segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DA INTERJEIÇÃO À PALAVRA


A Palavra

Estranha e magnífica forma de expressão é a palavra! Se nós quiséssemos brincar com ela se poderia dizer, por exemplo, que “expressão”, muito bem poderia ser “ex pressão” ou antiga forma de arrocho... Já como verbo no presente, “expressa” poderia ser “ex pressa” e seria agora devagar? De vagar por aí sem rumo?

Ciência poderosa, nada a ela se compara no mundo da “comunicação”. Ação de comunicar co-municiar. Tenho um amigo virtual, Dr. em filologia por Coimbra, que andou por aqui um tempo, depois calou-se. Bem que ele poderia pegar este texto como esqueleto, por exemplo, e dar-lhe um trato artístico ou acadêmico, mas não aparece mais por aqui, o Dr. João!

João é nome de Arauto, Iokanã, Anunciador cuja boca serve de instrumento à voz, através da fala. Mas fala legítima com o uso das palavras e tudo, não assim numas coisas modernas de falar sem palavras, ou em metáforas esquisitas, nem recortadas nem nada... palavras mesmo inteiras e no sentido lato, e quando em metáforas que seja com arte, com poesia e mais precisamente na forma de soneto, que no caso do Dr. João é mestre em “Sonetar”. Os amigos vêem como a palavra é generosa? “Sonetar”!  e o que seria isso? Criar sonetos ou declamá-los?

Se os meus amigos lessem os comentários de ontem veriam dois exemplos de quão viva é a palavra; no primeiro reafirma a sua importância ao citar alguém de luz, e no terceiro comentário o tema das palavras se tornou peixes, generosamente como arte, expressando alimento, também como gratidão.

E pensar que nas primeiras vocalizações da raça não passavam de interjeições monossilábicas de sentimento! Vejam em que se transformaram aqueles uis, ois, ais! (riso) Assim também teria evoluído a humanidade e nos chamados três mundos: físico, psíquico e mental e chegado aqui já bem harmoniosa, embora não satisfeitas algumas pessoas se auto-deformem com certos artifícios, que lembram até partes bovinas incrivelmente prejudiciais à coluna vertebral... (de novo riso)

Bom, para terminar esta breve e rude prosa, diria mais uma vez da minha profunda admiração pela palavra viva, e me solidarizo e sofro com ela quando despejada por certas bocas infectas se submete a impropérios, asneiras, mentiras, sofrendo terríveis afrontas sem poder reclamar, embora já alguém de grande vidência confessasse lhe ter visto uma cor arroxeada, de indignação, quando submetida ao assédio moral de certo simulacro de estadista. 

2 comentários:

  1. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus ... E o Verbo se fez carne" (João 1:1, 14).

    Semaninha boa, amigo!
    Boa sorte, Norma

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  2. Também para você, Normita!
    Sim, o Verbo Vontade, só poderia estar com Ele...só poderia ser Ele, mas até à carne muitas
    transformações sofreria, até que na voz humana, no nosso caso, se fizesse.
    Mas certamente deve ter alcançado esse estágio de veículo orgânico antes de nós, senão com
    os filhos dos Deuses se casariam com as filhas dos homens?

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