terça-feira, 24 de maio de 2011

Quem de tal maneira se oferece?




Resolvi que deveria responder a um amigo a pergunta da galopeira...
E galopando ensimesmado...


... é de tal maneira uma galopeira doida que não quer parar, que até o raio do caminho vira e mexe volta à baila, como tema.

E de tal forma ensimesmado olhando as minhas próprias pegadas, vejo nelas marcas e palavras,
caminhos, naturalmente, muito presentes e repetidos caminhos, possíveis desejos de um destino, vontades de fazer coisas e principalmente falar.

Assim num tagarelar querendo dizer um não sei quê, sobre alguma coisa... Mas, o que dizer?
Não sei exatamente, mas posso afirmar já ter ouvido o que mereça em meu ensimesmar prestar sentido,
de modo que o possa agora relembrar.

Mas uma brisa fresca, muito fresca entrou pela fresta de minha porta, e o tino me diz e a luz revela brilhar intensamente quente, o sol lá fora.
Mas a brisa fresca, que já neste instante passou relembra-a, e até quase reproduzo o bem, que me soube, ao passar!

E então ensimesmado e voltando os olhos atrás e havendo aí caminhos, assinalados, ainda que pegadas na lama, já não me sinto tão idiota nem tão incapaz de manquejar da fala, e primariamente sentir e experimentar sensações primárias...

E então lá vou eu nesse afã de falar, sem ter verdadeiramente o que dizer por que seja verdade,
exerço a minha retórica, que nem bem sei o que é isso, mas por fim digo alguma coisa, falo, e quando não falo escrevo, o que não deixa de ser uma forma de falar... e não é então afinal isto que faço outra coisa, que não prosear! Ou seria galopar?

Outra razão e marca em minha trilha é respirar. Pois não é que se há já um caminho e nele alguém vá e eu vou, pelo meu, respirar é elementar necessidade absoluta de quem queira ir...

E assim são tantas as marcas, de meus caminhos!
Em termos românticos e modos ordenados posso dizer, quase com absoluta certeza, de que o que não sei dizer e nem nome tem, poderia ser a palavra PERDIDA...

Constituída ao nascer de três letras, a palavra PERDIDA será na etapa seguinte duas, porém uníssonas.

E à palavra PERDIDA creio um NOME que é ainda segundo a tradição Jeová, Deus, Tupã, Brahma, e isto tudo ensimesmado na memória, vejo quem em seu nome veio... Cristos, Budas, Profetas, Iluminados, Iluminadas, para fazer jus e justiça às mulheres, que a esses nomeados de humanos Jeoshua, Sidharta, Maomé, Pitágoras, Etc. e já agora até um José, deram-lhe corpo... e também, além disto, Heroínas, Iluminadas, Helenas, Marias, Mulheres, Mãe,e no mito filosofal mais profundo, Sofia. >

Um comentário: