sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cosmogênese


Aspectos simples da Cosmogênese para reflexão

Prezado leitor amigo, não existe amizade mais gentil do que esta
demonstrada com vossa silenciosa presença, à qual, encarecido agradeço;
tentarei retribuir com minha prosa simples e da forma mais honesta
possível abordar tal assunto, de acordo com o meu entendimento a respeito.

Pois a palavra escrita, tanto quanto a falada deve reportar o pensamento
com fidelidade. E em se tratando da Eubiose, aumenta ainda mais
a responsabilidade por sua Origem Superior e meu particular e absoluto
 respeito aos Mestres, que a formularam.

Como fora dito anteriormente, a Cosmogênese trata do nascimento
ou criação do Cosmo... e naturalmente teria de ter seu inicio
na Unidade, de tal forma que a formação numérica, 137 encerra
todo o mistério da criação.

E é assim, como reza a tradição que Deus ou a Lei é Um, em Essência;
Três, na Manifestação e Sete, na Evolução.
Um, como Essência não carece de grande esforço mental para
assimilar semelhante verdade. Tendo o Universo início
com um  criador, este teria de ser Único, Um, portanto, de onde
o múltiplo teria se desdobrado... Verso do Uno: Universo.

Três, pela fórmula natural de todos as coisas, vem do Um que
para multiplicar-se teria de fazê-lo polarizando-se em algo oposto
semelhante em grandeza, ou equivalente, de cujo encontro resultaria 
uma terceira coisa, à guisa de Um, Pai; Dois, Mãe e Três, Filho.

Sete são as cores do prisma; sete são as notas musicais; sete são
os dias da semana; sete são as principais etapas da vida que, vezes sete
vão dar ao mágico número quarenta e nove, quando em tese o homem
se torna um Adepto... Homem Perfeito, Iniciado de fato que deverá
viver mais sete etapas de sete anos, chegando à segunda etapa 
de quarenta e nove anos e como tal, somando noventa e oito...

Tendo cumprido rigorosamente esse tempo na Terra, ressuscitará
em seu corpo causal noutros planos, tornando-se um Imortal.
Não se deve seguir ao pé da letra semelhante cronologia,
porque tal medida de tempo serve como modelo padrão, sim, 
mas não fixo, rigorosamente imutável.

De fato, todas as etapas de um processo da criação obedecem
a este compasso setenário; naturalmente passando pelo inevitável 
Três da criação a partir do UM, essencial. Seja como pai propriamente dito,
da família humana, seja como simples ideia, material e execução de um projeto
a partir da e Uma ideia, do Material e da Execução... 

Amigo e silencioso leitor, é foto que o Universo teve inicio
e consequentemente terá fim. Mas, esse começo... não importa
quando tenha ocorrido, é certo também que nem você nem eu ainda
não estávamos por aqui, e não me refiro a esta etapa de corpo presente,
mas sim á formação do Individuo, que teria surgido há aproximados 18 milhões
de anos!

Mas nesse superior principio de Inicio e Fim é que a Filosofia Indiana
fundamente o conceito de Maya, ou Ilusão.
E segundo essa teoria, tudo que teve um começo terá um fim e tendo fim é ilusão
e não existe, demore o tempo que demorar para sua extinção; e também 
a mais rudimentar  lógica aponta para isso.

E reafirma esse espírito do conceito de Maya com a máxima:
“O que é, não precisa ser provado; e o que não é, pode ser provado.”

Realmente o que é, o Criador, se houve uma criação, nem se discute
a sua existência e eternidade sem fim nem começo, exceto para as mentes 
concretas, ainda apenas materialistas, embora em suas teses revelem inteligência...

Tenha um bom dia e muito obrigado por vossa honrosa visita.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

EUBIOSE


Sim, amigo leitor, existe uma Ciência Sagrada, como anunciou HPB
e hoje é conhecida com o sagrado nome de EUBIOSE.

O significado do termo, como já explicado abaixo, na conversa
de ontem, é por si uma preciosa poesia e vai muito além da beleza
expressa nos termos que a definem.

Pois, Bem, Bom e Belo no sentido mais profundo, encerra a Essência
das Filosofias, e portanto o espírito dos grande Filósofos, Mestres,
Gurus, Avataras  que se deram pelo conhecimento e em sacrifício da Humanidade, 
na exata medida também do termo Uma Unidade, que é isso mesmo 
que a Humanidade é, reunida enquanto Mônada Humana.

Conquanto milagrosamente dividida em células, cada ser vivente
da espécie denominada JIVA tem a seu pés um caminho único,
tem às suas mãos a parcela ideal de material para moldar, e a cada obra
realizada um saber pessoal adquirido, uma marca luminosa
na sua mente impressa, cujo reflexo terá sido acrescido à Mente Universal.

De aí se entende a Vigilância dos Sentidos, repetidamente lembrada
pelos Mestres como um rigor amoroso, um desejo ardente
da mãe zelosa do filho.

De modo que responder ao primeiro dos três desafios da Esfinge,
Quem Somos, leva tempo descobrir, afinal somos feito do material 
pó de estrelas, mas não só... do coração da galáxia aos quatro sóis de arrimo
de nosso sistema, do sol que ilumina liquefeito em nosso sangue
à razão que nos insufla a vontade, haveremos desse cotejo maior
reverenciar nosso Pai e Mãe... Mas ainda assim alguns jamais
sequer atentarão para a pergunta, outros muitos passarão ao largo.

E então, de Onde Viemos? Longe, muito longe no tempo e no espaço!
Conquanto não tendo eu pessoalmente ido muito longe no caminho
possível, uma coisa descobri: o ETERNO nunca se contradiz.
Tendo para Si o Infinito é então sem tempo, sendo também o Absoluto
o Espaço talvez também não exista... se é Absoluto!
Mas está enquanto Substância dentro e fora, em cima e em baixo
De sua criação, e como então se contradiria?

 Bem, e agora, para Onde Vamos! Desde a menor partícula,
o mais moderno bóson ao todo orgânico de um corpo magnífico,
temos um estado passageiro e fugaz de aqui estarmos.

Ao mergulharmos mentalmente nesse estado micro e até
anterior ao bóson estamos ligados ao todo, e depois de perdermos
este corpo, se tivermos religado pela consciência a essas dimensões
sutilíssimas, que importa onde? Ou melhor, para que onde?

Antes, todavia, urge que se volte ao simples, já. Não que o Planeta
corra perigo, que a Terra aviltada pelo homem agonize, não!
O Planeta se defende, e o mal que o homem lhe faz, esse mal o homem
terá de pagar para si mesmo. Não, não há outro cobrador além
do Senhor do Carma... Cuja essa Lei juntamente com o Livre Arbítrio 
e a Reencarnação, é que regem a Evolução...

Por hoje é só. Agradeço a sua visita e paciência, e que palavra bonita é paciência!
Paz e Ciência...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

EUBIOSE


Seja, pois bem-vindo e em paz, você que chega neste espaço
movido pela curiosidade, a meu ver a maior força ingênita
da natureza, que impulsiona a alma peregrina em busca do novo...
E aqui presente apenas com o olhar, esse olhar que, tamanho,
vários mecanismos desencadeia, concluindo um processo cognitivo
único.

Tem desde sempre o meu respeito, apesar de anônimo e silencioso,
que lhe devoto na mesma medida dos meu amigos queridos.

Isto posto, passo em seguida a dizer algumas breves palavras
sobre a Eubiose, a “Ciência da Vida” segundo o seu fundador
e Mestre sem igual, para quem teve o privilégio de o conhecer;
e do mesmo modo quem tenha estudado a sua doutrina,
que tem como base  a Sabedoria Iniciática das Idades
que a cada ciclo se renova.

A mais recente retificação com a base científica da Teosofia,
foi revelada com maior clareza para o Ocidente, por HPB,
Helena Petrovna Blavastsky, servindo em seguida de base 
também para o Mestre JHS, 
Henrique José de Souza que a elevaria à categoria sem igual
como Eubiose, bafejada com a luz do Espírito de Verdade
que a cada ciclo evolutivo se manifesta.

Realmente “ensina a viver de acordo com as leis da natureza e
conseqüentemente com as leis universais, das quais as primeiras se derivam.”
segundo suas palavras e de fato, na medida em que procura responder
“Quem Somos” estudando a Antropogênese - Nascimento do Homem -.

“De Onde Viemos” desvendando a COSMOGÊNESE, - Nascimento do Cosmo -
e naturalmente mergulhando na História dessa Obra Divina
conhecendo mais de perto Deus, numa estrutura que engloba
desde a mais pequenina partícula à mais vasta imensidão do Universo.

E finalmente “Para Onde Vamos”, dependendo do auto-conhecimento
através de profundo mergulho em nós mesmos, despertando
antes de tudo a vontade, muita disciplina, regras iniciáticas
e naturalmente a vigilância dos sentidos.

Por isso, o termo EUBIOSE representa EU, do Grego: Bem, Bom e Belo
BIO: Vida e SE, ainda do Grego OSIS: Ação, Movimento Etc.

Mas nada disto teria sentido, se tal ciência não tivesse os pés no chão
situando-se no tempo, e no presente não estivesse de acordo com o atual ciclo.
...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Com Respeito ao Filme Zen, segundo o Grande Mestre


Ainda meio às voltas com a inércia de que fui acometido, levantei hoje do útero astral e a primeira possibilidade de assistir esse filme, do maior Mestre Zen do Japão, muito bom, por sinal, mas ainda no meu universo mental reina um vazio de vontade, que nem a parcimônia budista preenche.

Há uma vaga lembrança da Mãe, sinto uma falta irreparável e a criança insiste em se esconder enquanto o sol se levantando vai afastando as nuvens.

Há um fio imponderável de continuidade como um gráfico de pequenos intervalos de responsabilidade e de abandono.

No fim, só um sentir: ora num lacrimejar de efêmera alegria, ora de profunda mágoa de impotência ante o desconhecido.

Mas o fio condutor mantém a lembrança da criação; e o Pai e a Mãe originais se confrontam bem embaixo, num pequeno ser mental sem eixo definitivo, nem sentir sossegado.

É quando surge inevitável pergunta:

E então homem, quem és?

Na paz vais lutando contra a inércia passiva que te prende à terra, ao útero da mãe e até a lembrança do leite quentinho, em tênue e remota memória te conforta na ilusão de que voltaste no tempo; ou então em guerra, quando nem sentes a dor das feridas que provocas e contrais, e segues numa constante contradição entre ser e não, até que ao soar a tua hora - é o que prometem os Deuses - te fundirás contigo mesmo na face luminosa do Pai e Mãe originais, sem as ilusões das sombras onde vagas meio perdido à espera de um milagre de que a mentira se faça verdade.

Mas não há verdade nem há mentira: só um caminho por onde adquires vestes que te protegem e prendem, ensinam, mas no fim do caminho terás de te desnudar completamente.

E então, a ideia semente original - Pai e Mãe - mergulhada na ilusão, depois de muitos Kalpas, vestes, mortes e ressurreições, cada pensamento e palavra num sem fim de idas e vindas voltarás ao seio original, se te não perderes pelo caminho; e a marca do pensamento e do sentir prazer e dor serão as faces lapidadas de tua alma.

Mas, por enquanto, ensinam os Mestres, nem na metade do caminho chegaste!

E então, já viste que a pedra deixou de ser pedra e agora em pedra outra vez convertida te serve de calçada?
...    

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SATURNO



 
Satanás sentou-se no trono de Saturno. E é de lá que comanda o seu reino. Quando pisa no acelerador, tudo corre; e com as coisas correndo, com elas corre o tempo, corre a vida. E com a vida correndo, quem não se apressar, antes daquele magnífico prado verdejante, com amplas e largas alamedas povoadas de aves raras e indescritíveis delicias, tal como o sonhara, terá apenas um mísero quintal com umas poucas e mal nutridas galinhas.

Isto é sério! e não é ele – Satanás – tão feio como o pintam! Há até quem diga ser ele a mais bela estrela do eterno!

Mas o trono de Saturno encerra duas distintas e muito próximas metáforas: numa conta o tempo, noutra a velocidade do movimento. Como são metáforas podem ser interpretadas pelos crentes investidos de pastores de gravata e poucas leituras, como interpretam ao próprio Satanás... Mas se ele está acima disso e ligado a um planeta, como um destes interpretes da palavra mofada pode falar dele, se não sabe ainda distinguir um planeta de um cometa, um frango de um peru ou um berro de um solfejo? Pois, se soubesse a diferença, não berrava tanto!

Mas falar mal de Satanás, mesmo quem não saiba o que diz, ainda se desculpa; porém falar em nome de Deus é no mínimo uma grande heresia, embora heresia enquanto sinônimo de burrice, e não de “diferente”, que esses pregadores não sabem nem mesmo o que seja heresia; mas convenhamos, de fato é uma grande asneira posto não haver diferentes para sempre... 

Evidentemente no sentido etimológico do termo "diferente" nunca usado pelas igrejas, cujo oposto anda ainda muito distante, quando de fato humanidade se tronar uma unidade.

Mas deixemos esses faladores fora de nossa conversa, pois aquele misterioso personagem tem um mérito inegável: direta ou indiretamente obriga a olhar o outro: seja por medo, desdém ou até por amor, devido ter-nos concedido a individualidade!

Pena é, que, ainda muitos e apesar disso, não vejam o semelhante sem que nele projetem o seu inimigo ou o seu lado mais negro; e na melhor das hipóteses, caso não pertença à mesma seita, veja ao outro como um ninguém.

E isto é fruto de muitos distúrbios e disfunções da personalidade, que juntamente com o fanatismo, que é por sua vez subproduto da ignorância e não permite se reconheça o outro como igual, salvo se houver extrema necessidade e se precisar de um aliado ou de um simples favor.  

Os obstáculos gerados pela desconfiança criam sempre muitas barreiras que precisam ser vencidas; pois, já ao longo da história grandes confrontos resultaram em grandes guerras, e sempre a origem foi desses pequenos confrontos com o próximo, que numa crescente onda de intolerância estoura em conflitos belicosos.

Assim como os movimentos coletivos em prol de uma causa benemérita resulte em despertar, lá nas profundezas, ingênito sentimento solidário; que é mesmo um pequeno reflexo do amor universal, ainda sepultado ainda pelo egoísmo; mas que, apesar de tudo, resiste e sobrevive.

Bem, diante dessas contradições  e das idas e vindas Satanás precisa ser mais bem esclarecido... Evidentemente fora dessa questão bem e mal, numa esfera muito distante da avaliação que dele fazem pastores de todas as crenças, quiçá temerosos de um algoz que eles próprios criaram, mas que estranhamente serve de instrumento para persuadir e ferramenta de arrecadar...

Todavia, Satanás continua sentado no trono de Saturno completamente redimido, mas o seu espectro negativo está agora com quem o criara: e serve de algoz e para obter vantagens; e está neste momento em alguma igreja “mundial” ou episcopal do evangelho do terceiro ou do primeiro ao décimo dia de uma ordem, que deveria ser a quarta...

Por se estar na terra, e só por isso e não por outro motivo é que deveria ser quatro, onde o cinco é o grande gerador do movimento. (???)

Este magnífico ser chamado de a mais Bela Estrela do Eterno, possuiu muitas personagens; inclusive essa de Satanás, que afugenta os crentes temerosos obrigando-os a se esconderem atrás de uma cruz na qual crucificaram o seu irmão, a quem tomaram naquele momento por ele e hoje chamam de Jesus.

Mas tudo isto e mais alguma coisa fica para depois da última contenda, não mais entre irmãos de cima, mas entre irmãos debaixo.

sábado, 17 de novembro de 2012

Em Rápidas Pinceladas...


Quem é Quem?

Há em todas as formas de movimento polaridade.
Bem e mal, dia e noite, positivo negativo, sagrado e profano,
ou simplesmente luz e sombra em todas as formas,
desde o claro escuro até consciência e ignorância.

Nesta dimensão, poderíamos falar em espiritualidade
e materialismo, iniciados e profanos.

Regendo os destinos coletivos de todos, de certa forma
a política e a religião.

No caso presente, no Brasil domina, na esfera política,
ocupando a cabeça da nação, o que há de pior entre os negativos.

Crime organizado realmente, com o único fito de enriquecimento
Ilícito e tomada do poder, voltando à ditadura socialista,
que já tantas mortes causou ao redor do mundo.

Mas há também no Brasil o mais alto Brilho Espiritual,
com sede fixa, instituição e ORDEM.

Quem dentre seus membros defenda e se alinhe por
qualquer motivo com esses temporais vendilhões da pátria
no poder, qual o papel que eles fazem?

A Fraternidade Universal e a cor branca de suas vestes aceitam
esse comportamento estranho, vermelho?

Não, é só o que eu mais sinto do que sei. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Livro de Deus



Onde, afinal, está Deus? Sua esfera e veste é o espaço Infinito e sua duração é o tempo Eterno. E então quem é, afinal, Deus? Há de ser o que fecunda e depois de fecundar preenche o vazio, Absoluto.

E o que vem a ser realmente a sua natureza como criador de todas as coisas? O Criador, apenas Criador. Diante de tamanha grandeza indecifrável tu, homem, quem és?

Já sabes, a vida e a ciência te ensinaram que todas as formas são passageiras e mortais; inclusive os Universos!

Sabes, também, devido a tua mente (serpentina e adâmica) que por trás, dentro, fora, acima, abaixo dos infinitos Ele está como tempo espaço.

E neste outro espaço/tempo relativos, em perfeita harmonia espécies ordenadas se desenvolvem, crescem e morrem sob a regência e modelo dessa inteligência enquanto Lei Universal.

Digamos então que seja Deus, como ideia - essa Lei que rege os ciclos onde as formas crescem obedecendo a um código, e morrem ao vencer o prazo desse mesmo código.

Portanto, há morte!  Sim, há morte como transformação das formas e é a única certeza que tens é a morte, depois da vida. E no caso, a vida, não é mera uma hipótese?

Bem, muito mais de uma hipótese bilhões de hipóteses, em cada pessoa que nasça, viva e morra sobre a terra, juntamente com todas as espécies.

Mas se Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, como rezam as crenças... verdade ou não, mas digamos que sim, e então Deus dentro do homem, (todos dizem que Deus está dentro), será dentro desse homem mais que uma ideia? Não, não poderá ser mais que uma ideia!

E então, caro Deus homem? Lembra-te de que tu ainda és muito pequeno para chegares a homem Deus, além da carne, que se desfaz em lapsos de tempo! 

E sabes também que não poderás ser divino em nada além do que divino fizeres dessa ideia dentro de ti! Repetindo, nada além do que fizeres dessa ideia dele dentro de ti, serás divino!

Seja a tua fé em nome do Cristo, Buda, Maomé, seja em nome até de Lúcifer...

Mas, enquanto isso, além de metafísicas e filosofias, lá na pequena aldeia um desses embriões divinos cuja ideia divina vai no interior do humilde pastor de cabras, homem pastor verdadeiro, supondo tenha ele tendo acreditado no dito pastor de homens... 

“Santo Deus”, esse, que reduz a ideia divina a uma quimera e promete o paraíso depois da vida, durante a morte, é bem capaz de tomar-lhe o leite, comer-lhe o pão, a carne e todas as suas economias; e depois de tudo consumado e consumido, à rês que por ventura reste viva e não possa carregar, é também capaz de tosquiá-la e até a lã levará!

Bem, este é talvez o menor livro do mundo! E tem um nome assim bem pomposo: (Livro de Deus).

Nasceu prematuro, parece, e é o que eu penso devido à ideia imprecisa de Deus à luz da razão diante do Tempo Infinito e Espaço Absoluto, como seu Corpo.

Mas, não obstante acredite na sua ideia germinal no âmago de cada humano, talvez por já esse ser humano deduzir a vida una, embora em frações de indivíduos pensantes que já sabem possuir em seu corpo temporário os três reinos anteriores como estrutura física...
O Germe Divino poderá ir e voltar até que a ideia se torne luz ao longo de bilhões de anos à frente.

Por isso, teria este livro vindo ao mundo pela via do aborto psíquico, do que deveria ser uma história divina recitada por um Arcanjo aos filhos da Terra, com a marca do arcanjo “Gabriel” na testa...

É o que dizem - e quem o diz? alguém pergunta: - não sei! eu respondo. - Mas que eu ouvi, ouvi! Como não sei de quem o ouvi, poderia ter sido dito até pelo vento!

Mas, como disse o Padre Vieira:
"Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras." 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Alguma coisa sem nome



ALGO

Existe uma essência, que preenche a Ânima. Senão, como perceberia sua ausência,quando em dias de profundo tédio tenho a impressão de que a perdi?




Ou, senão existe, do que em lugar dela sinto falta? O hálito vital que anima e os orientais chamam de prana, é uma coisa; já esta essência sem nome cuja presença é alegria, entusiasmo, esperança e quando falta perde-se o eixo, é outra.

Enquanto isso: respiramos aos berros de desesperança e nos mantemos de pé, mas não sei se o hálito e a essência poderão sobreviver longo tempo desarticulados, em torno do ser. 

Mas disto ou de qualquer outro assunto é inútil discutir ou defender teses, pois, passados miseráveis dias e às vezes poucas horas caem por terra todos os conceitos, e todas as palavras tornam-se inúteis e vazias.

sábado, 10 de novembro de 2012

ANTÍTESE DE ESPINHO


Por causa de uma rosa despetalada rompeu-se uma grande bolha no céu! E por esta fenda tremenda, o sol escaldante tornou-se infernalmente ígneo. Em fogo, vulgarmente dito.


Quem diria que uma simples rosa despetalada causaria tamanho dano ao cosmo? As grandes florestas do mundo devastadas, precipitaram a queda do céu, aos pedaços? E o homem outrora reflexo de estrelas hoje mera sombra ou carvão daquele que alimentara alhures a esperança de Deus, teria adquirido tanto poder?

Afinal, fizera-o à sua própria imagem! Pena que não vingara. Deslumbrado com o próprio reflexo no espelho tal Narciso com instinto de artista saiu cantando e destruindo tudo insanamente, e não percebeu quando a essência o deixou.

E prosseguindo embriagado a rir como um palhaço vestiu-se de arlequim dando vida à própria sombra. Felizmente existem crianças! E também alguns adultos valorosos da espécie humana!

Mas como essa sombra é no fim das contas só um fantasma, não possui densidade molecular e não se antepõe ao sol enquanto invisível sombra astral! 

Antes fizera semelhante papel o inconsciente coletivo; este, porém, transcendeu e se libertou do estado vegetativo em que vive o homem que o projetou, numa forma inferior.

E esta sombra etérea no mais baixo astral da terra passou a alimentar e a criar a ilusão que os faz pensar existirem nestes contingentes de espectros quase humanos, que os  torna algo como o lado negro, da alma da terra!

Sombras das sombras dos homens de outrora e de alguns do presente, mas viva o futuro! Porque, como o disseram, muitos homens e muitas crianças ainda existem pensantes e amorosos e constituem a essência generosa da alma sagrada da terra!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PONTÍFICE


 

         

O reles viver de um homem durante uma a vida inteira levou ao caos o seu ânimo. Lamentavelmente esse homem não está sozinho. No fundo do abismo social onde se encontra vive a maioria silenciosa com fome, à procura de um horizonte onde algum sinal esperançoso, ainda que seja apenas uma pequena janela aberta ou até alguém que acene o lenço da sincera amizade; mas no horizonte não há sinais dessa virtude universal e nada disso se encontra. 

Também eu procuro no fundo de mim um objetivo claro para mudar meu estado, mas também aí, que nem sei bem onde é encontro resposta alguma que esclareça. Diante desse quadro vale perguntar: a razão de existir consiste mesmo em quê?
           
Na juventude acalentei sonhos e até os sonhei belos, mas o tempo que não pode nos enganar eternamente, num belo dia nos dá um tropeção e ao cairmos de boca no chão, os nossos mais belos e antigos desejos se tornam brinquedos quebrados e os jogamos a um canto. E aí, empoeirados, acabam mofando. 

Mas sem o esperarmos, apesar desse horizonte escuro e da desilusão que provoca, alguém ou alguma coisa nova nos espera lá na frente para nos lembrar de que já se faz tarde e não vale a pena reconstruir os velhos brinquedos quebrados; nenhum colorido ou sabor especial nos espreita, para nos oferecer qualquer ânimo novo feito dos velhos cacos.

Evidentemente existe uma mensagem espiritual a correr paralela ao nosso tempo, mas como é metafísica, não se sabe o seu real valor; ou se tem mesmo valor real após ruírem todas as verdades físicas. E não ruíram porque morrera a ilusão, posto que tudo seja ilusão, senão porque não exista qualquer certeza ou qualquer verdade definitiva.
              
Quaisquer certezas no plano da razão, por serem concretas, não duram mais que breves dias. E às vezes poucas horas. E também por estarem sujeitas ao apagar das luzes da fórmula intelectual e não haver nada mais precário do que construir conceitos de universos definitivos com fórmulas intelectuais, segundos que durem serão lapsos de tempo perdido. Pois não há mesmo nada mais impreciso do que a razão metida a formular abstrações. E nesta esfera de mental concreto, como poderia existir qualquer verdade eterna?
             
A ciência, muito aplaudida pelas últimas conquistas não é senhora de nenhuma verdade permanente, nem existe lei humana alguma derradeira que não sofra o inevitável desgaste do encontro com o novo.
             
É neste sentido que descreio de verdades e certezas eternas, não obstante algo previsto e programado aconteça de acordo com os cálculos. No plano relativo, os objetos impermanentes em constante transformação vão sendo realmente costurados e renascidos segundo os códigos genéticos; mas pouca importância tem o mundo edificando-se com os contornos e relevos atraentes, que lhe dá o homem.
             
Entretanto, concretamente, em definitivo nada esse homem edificará por fora... Mas poderá fazê-lo por dentro indelevelmente, como a expansão da consciência ao longo do tempo, seja pela meditação, seja através da pesquisa científica; e na maior de todas as conquistas e construções deve tecer o seu Corpo Causal, verdadeiro pontífice entre o homem terreno – mortal – e o homem celeste universal.
              
Tudo em hipótese, naturalmente, porém esotérica ou metafísica para fugir definitivamente da esfera da especulação intelectual, embora por essa via aqui exposta e por ela se ter de passar, pois a natureza não dá mesmo saltos. Mas não se deve amaldiçoar o intelecto e até convém lembrar o tempo em que o homem não era sequer portador da razão.
               
Digamos então que ele cresceu um pouco e se distanciou algumas jardas da espécie instintiva anterior... Todavia, e nisto reside uma verdade, nenhum mortal humano é pontífice para elevar à imortalidade outro ser humano; e nem mesmo Deus poderá revelar esse eu imortal a ninguém. E se por acaso Ele andar por aqui humanizado falando e ensinado ao homem, Ele próprio garantir-lhe-á não poder revelar o seu eu imortal.
             
Mas por mais estranha que pareça esta não é uma hipótese. É na verdade uma certeza única e absoluta: nem Deus todo poderoso poderá jamais revelar o Eu Profundo de outro ser.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

AMANHÃ PODERÁ SER TARDE PARA QUALQUER COISA.



Quero muito ser e estar agora com os meus defeitos, sem me iludir de que os não tenha!

Preciso deles para transformá-los; e se não conseguir transformá-los hoje,
bem, aí amanhã não será tarde para isso. Só para isso amanhã não será tarde.

Amanhã será tarde para dizer que a perfeição que não tenho pinta meu rosto,
se por vaidade, presunção e pequenez de espírito o pinto de ouro
quando nem de prata é!

Pois o perfume que a minha alma não exala denuncia a minha imperfeição agora.
Tudo por mim fala claro o que sou e não posso mais falar feito um parlapatão
tentando pintar em mim "a cor" de um ser que não existe.

Amanhã poderá ser tarde para ser o que sou agora se me iludir de ser
o que não sou.
 
Amanhã poderá ser tarde para ser simples. Bem agora uma voz me diz que só a simplicidade
entra no primeiro vestíbulo de onde se entra na a sala onde está escrita a regra
de Deus para a liberdade e a paz.

Agora compreendo que as pegadas do Mestre, descalço, não sugerem
nem condenam o uso das sandálias...

Amanhã poderá ser tarde para compreender que as escrituras de ouro foram
escritas com as penas das aves da Terra e com a tinta de sangue.

Amanhã poderá ser tarde para compreender que o ouro é só para a taça
do Céu e o Coração da Terra...

Amanhã poderá ser tarde para se compreender que não vale nada
repercutir sábias e belas palavras, se a voz que as fala em vez de perfume
reverbera falsidade e má intenção de lustrar um falso Ego.

Amanhã será ainda cedo para se compreender que o silêncio é ouro e a palavra
humana, quando muito especial é apenas prata?

Amanhã poderá ser tarde para abrir a porta do céu onde está escrito
que é preciso arar a Terra, pois ainda é muito cedo para no céu entrar!  

sábado, 3 de novembro de 2012

RETICÊNCIAS II


 



          Se a cantar que é cantar se chora, como se não há de chorar quando realmente se chora por estamos tristes e dolorosamente sofremos?

Quando a cantar é isto, de sofrer, supõe-se que se pode morrer de tanto chorar quando sofremos! E sem sabermos por que sofremos tanto assim, também por que em vez de se beber um bom vinho da melhor safra, bebemos qualquer vinho ruim?

Se guardarmos as piores castas de uvas jogando fora o melhor da vida, se de nós desprezamos o fruto da árvore da boa geração, evitamos a boa convivência e a boa educação que ao fim é a essência das coisas, por que tememos a maçã proibida?

Desprezamos o beijo da mulher amada, à melhor bebida e chorando em vez de bebê-la não damos alegre sentido à lida: e então o bom queijo e a boa maçã, a flor e a melhor comida? E por que a alegria e o prazer desprezarmos, embebidos em tragédia de inúteis quimeras de nossas agonias?

Rimos sem graça nenhuma à noite, e como pobres desgraçados, sozinhos, no dia seguinte choramos como as crianças abandonadas!

E então? Se a cantar choramos, como haveríamos de rir quando sofremos? Pobres e desatinados, cegos, insanos a sofrer os nossos desenganos, por que afinal riríamos quando deveríamos chorar aos cântaros pelas desgraças em que votamos?

E isto tanto ao dia quanto à noite, no certo quanto no incerto, mas no sincero não, que não há gesto sincero de nenhum que se apresentou para ser votado, nem nenhum voto que se deu foi honrado!

Mas continuamos rindo mesmo depois que sufragamos a sorte do povo na mesma garrafa que jogamos fora com a melhor bebida às gargalhadas, quando aí sim, deveríamos chorar!

Andem em letras ou iletrados, não tenha vergonha na cara o cara, é assim que à pior das castas guardamos e ora a melhor da espécie jogamos fora; tanto na urna virtual quanto na eletrônica. Isto, porque, se a cantar é isto, imagine-se quando se chora?