terça-feira, 24 de julho de 2012

AGORA


Prece ao Deus Menino
Intercedida por Nóbrega

Senhor, da casa do vinho,
Senhor da casa do pão!
De lá de onde venho ouvindo
Só tenho ouvido asneira e muita falação!

Senhor da casa do vinho
Abra-me essa porta
pra que eu possa entrar
Beber tudo sozinho, até embriagar-me,
até sem juizo, sem descobrir o caminho do paraíso e sem ter para onde voltar é que digo que vale a pena estar aqui... neste estado que não nem é lugar.
Nem é em cima nem em baixo, nem é dentro nem fora aqui onde é só agora.
E sem ter por isso também o que dizer, não dizer nada nem interferir sequer no vento se passasse o vento a ventar, mas nem há vento a soprar!
Há só aqui agora sem movimento para alterar a mansidão da noite com pouco e fraco luar, embora sem nuvens numa crescente ou decrescente lua muito pequenina feita rasa taça um pouquinho inclinada
que não indica chuva, num céu ausente, distante mas dentro de casa.
Sim, lá fora é isso mesmo e tenho de memória porque ainda agora o visse... muito azul, muito profundo céu azul índigo de ainda agora quando para o alto e silencioso até ao "caminho de Santiago" com os olhos subi...
Estrelas numerosas havia clareando longe, muito longe com um brilho azul profundo e exalando um cheiro de éter frio, distante... e no mais mistério pois ainda o homem não sabe quem segura no alto tudo que não cai ao chão e também chão bastante não há, que a tudo aparasse.  

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