domingo, 6 de maio de 2012

Abalo sísmico da borboleta




Ao ver duas pequenas borboletas amarelas flertando no jardim, lembrei-me da visita de um amigo, dias atrás, um senhor circunspeto muito sério sentado a conversar comigo aqui mesmo, quando uma desavisada lagarta subia pelo seu sapato.

Este pacato senhor tomado por tamanha fúria sacudia o sapato tão freneticamente, que ao cair no chão esmagava a pobre lagarta com tanta raiva, que até eu me senti um pouco esmagado.
E agora. ao ver as duas lindas borboletas voando me ocorre uma estranha curiosidade de saber onde andará a outra borboleta, viúva daquela lagarta?

Mas a humanidade é mesmo assim. Gosta de borboletas, mas não gosta de lagartas.
Gosta de dinheiro, mas combate o capitalismo.
Gosta de boas comidas, boas bebidas, mas não gosta dos produtores rurais.
Gosta de conforto, de bons automóveis, bons aviões, mas combate a indústria.
Na verdade o homem não gosta mesmo é do outro, e se engaja em movimentos para salvar e resgatar não sei o que, mas quer mesmo levar vantagem em alguma coisa.

E o espelho mais revelador desse trágico quadro nacional está nos movimentos do partido governista e suas lutas demagógicas em nome do social.
Quer mesmo é silenciar a imprensa, esmagar o outro e na sua Eugênia, como dizia com humor um amigo meu, a continuar com eles, chegará um dia em que só será permitida a gestação do feto que tiver a estrela do PT na testa. Os outros serão obrigados abortar.

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