Retalhos... entrecortados pensamentos volta e meia
rondam minha imaginação e eu escrevo sem saber pra que, mas entre fazer e
desfazer eu prefiro escrever... Não! Conferir-lhe importância? Não! Se o tempo
tivesse muito valor talvez valesse a pena! Arte sim. Sempre vale a pena e rendo-lhe
todas as honras e acuso-a de me causar as maiores frustrações, devido os meus
parcos talentos.
Quebra cabeças
No mundo em que as minhas fantasias sorriem para mim,
não correm gotas de sangue!
Pois em vez de ouvir tiros de todas as marcas e calibres,
inclusive disparados pela boca, com os ouvidos fechados é que ouço as cotovias
a cantar de manhã cedo ao levantar-me.
E sem me zangar com a ausência de seu canto, ouça as
rolinhas ou mesmo os pardais que não os espantos, e eles já não têm medo de mim!
É quando as minhas fantasias riem-se dos tolos, dos
tolos defensores de qualquer teoria que liberta eliminando os desafetos e os outros!
Mas ainda alguém, que eu não sei quem, de vez em
quando aparece de repente saindo da sombra para repartir meu já tão pobre saldo
do soldo...
(e eu que fui soldado de outra guerra, sinto-me estrangeiro
mesmo tendo vindo do pátrio estado de monge e guerreiro da paz; e até faz-se agora
a terra estranha, de homens estranhos que vieram de longe, e só aos pássaros é
possível ouvir, sem agredirem meus ouvidos!)
(E o mundo novo, quem diria! Ainda ontem foi ao
estrangeiro, mas já voltou; foi tão ligeiro que nem já chegou!)
Ainda bem que no mundo das minhas fantasias
transformo os espinhos em rosas! E até ao canto das cotovias de vez em quando
eu o furto, - único furto que pratico - para compor as minhas prosas!
Filosofia
de Castiçal
A
filosofia de castiçal tem como sopro uma vela; imagine-se em quão profundo mar
submerge o “filósofo” com ela!
A
falar sem dizer nada, a “praguejar” contra o mundo, senta-se à beira da estrada
a descansar, mentalmente moribundo.
Desocupado
da vida a mal dizer de todo o mundo, não olha à própria ferida e sem dizer nada,
apesar de falar muito vai mudo!
Filósofo
de castiçal! Cuidado com a ventania! Pois nem é preciso um vendaval! Qualquer
sopro leve apaga a vela que te alumia!
Não sei
Por causa do que não sei, ainda ando a buscar algo
que eu não herdei e na carne ando a experimentar; alguma coisa que não sei aonde
procurar.
Andei por tantas estradas, arrastei tantas cargas e
em nada do que trouxe nada encontrei; por causa do que não sei, por nadas ter
encontrado e ter andando onde andei, no meu baú tenho guardado só na memória
plasmado, o que não sei. Nada eu tenho encontrado nas coisas nas quais
procurei!
Por causa do que não sei e esses nadas ter
encontrado, no meu baú tenho guardado pedaços, retalhos, e já nem a ferrugem
anda a corromper!
Somente este meu ser nada com degraus, estradas para
subir! Mas não sei se há escadas, por causa de umas palavras que não escutei!
Por causa de qualquer nada, por causa do que não sei? Não, eu não escutarei
nada, por causa do que não sei!
O poeta está vivo, com seus moinhos de vento
ResponderExcluirA impulsionar a grande roda da história
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo com seus moinhos de vento
(...)
O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou
Conheceu os jardins do Éden e nos contou
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
O Poeta está Vivo (Barão Vermelho)
Boa Sorte!
Bjo Norma
Norma, estou sem inspiração...
ResponderExcluirEntão para ti e em homenagem a quem nos leu:
ResponderExcluirCharlie Haden & Egberto Gismonti - Palhaco
http://youtu.be/HienXFu-T-0
__/\__ Gasshô, Norma