Todos os dias vens dar-me os bons dias,
alma minha gentil, ao despertar,
vendo o teu rosto nas fotografias
que em toda a parte estão do nosso lar!
Chegando a noite, às horas de deitar,
despedes-te de mim, como fazias,
a desejar-me um sono regular
após rezarmos três ave-marias!
Embora seja o céu tua morada
presentemente, desde há vários anos,
sem convivência alguma autorizada,
parece que não sinto a tua ausência,
alimentando o coração de enganos
ao ver-te ainda aqui na residência!
João de Castro Nunes
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