terça-feira, 25 de outubro de 2011

CHAVES



Com as chaves na mão
De abrir não sei bem o quê,
Pois não encontro a porta que me leve a você!

E com as chaves na mão
Sem saber o que delas fazer
E sem portas para abrir, como então ir, como ver?

De que valem as chaves
Sem portas de fechar ou abrir
Se os sintomas tão graves ferem ao meu discernir

De abrir ou fechar
De entrar ou sair
Apesar de haver chaves e com as chaves na mão?

Há tão feros entraves
Muito graves à razão,
Apesar de haver chaves e com as chaves na mão,

Descem-me as pálpebras
Treme a minha ilusão
E já senil fecham-se os meus olhos e meu coração!

Só para dizer que te amo
Andei com as chaves na mão
E no meu maior desengano e de minha vã emoção

Calou-se também o desejo
Mas de tudo que eu vejo,
Quem poderá me dizer não ter isto valido a pena?

Bm ou mal foi um novo cotejo
Que algum modo festejo
Pois foi bom, foi sim! “Se a alma não é pequena”.

4 comentários:

  1. Gostei bastante desta poesia. É da sua autoria, amigo Júlio ?
    O seu blogue está com uma cara melhor.Parabéns !
    Confirme,no entanto, se está a funcionar bem porque coloquei um comentário em "Dialética da Alma" que não foi publicado.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Também tive dificuldade em colocar o anterior porque não aceitava a conta do google.

    ResponderExcluir
  3. Obrigado amigo Norton! também eu não tenho conseguido postar nada por aqui

    ResponderExcluir
  4. falta de chaves?
    No entanto vi nessa porta, a chave de tudo,
    sem bater,tomou a porta ,
    e entrou por pequeninas brechas,tomou o vidro dela,da porta...
    sem licença , sem chave,tal dourado ,instalou-se nela.

    :)Abraço, grande poeta. ☼̡̡̡

    ResponderExcluir