Combater o comunismo, combater a idéia de luta de classes e
fazer com que o capitalismo submeta-se ao bem comum numa nova sociedade,
assentada em relações humanas diferentes, com bases não competitivas, que será
criada a partir da colaboração do capital e do trabalho, gerando uma maior
distribuição da riqueza, e evitando que a sociedade se estraçalhe, vítima da
ignorância e da cegueira, que nos precipitam no abismo da guerra civil, esse é
o objetivo do Humanismo Econômico.
• A ditadura da classe política - o mais
sofisticado totalitarismo
A Sinarquia se opõe a qualquer forma de ditadura, sendo um
dos seus princípios básicos o respeito à liberdade de consciência, de opinião e
de associação política por afinidade. Mas substitui o jogo anti-social,
estático e anárquico dos partidos, construídos segundo a idéia de oposição e de
luta pelo poder, pelo jogo altamente social e dinâmico dos profissionais
organizados e das associações, formadas segundo a idéia de serviço social e da
cooperação real e legítima de todos no poder, através da delegação aos melhores
e mais competentes no governo efetivo.
Por meio de uma avaliação sinárquica compreendemos que,
aquilo que os comunistas não conseguiram, que foi implantar a ditadura da
classe proletária sobre as demais classes sociais, foi realizado de forma sutil
e eficiente pela classe política, que utilizando-se da bandeira democrática
abandona o eleitor à própria sorte, simples massa de manobra, totalmente
equivocado em relação ao sistema em que realmente vive, não percebendo que está
subjugado à ditadura de uma classe social, que aliada ao poder econômico,
estabeleceu uma das mais sórdidas e sofisticada ditadura de classe. Pois a
ditadura da classe política, sobre as outras classes, se faz de forma
imperceptível e com a colaboração dos demais segmentos da sociedade, na
legitimação de tal sistema totalitário.
A filosofia sinárquica se coloca como inimiga declarada dos
políticos profissionais, que se perpetuam no poder por várias gerações num
negócio que passa de pai para filho, estando dividido em dois grupos: os
conservadores, que detém o poder e os privilégios, e são os defensores "do
dever do cidadão para com a pátria", sem contrapartida, da pátria para com
os cidadãos, esquecendo-se de seus deveres e compromissos assumidos com o povo
que os elegeu; e os revolucionários que ambicionam derrubar os outros, para
conquistarem o poder e os privilégios destes, esses "lutam pelos direitos
do povo", direitos que são os primeiros a violar, tão logo assumam o
poder, lançando mão muitas das vezes de ditaduras brutais.
O povo por sua vez foi dividido em partidos, que são
incapazes de chegar a um consenso que viabilize uma causa maior, como a causa
da nação, tomando a convivência entre os poderes nos quais divide-se o estado,
em uma verdadeira batalha. Essas situação agrava-se quando o processo eleitoral
é maquiavelicamente inflacionado, o que coloca os partidos à mercê do poder
econômico. Vale citarmos Barbosa Lima Sobrinho, num artigo entitulado "Um
novo totalitarismo", escrito para o Jornal do Brasil, em 1996,
referindo-se às ditaduras que assolaram a Europa e o mundo, pergunta:
"Será que mais de meio século depois, já podemos respirar aliviados? Ou há
sinais de um novo Totalitarismo, senão no domínio político, mas no Terreno da
Economia refletindo-se na vida de todos os povos?"
Vale a pena refletirmos nas palavras acima, enquanto vemos
a nossa sociedade debater-se nas garras da corrupção que derruba os
presidentes, ministros e deputados, demonstrado a fragilidade de nossas
instituições frente a ganância de homens oriundos dois mais baixos extratos
sociais, utilizando-se de sua imunidade política banqueteiam-se das populações
que deveriam proteger. Diante desses fatos só nos resta resignarmo-nos ao mal que
assola as modernas democracias, ou arregaçarmos as mangas e partimos para a
grandiosa tarefa que o momento histórico nos impões, que é a de erguermos a
civilização brasileira.
Segundo o nosso ponto de vista, tal tarefa só poderá ser
levada a termo, se o povo brasileiro não copiar, no seu desenvolvimento
político a linha traçada pelos E.U.A., ou Alemanha ou Rússia, mas se o Brasil,
baseando-se na experiência do velho mundo, criar sua própria linha política
adequada as características de sua população.
É diante deste cenário que a Sinarquia ressurge, buscando
uma síntese, entre o ideal revolucionário de Fraternidade, Igualdade e
Liberdade, e o pensamento político de direita, de Propriedade, Hierarquia e
Autoridade; os sinarcas adotam a divisa Fraternidade, Hierarquia e Liberdade.
Pois segundo o pensamento filosófico sinárquico, não há organização sem
hierarquia sendo esta o pré-requisito básico que rege todo o cosmos, desde o
reino animal, passando pelo reino hominal, até o supraceleste.
Estamos cientes que qualquer solução para os problemas
sócio-políticos que nosso país está enfrentando deve ser adaptado à nossa
realidade, às características do nosso povo e a nosso momento histórico, não
sendo as idéias sinárquicas, receita de bolo, que devem ser seguidas cegamente.
O nosso futuro depende de nossa capacidade como livres-pensadores, de buscarmos
soluções inteligentes, para os desafios que nossa sociedade enfrenta e dessa
forma darmos a nossa contribuição para as futuras gerações.
"UMA ÚNICA MOEDA, UMA ÚNICA LÍNGUA, UMA ÚNICA
NAÇÃO"
Henrique José de Souza
JúlioT
ResponderExcluirLido. Falta pensar a respeito, refletir.
Hora de agradecer o compartilhamento.
__/\__ Gasshô Norma
Esse é o nosso futuro. Grandes homens precisamos para tal empreitada. Na politica militada
ResponderExcluirnão há ainda nenhum...