sábado, 8 de maio de 2010

Olhar

Queridos amigos e amigas, no intervalo de uma prosa e outra
Uma ideia de poesia através
de um olhar...
Obrigado pela vossa presença


Olhar

Mas que olhar é esse,
Olha e nem sabe o que olha,
Que olha e não vê nada
E já o céu escurece,
Quando na terra anoitece
Com medo e ofensa velada?

Mas que olhar é esse
Que depois de tanto olhar
Com os olhos tão cansados
Depois de muito corridos
Igualmente caminhados
Já tampados os ouvidos
Com gestos aquietados...

Que olhar é esse?
Que olha sem ver lá fora
E sem saber olhar dentro,
Que será que vê agora
Sem ter como ir embora,
Sem rumo prumo nem centro?

Mas que olhar é esse,
Perdido e fora do eixo
Esperando que escureça
De olhos fechados não veja
O que tanto quer e deseja,
Ainda que não mereça?

Mas que olhar é esse,
Olha nem sabe o que olha
Mas já no fim da estrada
Por mais que recolha
De tudo o que olha
Com a face molhada,

Só tem o que chora,
Porque olha e não vê nada
E não há o que farta
E porque nada tenha,
Espera de [Agartha...]...
Ou do céu lhe [venha]?!...
Rica mesa muito farta...
Mas se cair do céu
Só o raio que o parta.

Velho da Montanha

4 comentários:

  1. Para alguns. era bom mesmo só o raio que os parta.Outros,olham,olham e não enxergam nada.

    fraterno abraço.

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  2. Ana, muito especialmente...

    Salve generoso gênero feminino, que de seu ventre bendito
    Dá á luz a vida humana!
    Salve heroína mãe, parabéns pelo seu dia, que são todos os dias

    Muita saúde, paz e harmonia
    E meu fratennalíssimo
    Abraço

    Júlio

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  3. Pois,pois..já disse alguém um dia:
    "pior cego é aquele que não quer ver".

    ah claro! fraterno abraço e beijinhos respeitosos!

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