
...para na arte retratá-la numa caixa de madeira
em que a poesia pode ser enfiada...
Mentalmente calmo, muito bem também não lembro,
Mas recordo vagamente que a arte Alexandrina
Na lusa língua em sonetos, tem Mores Membros:
Luiz Vaz de Camões e Florbela e ei-la, a heroína!
Nunca maior seria nem tão belos versos se herdaria
E quem depois viesse, e muitos com gala aqui estão,
Outros em caixa e caixão enfiada mercadoria
Ou bala perdida em poesia ou tiro de canhão
Sem conteúdo, sem enredo essência e melodia,
Mas se é soneto, seja-o na caixa, na alma não,
Nem a arte em forma do belo, nem a rica elegia!
Soneto? Vá lá seja soneto, mas se até o seu refrão
Ao ouvido mete medo mais que alegria ao coração,
Que dirá a poesia! Quem afinal ouviria essa canção?
Está em curso e em prática o fruto daquilo que se pode chamar
ResponderExcluirmaterialismo dialético, marxismo, socialismo cientifico, comunismo,
e no mais deslavado gramscismo e campesina via do movimento proletário,
desencadeado um devastador arrastão de rebaixar o nível cultural
em todas as áreas com a desculpa mais esfarrapada da inclusão social,
de um lado, o supremo bem,
e do outro o blefe do preconceito, supremo mal.
E nem seria trágico não fosse a manutenção da regra culta
e os que a tenham de manter execrados, como se fossem inimigos do povo!
Quando na verdade lutam esses heróis para manter o seu espírito,
que a norma culta e a inteligência abstrata mantêm e alimenta!
Nunca duvidem disto, traidores e oportunistas, e se vos restar que seja num pingo de dignidade,já que o orgulho não permitiria beijar-lhes os pés, calai-vos ao menso!
Diante disto, exatamente por isto quero para mim os espinhos da roseira,
desde que se mantenha integra, pura e limpa, a rosa.