terça-feira, 1 de abril de 2014

NOVO TEMPO

NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA ESTUPROS MORAIS


Viver há de ser um ato de consagrar – amor e razão – na mesma medida, para bem e boa formação do Eu, tendo como pressuposto a manifestação do belo universal. E de tal conduta edificar-se a alma através dos tempos valorosa, para que seja o conjunto do ser homem ético, e a mais legítima expressão do bem, consistindo em ser bom e universal. Caso contrário prevalecerá um estado natural de instinto, cuja origem ancestral recrudescera no estágio proto-homem, ainda animal, por essa razão agindo com violência na defesa de si e da espécie, mas cumprindo o seu papel de oposição no seio da humanidade civilizada, na luta do carma individual e coletivo redimindo ou aposentando, o velho diabo.
Ainda que dele não abram mão as seitas nem as crenças rasas, por questões financeiras, mas de maneira bastante criativa e artística já boa parte do povo ocidental, a exemplo do oriental o aposentou redimindo ao velho diabo, por não ser (tão feio quanto o pintam).
Todas as civilizações construíram suas culturas ao longo do tempo com engenho e arte – razão e emoção – temperando suas obras com as cores e as essências dos opostos, sem lhes ter faltado um tipo de demônio; mas nunca como ora, com os falsos “profetas” cometendo estupros artísticos, estupros políticos, morais, de fé e tantos outros! E assim, em nome de uma falsa cultura vão assaltando o mundo com estrondos musicais, nos quais se vai a deformar a música, que da mesma sorte e sem a qualidade que emana da substância original do cosmo de onde se propaga o som, ainda ousam grafar e berrar também a palavra amor!
Amor? Quando muito, mas muito mesmo nessa esfera com a mínima qualidade e muito pobre, será apenas paixão, sexo, talvez até cachaça, apenas ilusão! Ah a paixão, pobre paixão, além de oposta ao amor, é mesmo triste e muito rude, fera ilusão! Prova e comprova-o o grande sucesso, marca moderna do fútil e descartável consumo pirata.
Entretanto nem sempre fora esse o ritmo da civilização, convindo lembrar, também, que a polaridade é o motor da evolução, cujo resultado final, produto do positivo/negativo que sempre andarão juntos, promovendo o desenvolvimento da espécie, nesta fase aguda vão de verdadeiros britadores da matéria bruta, em transformação, feito brita grossa mesmo.        
É evidente que num estágio muito avançado, o que hoje é AMOR/SABEDORIA atual estado de consciência de uma elite superior, será a tônica da futura humanidade. E o estado atual da consciência coletiva mais psíquica que mental, a essa altura será coisa execrável, tal como hoje execrável é a ação dos falsos profetas que vimos comentando, e que serve de mote a esta prosa.
Porque ousem desgraçadamente promover “contracultura e contra-artes”, e tenham lá os seus artistas e alguns filósofos contistas que tiverem cantores e simulacros de estadistas é o que são; mas para neutralizar seus efeitos nefastos, já as portas do futuro foram abertas e os talentos reais começam a surgir entre as crianças, lamentando-se o fato do velho dogma ainda prevalecer e com verdadeiros bombardeios às crianças mirem... Ou amordacem...  

Porém, e isto é irrevogável, contaremos sempre com a morte redentora para renovar e corrigir os estupros artísticos e culturais, que o tempo em suas arcas há de guardar como trágica memória, de uma época auge do fim dos tempos, quando se rompe o equilíbrio, como agora foi rompido. Mas que será restabelecido! Aliás, já teve início quando uma criança feliz olhou nos olhos da bruxa e em vez de fugir apavorada de medo, mostrando-lhe a língua, fez uma careta e riu com muita graça da figura triste e velha personagem das sombras, que ainda vestida de estadista demonstrou vergonha, de tão ridícula, diante da criança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário