O SONETISTAMaquineta me chamam de sonetos:honrosamente o sou; mas é precisonão confundir bom-senso com juízonem africanos em geral com pretos.Fazer sonetos não é tão-somentemeter palavras dentro do aparelhoe dar à manivela sem que a gentedistinga o cor-de-rosa do vermelho.Antes do mais é necessário tersuficiente engenho como teveLuís Vaz de Camões, a quem se devea perfeição maior, e não sofrerde falta de sentido musicale miopia de ordem cerebral!JOÃO DE CASTRO NUNES
Lá quando em mim perder a humanidade
ResponderExcluirMais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia - o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole sub-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou a vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu, sem ter dinheiro."
Manuel Bocage
Júlio
ResponderExcluirsó deixar aqui, para ti, Votos de um NATAL muito feliz, à dimensão daquilo que saibas desejar.
E para tua Família, e tua Cidade, e teu país
um NATALÃO
Há um provérbio chinês que diz: antes de escrever um livro é preciso ler mil.
ResponderExcluirNo que diz respeito à poesia devíamos ser ainda mais exigentes: antes de escrever um poema as pessoas que se julgam poetas deviam ler 100 mil poemas e rasgar as primeiras 100 mil tentativas. Mas, como se sabe, isto é um país de poetas e não de leitores de poesia.
Quem é vossemecê para o dizer?!... JCN
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