sexta-feira, 25 de setembro de 2009

AGARRAR O CÉU... SEM MÃOS

(Para o meu Amigo Júlio Teixeira de Lima
que me deu a insparação para este soneto)

Se para estrelas ver no firmamento,
quais pirilampos a luzir na estrada,
os olhos não nos servem para nada,
pois que se podem ver em pensamento,

também, de modo igual, para alcançar
a abóbada do céu, lá tão distante,
não são precisas mãos, como garante
o coração que temos a pulsar.

Casando com a mente o coração,
possível é tocá-la, ao que suponho,
pelas escadas da imaginação.

Mesmo não tendo mãos desde nascença,
o céu pode agarrar-se, havendo crença
de estar ao nosso alcance... pelo sonho!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Coimbra, 24 de Setembro de 2009.

Um comentário:

  1. Sim, pirilampos que piscam breves e efemeros
    com boa parte da arte que por aí abunda.

    Mas a arte requer outras qualidades do talento e do saber.

    Caso seja poesia, esta forma de Tocar o Céu explicita bem e a bom termo serve de padrão.

    Ainda que com mãos desde nascença!!!

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