Ex Oriente Lux e ora Ex Ocidente Lux
“Ex Oriente luz”, está tal legenda nas páginas do
tempo assinalada através dos símbolos dos seus principais personagens, nas
cores e números, e porque também não haveria de estar na música a guardar o
passado glorioso, e o seu místico sabor?
No Ocidente, historicamente narradas por profetas e
arautos meio veladamente já as boas novas foram reveladas através da voz do
supremo revelador Michael, ao soprar a trombeta e anunciar o fim do velho ciclo,
inaugurando o novo. Mas só para quem tem “ouvidos para ouvir e olhos para ver”
ouviu e viu...
Também criou um sistema de filosofar novíssimo, no
qual o esforço e a compreensão de cada um poderá levá-lo a ouvir o clamor do
mundo, sem medo, e saber quando “essas coisas novas” acontecerão.
Grandes transformações moverão o motor que promoverá
mais brusca ou mais lenta a renovação com gritos e correrias... Mas os
comandantes, que de fato fazem as coisas se moverem são Personagens Divinos,
Guerreiros, Reis, Rainhas, Sacerdotes e Sacerdotisas que nos legaram e legarão tudo
que já temos com marcas, símbolos e sabedoria.
E se ainda estamos de pé, “vigilância dos sentidos”,
pois mantemo-nos nessa posição apenas uma pequena dianteira perante aqueles que
já se tornaram escombros!
De modo que, “ele já veio e vós não o reconhecestes”
tornou-se regra, tal como constantemente na história se repete. Tudo por obra e
graça do homem não conseguir olhar pra frente; e em conseqüência de olhar para
algum lugar só porque tenha olhos e não saber bem lidar com eles, olha muito para
trás sem nada ver e não sabe que lá fora quem lhe acena são as sombras, e nem percebe
o velho fantasma que saíra de dentro de si.
É o velho passado enraizado desde o alto da cabeça até
os pés, por ter faltado desde o inicio um eixo, que marcasse um arquétipo no
futuro e agora transborda de insatisfação.
E esse arquétipo ou esse marco ou essa marca desse
eixo só poderia estar inscrito como gene numa peça filosófica que encerrasse saber
e verdade e durassem até a próxima seta a indicar o novo, sem, todavia haver
seta nenhuma. Pois devido a escola, e a antiga e religiosa capela não andarem a
indicar qualquer um carreiro digno de ser seguido... Voltou-se o homem a olhar
para trás, contemplando as suas próprias e inúteis pegadas...
Assim, qual plantado o colhido e vê surgir diante
dos olhos deuses mitológicos e o culto aos ídolos de barro se cristaliza.
Porquanto, como no universo tudo se move em ciclos, num desses interregnos
históricos cruzam os Oceanos barcas e caravelas e ao se cruzarem na velha
Europa, aquele “Ecce Oriente Lux” daria origem à “Ecce Ocidente Lux”!
Desse encontro Celta, Ibero, lusitano... Surge
Portucalis, depois Portugal da Lusitânia Luz ostentando o verde e o vermelho a
dar sustentação às cinco quinas do estandarte pátrio, que indelével liga a um
Henrique, fruto da européia raça e da quinta geração Adâmica, para fazer-se
justiça à gênese humana ao unir-se em matrimônio à filha Ibérica - das cinco
coroas de Astúrias a Castela; e como soia acontecer, nascia a Lusitânia Pátria.
E ao desfolhar rapidamente páginas e ondas do mar e
da história eis Sagres, eis outra história serena e tenebrosa maré... E eis
outro Henrique Mentor e Mestre e eis páginas ilustríssimas, e após águas e mais
água, ilhas, praias e a orla de continente em continente, eis o Brasil da
África, da Índia, da China... Mas só para os bons maçons meditarem sob a égide
do Jota e do Be... E já Teósofos, eis o José!
E assim Henrique, outra vez José, eis também Pedro da
antiga igreja do Cristo, eis Pedro libertador... Eis o Brasil desse Pedro eis o
teu José Bonifácio...
Mas para não causarmos trombadas mentais nem impedimentos
intelectuais e facilitar a linha de pensamento mais levemente, Jaquim e Bohas, o
Jota Be e sua gênese Jnana e Bakti do Vedantino sistema, para lembrar que ante
os fatos e as conquistas ocidentais, a velha escola Védica e seus sistemas de
iniciação estão no passado, sim, assim como os demais movimentos citados, porém
jamais sepultados!
As
coincidências e a proximidade do que isto representa para o novo País, deveria
ser observado com profundidade, e deveria ser tema constante de meditação para
quem busca compreender o que acontece acima da história. Portanto, não os
homens vulgares corruptos simulacros que dirigem o país, mas Maçons
verdadeiros, Teósofos, Eubiotas, sérios discípulos, homens de boa visão, é a
hora de olhar o presente com olhos do presente, para não mais se repetirem
erotismos religiosos, nem os velhos erros do passado...
Por tais
razões o saber de acordo com o Mestre Platão através do sensível e do
inteligível e de acordo com isto viver, um milhão de vezes se me permitir o
engenho e a força hei de repetir, isto sim, um milhão de vezes hei de repetir!
Pois, viver olhando o passado é viver? Não! Em total
plenitude não, quando se conceba viver num ato de caminhar e seguir em frente;
isto sim, é olhar daqui para o futuro...
O que podemos ver olhando sobre os nossos próprios
ombros? O velho rito do passado? E embora os símbolos guardem a imagem da
essência, falta-lhe o movimento dinâmico e a temperatura do sangue que a vida
alimenta agora, falta-lhe o impulso da existência e a essência do aqui. O que
passou, naturalmente porque passasse é agora apenas clichê e no máximo desperta
saudade, e que seja então doce e boa saudade!
Não estará o homem ainda preparado para olhar para
frente, ou o novo assusta? Pouco importa. Enquanto as seitas religiosas
fascinem de cegar, só se poderá olhar para trás; e o mais que é possível
proferir de própria voz, são as velhas ladainhas e os responsos, porque lhe é
conveniente e nem é preciso pensar; afinal possui um mito, seja cristão,
budista, maometano oriental ou africano... Porque também em todas as fés “Ele
já veio e vós não o reconheceste”.
Por isso Teósofos, Iniciados
e Sábios de todas as correntes do pensamento, não o serão se não forem
absolutamente livres pensadores; todavia filósofos é que também não são! Entretanto
algo não se poderá negar e se pode mesmo afirmar. Existe um país chamado Brasil
e fala tanto e muito mais que um pobre gesto de olhar para trás a ver as
pegadas do passado.