segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Comentario no Blog do Presidente

Senhores comentaristas, este blog é uma gracinha!
Tem mesmo a essência e a profundidade de seu autor.

Profundidade entenda-se, todavia como o abismo entre ele e a cultura universal...

Naturalmente sem ser preciso abordar os valores encerrados na palavra Eu: bem bom e belo fundamentados nos predicativos da ética e da estética.

Conquanto não haja mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe e a morte, redentora morte nem aos vermes perdoa e a tudo transforma.

Bendita é então a morte pela certeza e infalibilidade com que corrige os desvios de quem indevidamente vive por vias obscuras mentindo e fazendo apologia ao crime.

Bendita é a morte que aos maus e aos bons tomba e desfaz em pó.
Pois e não é que tudo passa na cambiante roda da vida?
Portanto, homem! Sejas lá tu quem fores: presidente, sábio, analfabeto, rico, pobre...

A morte ceifará a tua muita ou pouca glória...
Felizes os de pouca glória!

Infelizes os grandes que repentinamente se fazem nada!
Seja quem for: rei ou mendigo.

Para o senhor lula meditar...
E sonhar com a Sinarquia que vem a caminho pelas gloriosas estradas ocultas do país do Sol e do Quinto Império
http://oblogdopresidente.wordpress.com/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Desconcerto Trilogia Ciclo do Caminho

EU


Não sou eu em quase nada do que são os seres humanos. Sou tão apenas eu, que nada mais existe que não seja ser em cada gesto, em cada pensamento, em cada segundo que viva a mim mesmo perante e em contraste e não consoante os modelos dos outros, mas apenas eu.

Ainda que a alguém pareça ver-me outro em personagem parecido com outrem, não sou absolutamente desse, ninguém.

Só lamento não ser semelhante ao Eu tal como concebido pelo sábio grego! Apesar disso, sou modestamente dentro dos limites do entendimento de mim e do mundo eu somente.

Sendo então um conjunto percebido pelas minhas janelas dos sentidos, e modestamente elaborado pela minha inteligência e sensibilidade, eu.

Apenas um indivíduo mais ou menos como todos são para si próprios. Mas infelizmente ainda não é cada um para si o mesmo que cada um é para o outro.

Ao ser para si mesmo será completamente diferente de ser o outro indivíduo, visto do lado de fora... Embora haja quem para si mesmo minta e finja ser o que não é.

Mas ter de ser cada um para si mesmo continua e será sempre consciente ou inconsciente de si para si, pouco importa o grau ou medida de cada personagem por fora.

São tão imprevisíveis os anônimos transeuntes quanto os doutores, os reis, os fortes, os fracos... Porém todos e qualquer um que seja o tal sem nenhuma arte, pouco importantes são para os outros e para o todo... só pequenas partes.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

COMO UM ESTIGMA

Tenho o sagrado dom da Poesia
que Deus me deu, não sei por que razão,
o dom de transformar em harmonia
as pulsações banais do coração.

Talvez não seja mais que fantasia
ou mesmo descabida presunção,
não longe das fronteiras da ousadia,
esta maneira minha de expressão.

O certo é que meus versos naturais,
fluentes, espontâneos, musicais,
brotam de mim como água cristalina,

o que me faz supor ou constatar
que só por mera intervenção divina
pode esta circunstância haver lugar!

JOÃO DE CASTRO NUNES
DECLARAÇÃO... NOTARIAL


Não quero, sou contrário, não consisnto
que seja lida a minha poesia
em recitais de autárquico recinto
ou solenes sessões de academia.

Escrita com profundo sentimento
ao som da sinfonia das estrelas
precisa do maior recolhimento
como o que reina dentro das capelas.

Não é para com voz roufenha e grossa
ser declamada por banais actores,
o que me causaria horrenda mossa.

É para dita ser como quem reza
religiosamente entre louvores
a tudo quanto é bom na natureza!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Novela do Orkut

A novela do Orkut engana mesmo sendo novela e muito se ande nela; e quanto mais, mais se revelem as pessoas.

E quantos astros e estrelas!

Poetas, então! Em cada esquina e para todos os gostos se monta uma banca.
Algumas deveras muito festejadas, e até ao globo lançadas...

Mas poetas é que não são, nem poetisas!
Poeta que é poeta e bem dito venha a dizê-lo como deve ser, diz assim:

(A ÚNICA EXCEPÇÃO
O Poeta, para o ser, não pode ser
uma vulgar pessoa acomodada
numa existência caracterizada
pela abstenção de um ideal qualquer.

Tem de saber sonhar, sonhar em grande
rumo às estrelas ou mais longe até,
sem que jamais o seu fervor se abrande
ou perca força a luz da sua fé.)
JCN

Posto assim no mundo e servindo de modelo à palavra, pois há quem diga e o acuse de usar palavras já usadas, mas onde as há, sem uso?

Não sabem o que dizem por que não sabem pensar, em grande, como sonhar ao poeta tal como referido “sonetado”, como deve ser escrito um soneto.
Pois na arte não há meio termo.
Embora se alardeie o meio termo, deve ser apenas o meio o eixo universal; no particular o feito tem que ter as cores...
As formas definidas e se em palavras ritmo, essência, coerência e alma...
E se em música harmonia melodia e ritmo.
Mas alma, nem sempre a alma Pessoana, que naquele momento das sensações foi muito visceral...
Embora falasse em não alma pequena, supondo-se a grande!
Mas já agora falando sério na pele do Velho da Montanha...
Nem como novela do Orkut as bijuterias serão de ouro...
Respeitem a arte e respeitem-se os artistas de alma!

Que os de exercício forçado só plástico, papelão, ferro pintado de ouro...

Palavras recortadas penduradas numa árvore de natal imitando poesia...

Fingimentos sensoriais inflados em balões de gás...
Orkuteando num Gerundismo como praga globail lusófona..
E outras drogas, de alto consumo...

domingo, 23 de agosto de 2009


A ÚNICA EXCEPÇÃO

O Poeta, para o ser, não pode ser
uma qualquer pessoa acomodada
numa existência caracterizada
pela abstenção de um ideal qualquer.

Tem de saber sonhar, sonhar em grande
rumo às estrelas ou mais longe até,
sem que jamsis o seu fervor se abrande
ou perca força a luz da sua fé.

De resto, excepto a prática política,
incompatível com a Poesia.
por carecer de consciência crítica,

qualquer ocupação se compagina
com sua criativa fantasia
mesmo jornais vendendo numa esquina!

JOÃO DE CASTRO NUNES

sábado, 22 de agosto de 2009


REGRA DE OURO

Só com a idade, ao cabo da existência,
é que se chega, creio, a perceber,
em toda a sua lúcida evidência,
em que consiste a arte de viver.

Importa, antes do mais, reconhecer,
como se fruto fosse da ciência,
que é necessário procurar manter
até final o sol da adolescência.

Evite-se exprobrar a juventude,
por onde já passámos nós também,
pois ela deve ser como convém.

O mal mais grave da longevidade
é, face à natural decrepitude,
perder-se o ardor... da criatividade!

JOÃO DE CASTRO NUNES

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Projeto: Desconcerto Trilogia do Caminho

Espelho mágico


Repito não ser um refinado observador de ninguém, nem de mim mesmo. Embora tenha razoável compreensão dos meus dramas, que muito bem se poderiam comparar às mais loucas e estranhas tragédias, por não serem humanas as causas que os provocam.

Abala-me o espírito o desassossego de espírito; e como então acreditar que a causa poderia ser humana? Não é, assim como também não é possível de espírito desassossegos; porque ao espírito, se for mesmo espírito nada poderá atingi-lo.

Acima de qualquer princípio possível de conceber, além infinitamente de qualquer conceito paira sempre e nada o pode tocar, sequer dele qualquer hipótese se pode cogitar.

À alma, sim, é possível ferir tragicamente em procelosas tempestades, e naufragando em mares revoltos abalar tragicamente o que se julgue princípio romântico da alma universal. Podem-se mesmo abalar as suas estruturas emocionais, terrenas, pelo fato de ela estar situada entre os dois mundos e servir de ponte entre o de baixo e o de cima, na sublime missão de transformar “esterco de porcos em estrelas”, como dissera o Guru alhures à Mestra Alexandra... Mas que isto muito claramente se traduza apenas em transformar homens em sábios!

As tragédias puramente humanas e os dramas da vida terrena eu não os compreendo com muita clareza, por escapar à minha análise a exata medida do que seja puramente humano ou metafísico e universal.

E se os dramas são dramas coisas da ilusão, homens são homens, deuses são deuses, para no final – guardadas as devidas dimensões de consciência – cientes de que existe apenas uma origem, efetivamente tudo é a mesma coisa.

Existem lapsos de tempo, frações quebradas de existências em que se podem distinguir aspectos terrenos do homem pó, simultaneamente interagindo com princípios universais dentro da mesma personalidade, e através de uma contenda silenciosa e instintiva: e quando vence o filho da terra (o homem pó) confirma-se a sentença do cristo “e ao pó voltarás” desfeito em vento, sem ter oferecido um cálice do bom vinho servido na taça do coração à partícula universal, que dali parte envolta de mistério ao seio da Divina Mãe.

Aborto psíquico poder-se-ia dizer, ou a segunda e trágica morte da qual irremediavelmente viúvo retorna ao sol o inconsolável Eros, sem a sua amada Psique. Mas quando vence o filho do céu retorna ao seio universal como Filho Pródigo, o herói Prometeu como síntese de Eros e Psique...
Embora até esse reencontro prossiga essa feroz luta entre os dois por muitos milhões de anos...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Projeto: Desconcerto Trilogia do Caminho

Caminho


Mas é preciso caminhar!

Seguir em frente cada um o seu destino
Cumprindo um fado ou carma adquirido
Por ter vindo à sua vida a consagrar...

Mas é preciso caminhar!

Que o tempo não espera quem se atrase
Escravo do momento ou no tempo em que jaze,
Porque cego nem o visse a passar...

Mas é preciso caminhar!

Ainda que parado olhe sem ver nada para trás
Algo caminha em seu corpo nos pequenos ancestrais
Pela vida afora em si até parar...

Por isso é preciso caminhar!

Que neste ato de levar com nós a vida à frente
É onde Deus por bem resolveu morar na gente
E vai de gente em nós em frente

A caminhar...

domingo, 16 de agosto de 2009

31 DE MARÇO DE 1964: UM GOLPE ILUMINISTA

por Aluízio Amorim





Em 31 de março de 1964, era apenas um adolescente. Mas acompanhava a política. Meu pai era do PSD. E nunca me esqueço do dia 31 de março de 1964, quando meu pai chegou para o almoço e vaticinou: é coisa para 10 anos, referindo-se ao governo militar que era instaurado no Brasil. Entretanto, o lapso de tempo dos militares no poder foi muito mais longe e queiram ou não, o Brasil mudou radicalmente e se desenvolveu.

Mas eu, seguindo meu pai, não aprovei o golpe. Quando cheguei à universidade me alinhei ao pessoal da esquerda e foi quando iniciei a carreira jornalística trabalhando como redator em 1971 no jornal O Estado aqui de Florianópolis.

Contaminado e cegado pelas teses esquerdistas combati, como pude, por anos seguidos a ditadura militar e ajudei também naquilo que estava ao meu alcance, os líderes esquerdistas, muitos dos quais foram presos aqui em Santa Catarina na Operação Barriga Verde em 1974, quando os militares assestaram um pesado golpe na organização articulada principalmente pelo velho PCB.
Lembro que quando o José Genoíno recém havia saído da ilegalidade, um dos líderes do PT local perguntou se não queria entrevistá-lo. E lá fui eu ouvir o Genoíno, magrelo, mal vestido, na sala de um cortiço da velha rua Conselheiro Mafra aqui em Florianópolis, que era uma espécie de sede do PT local. Além deles entrevistei outros esquerdistas, como Hércules Correia e o festejado Luiz Carlos Prestes, além de Lula, é claro, por mais de uma vez.

Embora não participasse de nenhum partido político, nem legal e nem proscrito, ajudava os políticos do ex-MDB, então uma grande frente que abrigava desde liberais, se é que assim se pode qualificá-los, até esquerdistas empedernidos, que utilizavam um partido legal para fazer a sua política mantendo um pé nos aparelhos comunistas.


Passei, portanto, boa parte, ou talvez a melhor parte da minha vida, a juventude, mergulhado na idiotia esquerdista que me havia cegado intelectualmente.
Toda essa gente que eu ajudei, me expondo ao risco por acreditar na sua sinceridade, democrática, vi mais adiante que não passava, com raríssimas exceções, de estúpidos e oportunistas. Essa gente nunca foi democrática e postulava, nos anos 60, transformar o Brasil numa grande Cuba. Queriam substituir o regime autoritário dos militares por uma ditadura tipo cubana. Esta é que é a verdade!
Para sair desse curral de idiotice onde chafurdei por um bom tempo não foi fácil.
A minha conversão à democracia liberal e ao sistema econômico capitalista só começou a acontecer no início dos anos 90, quando cheguei à conclusão que precisava estudar
muito mais para conseguir entender um pouco de política, de economia e, sobretudo de ciência.

Nessa época resolvi voltar a estudar de forma séria. Ingressei no Mestrado em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina e comecei a estudar para valer. E foi nessa época que a ficha começou a cair, embora eu ainda possuísse um pé no esquerdismo. À medida que mais eu estudava mais evidências surgiam a respeito da tremenda idiotice que são as teorias socialistas.

Mas a reação de qualquer adepto do esquerdismo ante a evidência dos fatos é montar um discurso e até mesmo uma teoria para se auto-convencer de que o marxismo e seus epígonos é que estão certos.

Tive a sorte de ter ótimos professores no Mestrado que não compactuavam com as teses marxistas. Passei a estudar Max Weber, o grande filósofo alemão, que a malandragem marxista sempre abominou.

A ficha foi caindo devagar e a dissertação que defendi e que está editada em livro – Elementos de sociologia do direito em Max Weber -, ainda contém certos resquícios de visão esquerdista, embora sem prejuízo do conteúdo teórico formulado pelo sábio de Heidelberg em sua copiosa obra.

Ao final dos anos 90, já depois de ter concluído o Mestrado, é a que a ficha caiu totalmente e me libertei do marxismo adotando as teses do liberalismo e avançando um pouco para aquilo que a esquerda tipifica como “conservadorismo”.
Portanto, quando alguém me acusa de reacionário, direitista, conservador e o escambau, não só pouco estou ligando. Isto me orgulha.
Se hoje estivesse no Rio de Janeiro iria ao Clube Militar na sessão comemorativa alusiva a 31 de março de 1964, para render a minha homenagem a alguns militares hoje com cabelos brancos e na reserva que contribuíram decisivamente para evitar que o Brasil caísse nas mãos da canalha comunista.

O GOLPE MILITAR DE 31 DE MARÇO DE 1964 FOI, NA VERDADE, UM GOLPE ILUMINISTA
O GRUPO GUARARAPES VIU NAS PALAVRAS DO ARTIGO ACIMA A SINCERIDADE DO JORNALISTA ALUÍZIO AMORIM. É UM ARTIGO PARA SER LIDO POR JOVENS, QUE NO IDEALISMO EMBARCAM NAS PALAVRAS FÁCEIS DOS DEMAGOGOS.
O GRUPO GUARARAPES, AO COOPERAR COM OS LEITORES DE ALUÍZIO AMORIM, LEMBRA QUE SERIA BOM CONHECER OS LIVROS - STALIN – A corte do TZAR vermelho e MAO a história desconhecida. Só este dois. E no Brasil não deixem de ler A REVOLUÇÃO IMPOSSÍVEL de Luis Mir e CAMARADAS de William Waack.

Há um provérbio oriental que diz: “O HOMEM FALA, O SÁBIO ESCUTA, O TOLO DISCUTE”.

CUIDADO COM ESTA HISTÓRIA DE ESQUERDA E DIREITA.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A uma Dama da Blogosfera que ansiosamente entre essência e consciência

Diria bem quem dissesse que Um Cavaleiro além do cavalo deverá ter um cálice e uma espada...
Há Cavaleiros, entretanto que não possuem cavalos...
Mas o cálice e a espada, sim...
Destes não é possível abdicar.
Embora fora do rito e em cavalgadas exteriores possam e devam mesmo ficar
Ocultos.
É o que diz a regra.

Essência todas as coisas a têm.
UMA TAÇA, por exemplo, pode conter essência do néctar, do licor sagrado, do vinho generoso...
Mas na mais sublime das alquimias a água consagrada no Templo...
Num Altar...

E então teremos no rito da nossa conversa o Cálice, a Espada, o Cavaleiro e sua Dama, um Templo e um Altar.
"O coração já transbordante de amor, e a mente pura de luz".
Essência e consciência

Nisto já "retumba" um hino síntese, como Lei... Sagrada uma Ordem Canônica.
E um saber consagrado que se deve apreender.
Já então uma conquista, arte, engenho, "olhos e ouvidos alerta" no comando e "vigijância dos sentidos".

Bem, mas agora que esta porta se escancarou como evitar que os indignos entrem por ela?

Criem-se as metáforas! Dizem os Instrutores em nome do Rei.

Revelem-se ou velem-se duplamente as verdades! insistem

E ao povo, o que lhe ofereceremos, além do pão de cada dia que deve conquistar com o suor de seu rosto? Pergunta o discípulo.

Incentivem uma fé! Revelem, criem parábolas, religiões que não religuem ninguém, mistifiquem, mas ao rebanho conduzam e amparem fornecendo elementos de acordo com o grau e degraus que subirem!

Mas, muito ladinos à espreita, ouvindo no escuro...
Os lobos vestidos de cordeiros tomaram e continuam tomando o pão da boca dos famintos...

Impérios de sal e barro se erguem, mas o vendaval se prenuncia...
O sistema político/religioso “apodrecido e gasto” torrando as últimas energias para obrar o milagre de transformar a mentira em falsa verdade, faz com que adquiram seus artífices traços de perigosa crueldade...

Vistos, porém para além das tocas de onde se escondem e comandam, chegam a ser cômicos.
Além do vermelho sangue na cor, e o ódio na boca espumante que os desvelam e incriminam...

Ainda bem que o ruim por si se destrói em autofagia!
Ainda bem!

Saudações fraternais a todos os Cavaleiros e Damas, Homens Pensantes e livres do egoísmo arcaico e dos apegos psíquicos que matam.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"PROSAS LUSÓFONAS"

Como um prólogo seja o meu poema
das "lusófonas prosas" imbuídas
de originalidade, quer no tema
como nas expressões desinibidas.

Com suas pessoais composições,
o meu Amigo Júlio tem um jeito
de traduzir as suas emoções
que me produz um surpreendente efeito.

São prosas, não são versos, mas o certo
é que elas estão próximas ou perto
da mais aprimorada poesia.

Escreva sempre assim não tenha medo
de alguém questionar sua ousadia,
que mais não é que artístico segredo!

JOÃO DE CASTRO NUNES

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quartos pegados

Naquela casa ao cimo da montanha
dois quartos há com fecho a cadeado:
num mora a dor, noutro o prazer que estranha
a dor morar exactamente ao lado.

Sem que haja entre eles comunicação,
ambos os inquilinos mutuamente
se espiam com a máxima atenção,
ainda que por causa diferente.

Inveja a dor a sorte do prazer,
cuja existência, por assim dizer,
é um calmo mar de rosas perfumadas.

Por sua vez, tem o prazer receio
que a dor acabe por achar um meio
de o alcançar, seguindo-lhe as pegadas!

JOÃO DE CASTRO NUNES

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Caríssima amiga Ana,

Saudações fraternais.

Cara Ana, longa amizade, “portugalidade” e a franqueza que ela confere é o que temos em comum, além de outras características que os seres humanos possuem que os harmonizam entre si.

No fim resulta num querer bem, leve, sereno, adulto e absolutamente desinteressado em qualquer coisa, que não esse querer bem.

Não sei se já lhe disse que tenho uma regra que sigo, e se refere ao fato de que “os amigos criticam e os inimigos bajulam”, conforme a metáfora, aliás, bem sábia metáfora!

Mas eu ainda diante do que não gosto dos amigos, seja a sua arte, seja a sua roupa, seja o seu modo, seja a sua voz, se for cantor, ou até sua poesia se poeta for, eu calo-me.

Mas jamais diria hoje se não conseguir ouvir uma música até o fim de um amigo pela má qualidade que é boa, ou bonita, pois não o direi jamais, e então calo-me.

Ao contrario disto, vendem-se às “carradas” livros ocos e absolutamente vazios de essência e de estética duvidosa, e até às escolas alguns são destinados, e então é trágico o “soneto”, muito pobre a “prosa” e certamente parca a “poesia” a entrar por essa via a “desensinar”...

Porque os amigos muito bonzinhos não querem dizer não nem criticar?

Calem-se ao menos!

Mas ser português é viver subindo escadas, e aqueles degraus em que se encontrava a mãe lusa vestida de preto, amorosa com o bem e com o mal feito, com o bonito e com o feio...

Bem, essa estranha bondade se virasse uma regra e continuasse subindo degraus alimentaria muitas ilusões, exatamente como os bajuladores alimentam aos bajulados...!

Usar por aqui o seu virtuoso KKKKKK nem sei se pode, mas eu uso assim mesmo,
e saberá então melhor com ele que não calo diante do belo de nenhuma forma, mas se ainda não aprendi a dizer não, diante do feio calo-me, quando consigo... kkkk.

Emudecer será, pois o meu protesto eloqüente, diante do que não gosto e, por favor, meu brado é, deixem-me calar!

Mas os maus livros e os escritores malditos são mesmo nefastos e a sua maldição está no que escrevem negativo e vai à “escola”, até via televisão. Aqui o kkk seria escarnecedor...
Por isso kk aqui não cabe...

Mas cabe celebrar as Filhas da Mãe de todas as Mães, seja Lakshime, seja Shekinah, seja Mariah, seja Alahmirah, seja a Merkabah... Uma barca de Alah..

Enfim mulheres dignas e guerreiras que já dizem não, ou no mínimo calam-se diante do feio e que não pode passar por bonito, não obstante um bondoso coração de mãe.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Caro irmão Álvaro...

saudações fraternais.

Preza-me a esperança que me dá o amanhã, mas o hoje resumido no agora
é desanimador.
Ainda bem que a Ordem à qual pertencemos está acima disto tudo,
ainda bem, caro irmão Álvaro! Ainda bem!
Mas viva Goiânia! E como vai O Ronilson, por falar em Goiânia?
E os irmãos todos, queridíssimos?
Minha companheira Clara vos faz par no ritual
da Ordem das Filhas de Alamirá, e isso também é muito bom.
Enfim, creio se aproximar a hora de um canto,
sim um canto novo está na hora de se ouvir!

É a hora!

Que sempre será a hora para quem desejar seguir!

Talvez, meu caro Álvaro tenha de abrir uma outra conta,
por aqui, na virtualidade, pois este colóquio consigo virá certamente a se constituir
num texto causal, e em nosso Blogue será editado.
Talvez, também, em homenagem ao Ser esta seja uma reverência à amizade,
e ao bom senso e talvez, meu caro irmão isto que ora lhe escrevo,
embora me honre muito escrevê-lo a você, sirva também para mais alguém,
além de uma conversa pessoal, entre nós!
Enfim, talvez, talvez ainda que única uma vez haja "algo" de novo debaixo do sol?
Depois de tanto tempo desde aquela memorável Era de Kunaton, não teríamos “nada de novo debaixo do sol”?

Ah, seria tão bom se houvesse, ainda que fosse um canto!

Mas aí eu me rendo, pois tenho ouvido uns cantares!
Que até nem são novos e seus cantores talvez tenham até já morrido!
E então amigos e amigas, irmãos de carne e planeta matéria prima de transformação,
em larga escala e grande oferta, temos sobrando, sejam nossos cantores falecidos, nossos instrutores lá no passado esquecidos, nossos mestres ignorados!
É a hora irmãos é a hora amigas e amigos de transformar “o mal em bem”, e fazer cada um o melhor que puder e não dar um mínimo de crédito a corruptos e farsantes políticos de hoje, em pleno exercício do malefício de agora.
Nada, e se lhe puderem negar uma saudação, neguem; virem-lhe o rosto, que político nenhum merece olhar de frente o vosso rosto!
Negue-lhe um sorriso e revolte-se, se lhe vierem dar uma ajuda ou oferecer um favor!
Negue-lhe a amizade, por ser a amizade filha do respeito, e quem respeito terá por qualquer um político?
Então caras amigas e amigos nem negar temos de negar nada, que absolutamente nada lhe devemos...
Há muito perdemos o que lhe devíamos como seres humanos - o respeito - pois não se pode negar respeito a ninguém, mas como também esta condição eles perderam, e não são “ninguém”, nada se lhe deve, por nada eles serem!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

AINDA A HOMENAGEM, mas desta feita DO DISCÍPULO AO MESTRE.

E ainda a poesia está no ar que respiro.
E nada como o ar escreve e vitaliza minha alma...

Mas depois de concreta e fisicamente revestida com palavras, a poesia ao contrário de opiniões que descartam o Poeta à sua própria poesia,

Bela ou trágica a sina escrita só existe graças ao Poeta... E isto não se discute.

E então como o discípulo ao Mestre reverencia,

Grato aos Deuses do Egito Antigo - Os Faraós - para assinalar os “Vultos”.

Grato também aos Gurus Indianos e aos seus Avataras...

Da Babilônia aos Deuses, da Grécia aos Filósofos Iluminados e dos filósofos, só...

E dos Hebreus pelas suas Leis, códigos, dogmas e religiões,

E muito especialmente aos Mestres Construtores do Ocidente, as suas Ordens...

Ordens?

Felizes os povos que têm Elites!
Benditas sejam as Elites que ao bem bom e belo sustentam e mantém com suas Ordens!

E assim mantendo, ao povo nos “três mundos” alimentam e fornecem a direção...

Bendito é o riacho que encontra um remanso no seu leito e ali num descanso um lírio perfumado nasce! - Será a Ordem do Lírio?

Bendito o rio do sangue humano - masculino e feminino - em gênero - que tem no mito Agartino consagrado ao Kumara!

E que ordem superior será esta?

O Jiva Universal já dividido em Indivíduos, em carne e sangue?

Talvez!

Mas eu gostaria muito de esquecer muitas coisas e muitas outras lembrar, mas não lembro nem esqueço!

Entretanto eu tenho amigos e amigas especiais, irmãos de verdade que sem tocar os dedos sua alma acusa a presença benigna e bem-querer...

Antes até do amor, o bem-querer...

Mas já agora assim como um rio que para num remanso e cala sua voz, também me calo, e então, até depois!

(Mas devido o instante trágico nas ruas...)

Espero “um depois”, de preferência só depois dos RATOS Americanos e do Caribe todos exterminados pelas cobras (símbolo do saber) e gatos, que afinal fazem parte do ciclo alimentar...

Ou no mínimo de volta ao esgoto, de onde em má hora saíram...
Não, definitivamente nada tenho contra os ratos, desde que eles não queiram ser estadistas e senhores do bem e do mal, e estabeleçam o que pode e não pode fazer a humanidade...

Concordo ainda que para viver no esgoto necessário se façam regras “esgoteanas de sobrevivência”, digamos assim, mas para viver entre homens, não, não obstando terem sido amestrados num circo e cantem, dancem e até falem! E “simulacrem” de fraque e cartola presidentes, reis e astros.

E então breve muito breve chegue esse “depois”!

Muito breve!

Enquanto agora, sim, até depois!

sábado, 1 de agosto de 2009

GOSTOSA DOR

(Camoneando)

Um fogo interior, vivo e ardente,
chamado amor, que abrasa mas não dói,
um fogo que queimando não destrói,
tem-me feito sofrer... gostosamente.

Camoneanamente me expressando,
apraz-me registar o contra-senso,
que em mim também se dá, segundo penso,
de sofrendo por ti... estar gostando.

Por isso, meu amor, não faças caso
de ser a minha dor tanto maior
quanto maior o amor em que me abraso.

Se sofrer por amor nunca é demais,
deixa-me então sofrer cada vez mais,
convertendo em prazer a minha dor!

JOÃO DE CASTRO NUNES