quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Promotores do Quinto Império

Esta  postagem não trazia o nome de seu redator, mas não poderia deixar de citar 
o fato de que não foi escrita por mim.


E a tese de Agostinho da Silva que, "Portugal, vindo do além mundo, formulou até ao século 14 a sua cultura própria, a do Espírito Santo.

Depois, teria entre o século 15 e o século 20, revelado a sua força máxima de variedade e com bastante compreensão da sua unidade humana e da sua aspiração ao mais elevado e mais íntimo. Do século 21 em diante diz Agostinho da Silva, revelará Portugal ao mundo, sobretudo pelo ser de cada um, o que se vai atingir para além do mundo com toda a física uma metafísica, todas as coisas várias e a mesma, todas as características uma e diferentes, todos os ideais diferentes e um só". Trata-se pois de uma visão de um espírito de globalidade, abrangente de todos os saberes, que coincide com, a previsão do que representa a era do Aquário para os astrólogos.

Assim, parecem ser vários os pensadores que apostam na realização, em terra portuguesa, do mito do Quinto Império cujo antecedente é a forma messiânica do projeto do Império do Espírito Santo.

O mito do Quinto Império, vem da simbologia do “cinco” sendo este o número da quintessência que age sobre a matéria transformando-a, tal como a frase da Eneida: Mens Agitat Molem, (o espírito move a matéria) a partir da qual Pessoa extraiu a palavra Mensagem. Essa ponte entre o mundo dos homens e o divino, adquiriu novas formas na obra de António Nobre, Afonso Lopes Vieira, Teixeira de Pascoais e Fernando Pessoa., todos eles leitores atentos da História do Futuro do Padre António Vieira para quem tal Império, cristão e universal por mediação portuguesa se iria realizar sendo o Brasil a sua primeira grande expressão. É Portugal, disse, O Reino para quem Deus tinha guardado aquela grande empresa e Império. Também Camões põe nas mãos de Portugal no poema dos Lusíadas, "o Império de Deus que nunca será destruído e subsistirá para sempre.

No fundo, estes autores, apropriaram-se, para a glória de Portugal, do império do sonho de Nabucodonosor, que este pediu ao profeta Daniel para interpretar. Disse Daniel ao rei da Babilónia: Tu é que és a cabeça de ouro. Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu e depois um terceiro reino, o do bronze que dominará toda a terra. Um quarto reino será forte como o ferro vindo a esmagar todos os outros mas, sendo de ferro e argila não se aguentará para sempre. 

A pedra que destrói os quatro metais ou quatro reinos simboliza o reino que o Deus do céu fará aparecer, um reino que jamais será destruído e cuja soberania nunca passará a outro povo (Daniel 2). Na interpretação judaica, o quinto Império é o de Israel. No esquema português, defendido por Fernando Pessoa, o primeiro é o império da Grécia, o segundo é o de Roma o terceiro o da cristandade, o quarto o da Europa laica depois da Renascença e o quinto atribui-o a Portugal por se tratar, afirma, de um reino de outra natureza que não a do poder temporal...


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