Sonata a horas mortas
Gemem tristes na noite os violinos
e simultaneamente aos meus ouvidos
suaves chegam lentos, sibilinos,
acordes de piano em sustenidos.
Choram violoncelos noite fora
em música de câmara orquestrada,
dolentemente, até à luz da aurora,
só se calando com a madrugada.
Vibram as liras com um som plangente
nas mãos de Orfeu as feras amansando
e as pedras dos caminhos comovendo.
Soam dentro de mim, na minha mente,
nostálgicas sonatas... desde quando
me estou a preparar para ir morrendo!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Também este gostaria de ser capaz, assim como todos os outros de os fazer! mas fazer o que? rssr
ResponderExcluir