
Alma
À esquerda da alma deitei a cabeça
Que me estava a pesar.
Mas quando olhei à minha direita
Minha alma insatisfeita
Em copioso pranto pôs-se a chorar.
Chorava por quem por mim passava
A criança abortada
Que nem sequer chegou a nascer
E também me lembrava
Alguém, que acabava de morrer.
À esquerda do meu sentimento
E à direita da minha razão
Ouço o canto do rio em lamento,
E logo pela manhã no verão
Apaga-se a cor e o céu cinzento
Reflete-se no rio sem melodia e sem refrão.
E o rito do rio lamacento
Vai sem peixes, sem vida e passa em vão!
Só para constar: hoje é o dia
10/10/10=03.
Seria esse ternário:
1)a Alma a dormir; 2)a morte dos peixes; 3)a morte do rio?
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