segunda-feira, 24 de setembro de 2012



AH ESSE SILÊNCIO QUE FALA!
O silêncio fala tanto, mesmo quando interrompido por palavras, tanto! 
E as pessoas, passe o tempo que passar continuam as mesmas e sozinhas. 
E que pena, cada vez mais corrupta é aquela que pretende ser mais que pessoa! 
É o mundo seguindo seu curso montado na garupa de quem traça o plano social da civilização, sem ter noções de civilidade!
Sem consciência, aniquilam algumas espécies do reino animal, 
e a outras confinam e engordam para comer, numa mistura domestica do animal, 
vegetal e mineral; e assim vai indo o mundo comendo o mundo.
Numa instintiva e voraz transformação, sem método racional vai indo...
Certamente não há grandes conflitos nesse devorar de espécies inferiores,
que até se doam para instintivamente subirem um degrau e se 
transformarem em energia mental...
Mas nessa esfera, o dinheiro enquanto ilusão de força e poder 
faz a diferença e determina as regras do jogo.
Há entre os do contingente geral diferentes opiniões, e até à boca pequena 
há quem diga que alguns da espécie mais rudes são porcos; 
mas existe aí uma diferença, pois os porcos certamente não comem gente, 
nem a outros porcos...
Bem, mas ao cabo de tudo não somos assim tão maus!
Talvez ainda meio inconscientes, por nosso estágio de evolução 
estar ainda no primário, em relação ao padrão superior.
Mas não há como fugir do modelo idealizado como arquétipo sintético,
formado a partir de todas as correntes filosóficas, 
se pretendermos continuar na marcha da evolução.
Infelizmente muitos de nós repudiamos o ideal divino 
mutilando o sagrado, representado na ideia ampla do bem, 
que ao final é o que expressa a essência da beleza do eu revelado. 
Em razão disto e por motivos concretos – racionais – impossível 
nos é conceber por conceitos éticos e estéticos duvidosos 
a beleza intrínseca do ser, sepultada nas profundezas do homem terreno, 
ainda fora do alcance da razão.
E essa beleza do real bem é o verdadeiro tosão de ouro como essência 
incorruptível do ego, para que um dia seja realmente cada um ele mesmo,
enquanto indivíduo inseparável. 
Todavia enquanto tantos vivem o presente estágio da “razão animalizada”, 
segundo o conceito histórico da espécie que alçou voos mais altos, 
apenas uma pequena elite ultrapassou a linha divisória tornando-se a elite 
da “razão humanizada”.
Mas ainda assim essa deixa para trás os seus troféus, 
as suas vanglorias e seus feitos empalhados e pendentes 
em lugar de grande destaque na parede da sala, 
ou na cabeça ostensivamente com muito orgulho a posição social, 
aparentemente mais elevada, mas será mesmo a elite?
Mas há sim uma pequena parcela já beirando as raias da mente universal, 
e só por isso fala tão alto o silêncio e a humildade, tanto! 
Pena poucos ouvidos haja para ouvi-lo e digam: 
“ouçam o que eloquentemente o silêncio fala mesmo atrás das palavras inúteis!” 
Pois são chegados os tempos em que havendo muitos ou poucos, 
haja olhos bem abertos para ver atrás das sombras do desejo 
e das palavras gordas e inúteis!" mais vale então um enigma em palavras!    
"Quem te disse ó folha, que o vento que te levantou tem por trás dele o tempo? 
Quem te disse isso mentiu, porque ao tempo criou-o homem! E tu folha, além do tempo, existirás? Lembra-te de que ainda há pouco um pedaço do céu caiu em fagulhas e o mundo não acabou.”


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