quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Uma canção modesta, mas sincera...

Volta ao pó
(canção)
Eu não tenho tudo,
Muito ao contrário meio cego e surdo
Eu não tenho nada;

Sou um artista pobre.
Mas de algum bem nobre mesmo pobre
Vou de alma lavada;

Mas já fiz de tudo,
Apesar, contudo, pobre e sem fortuna
Sigo minha estrada;

Assim vou mais leve
E é assim que se deve assim leve
E não carregar nada;

E sempre muito só,
Sempre não ter nada, caminho mais leve
Vida mais cansada

Caminho mais lerdo
E na mais lerda estrada o corpo terreno
No fim da jornada

E neste carnal corpo
E em terrena carne tédio e desconforto
No tempo já tarde...

Já ao fim do dia
Da vida que parte ao final de um tempo
Com tão pouca arte...

Sim sou muito pobre,
Sim vou muito só, mas sigo mais leve
Minha volta ao pó...

3 comentários:

  1. Gostei, caro amigo !
    Mas olhe que não há pobres nesse sentido!
    A mais terrível pobreza, que não dá nenhum descanso, é a pobreza de espírito.Quem não é pobre de espírito é sempre feliz e o meu amigo é um homem riquissimo.
    Um abraço.

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  2. Nobre Cavaleiro,irmão!

    Pobres de espírito,é o que há mais por esse mundo fora!A maioria nem se apercebe disso e pensa que são os outros e riem-se os infelizes,
    mas deviam rir de escárnio, deles próprios!

    Muito certo este poema(canção?)

    Fraterno abraço.

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  3. Obrigado amigo Norton
    e Nobre Dama irmã...

    Mas eu mudei: ficarei do lado do senhor da silva...

    Mudei.
    Ficarei do lado do lula.
    Segundo email que circula pela internet, se eu ficar atrás do lula ele poderá defecar ou no mínimo soltar terrível flatulência em mim; se eu ficar à sua frente poderei vir a ser estuprado, por ele.

    Mas ainda assim, mesmo ficando de seu lado é necessária, certa distância, que evite sentir-lhe o hálito infecto, etílico...

    E também porque possa girar meu olhar à direita ou à esquerda, ver semelhante perfil
    dessa caótica esfinge, é no mínimo desolador.

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