quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Fantasias Iniciáticas

OU QUANTIFICAÇÃO DO FANATISMO INICIÁTICO

Que importa o tempo já passado, se as marcas se apagaram e as memórias esqueceram os caminhos por onde andamos? E até as amizades que não foram não as há?

Mas olhar lá fora sem lamentar o presente custa um pouco, e até rumina um mal estar não se sabe bem onde.

Uma dor sem doer e um talvez remorso ingênito cobrador de obras que não realizamos e coisas que não fizemos doem.

O momento solene de respirar o hálito que leva para dentro de nós o prana vivo que nos mantém, traz também lembranças longínquas à nossa mente.

Fossem boas lembranças, mas como boas lembranças, se poucas vezes festejamos à alegria?

Não que o sentimento sóbrio e taciturno não possa ser amoroso e de boa memória, mas porque talvez também até esse sentimento tivesse faltado.

Realmente a mente como ensinou o Senhor Buda é Implacável. “O que pensamos é o que somos. E o que sentimos é o que atraímos.”

Resumo da lógica primária: a natureza não dá saltos nem faz milagres. E vale para todas as crenças, regras disciplinares e iniciações...

Há quem pense dar saltos quânticos para além do sistema solar, mas só fazem rir quem vontade tenha de rir e chorar quem vontade tenha de chorar.

Mas há esperança de porto e salvamente no aqui e agora, e até o sofrimento vai embora quando se desfaz o caminho mágico, pois nada ainda está pronto e a alegria e o contentamento seja o fazer.


Mas, todavia, contudo e, porém se eternas eras tal como nos ensinam os Divinos Profetas teremos ainda de caminhar em jornadas de milhões de anos, quando sutilizados os corpos a tal ponto que este de agora nos pareça de pedra e aquele futuro invisível a olho nu e impalpável ao atual tato, o que estaria então já pronto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário