? Ou de qual lajedo se desprendera, de modo que a ciência possa afirmar a sua real origem geológica?

Ou num processo global da sua formação orgânica, determinar qual a distância em quilômetros percorridos, até ali chegar?

Graças à ciência milenar que até aqui tem vindo meio oculta inspirando a moderna, muita informação já se adquiriu, mas pouco ou nada sabemos de como tudo começou.

A natureza material, indiretamente denuncia os cientistas menos sérios e revela até alguns extremamente envaidecidos, embora meramente teóricos.

E para esses, a divindade ou a energia primordial que por trás de todas as coisas se encontra, não há de chegar para fazer-lhes sombra.

Em alguns casos, nem se trata de grandes cientistas, porque muitos não passam de simples doutores com ou sem doutorado.

E ainda que várias teses tivessem defendido, nenhuma há que justifique tanto ênfase na vangloria afirmada com galhardia de não acreditarem em Deus nenhum.

E não teria qualquer problema, a sua descrença, se dela não fizessem uma espécie de escada com estranhos degraus.

O material usado na construção de tais escadas e degraus poderia muito bem ser usado em coisas mais úteis, mas eles preferem plataformas elevadas e do alto delas sobem ao topo da fama. E que fama, os seduz!

Por isso galerias infindáveis lotam as grandes, médias e pequenas livrarias, bancas de jornal, supermercados e até algumas farmácias de livros inúteis.

E o mais grave é que, esses livros fazem sombra aos preciosos tesouros escritos nas mais variadas línguas. Destas raras jóias, entretanto, em nenhuma delas seu autor atrever-se-á a qualquer elemento em definitivo qualificar, razão pela qual se diz que essas grandes obras não ensinam nada.

Ainda que façam luz pelos caminhos tão claramente, que seja possível ver as benditas pegadas de alguém que nunca por ali andou...

Muito diferentes das mãos impuras que escrevem sucessos de venda e de público, que sem dizerem nada ensinam a arte da traição e do dolo.

Mas quando eles resolvem falar em termos claros, a morte ronda; quando não a de algum preceito moral que ainda os mais humildes conservam, alguma virtude inabalável abalar-se-á, se não inclinar à morte com o sangue a jorrar pelo chão; seja o sangue propriamente dito, seja o fluido moral de uma alma que decai. 

Entretanto, como em nome da arte tudo é permitido, também em seu nome pelo mau exercício algum ente querido poderá vir a ser ceifado ou antecipadamente chegar aqui pelas vias uterinas com alguma mutilação congênita, como filho ou filha de algum autor novelístico.

Isto quando os próprios autores - os reais protagonistas - já não vêm com suas incuráveis feridas na alma, que expõem como as suas mazelas psíquicas em suas dramaturgias, expondo-as no lugar das virtudes, que talvez lhes faltem.

Naturalmente digo isto em termos de análise global, hoje possível graças á virtualidade, sem no mérito este ou aquele autor ou autora nominalmente aqui entrar no foco.

E também sem a pretensão de querer definir qualquer coisa, seja de que natureza for; ainda que o enredo gire em torno de um grão de areia!

Mas um grão de areia e não precisa ser de uma areia especial vale muito mais que alguns sucessos aos quais não vale a pena ver de novo, e muitos vêm!

As profecias do Rei do Mundo, relatadas no CODEX TROANO lidas hoje através de uma imagem virtual, guardam muita semelhança com as personagens modernas, vestidas a caráter com luxo, malícia e encenadas num ambiente de prosperidade completamente oposto às pessoas reais, que vivem em condições miseráveis em guetos e favelas.

Entretanto, influenciadas pela tal arte sofrem algum tipo de inconformismo.  E incitados com a ficção, essa suposta arte lhes inspira e abre a ideia do caminho mais fácil, inclusive pela via do crime tão bem encenado na ARTE!

E então entra na história o grão de areia como mensageiro dos deuses, e com o grão de areia haveremos de nos ocupar pela sua importância no presente assunto e na esperança de um deles bem rijo, de cristal enfiado oportunamente numa empada quebrar o dente de um desses semeadores de histórias macabras, (comprovando a teoria ocultista de que, quem fala o que não deve a milhões de pessoas, na melhor das hipóteses poderá perder um dente, quebrado por um providencial grão de areia)...

Certamente alguns autores já perderam coisas muito mais preciosas, todavia a presença inesperada do grão de areia enfiado indevidamente numa apetitosa empadinha de camarão, ah que fará justiça quebrando um dos 32 portais do conhecimento!

Antes de ser mastigada, essa cheirosa empadinha na mão posando de estrela, torna-se uma celebridade do grande criador de personagens, lhe concede ar de rainha segurando-a na mão esquerda, enquanto com a direita eleva ao alto a taça de champanhe.

Cumprido o rito e a pompa na festa de lançamento da nova peça, chega o grande momento, e que beleza! A estrela breve, a empadinha traiçoeira ocultando o vingador grão de areia atrevido, de repente Urra!!! Quebra-lhe o dente!

Em gesto repentino e involuntário o celebre autor leva a mão à boca, abafando um urro causado pela dor... Mal desconfiando que espalhar ao vento heresias e vitupérios, um dos trinta e dois portais do conhecimento se torna maldito e quebra-se, fechando abruptamente o portal da voz que não é e nunca foi bendita.

Claro que o melhor seria aquele arauto se calar para sempre, juntamente com os restantes trinta e um dentes, se ainda os tiver a todos!

E na festa de lançamento da próxima novela das oito, sete ou seis, a grande cena reservar-se-ia ao grão de areia e à empadinha de camarão, para os profissionais da imprensa que aí se encontravam e nem perceberam o drama. Louvemos o tempo em que a arte continha elementos divinos e estimulantes da inteligência!

Hoje há de lamentar-se do conteúdo “aliciante”, que aliena e embota a razão, ainda que contenha algum disfarce com apelo social e outros apelos.

E a arte, outrora elemento de redenção como a mais bela expressão divina, precisa hoje ver extirpada das entranhas da bela e rara arte, essa falsa que abunda por aí em todas as formas ligadas às sete ciências, de onde acenam furiosos ou mansamente hipócritas os falsos profetas e a farsa do politicamente correto.

Ante a brutal derrocada que os reais valores sofreram, louvamos a singeleza de um gracioso e original grão de areia, que, inesperadamente investido de carrasco se intrometeu numa deliciosa empada de camarão. E bendita a hora que entre os dentes de um desses autores famosos - seja ele ou ela - se intrometeu quebrando-lhe um, para lembrá-lo de que em nome da arte espalhar ao vento a semente da traição e da sacanagem, é crime.

Mas ao terminar este “grão de areia”, sem saber por que o fizera, gostaria de lembrar aos novelistas que esse tipo de jogo do mal e do bem nas suas tramas de matança inútil está muito atrasado, pois com essa arte pobre e primária só poderão ganhar dinheiro, reescrevendo fórmulas prontas do tempo do “onça”.

Porque o Mal enquanto sadia polaridade que deve existir em todas as tramas, deve voltar a ser semelhante ao Mal Original, que é a Sabedoria! E na arte absolutamente inteligente; e não esse modelo falido, esgotado e burro.

O mal na verdade tem a nobre função de ensinar e não alienar, inflamando o instinto cavernoso latente a “emburricar” o homem e a incentivá-lo ao crime.

E penso ser burrice muito grande essa nossa de recebermos em nossas casas tais novelas e anúncios idiotas dos patrocinadores, da fornecedora de energia elétrica etc. enquanto não inventarem uma televisão movida a ar, que movida a água também seria politicamente incorreta.