segunda-feira, 27 de julho de 2009

Desvendendo os Mistérios

Quando, por quem e aonde será o mundo desvendado por dentro e por fora, de modo a ser compreendido por todos os homens em a sua natureza física e metafísica?

Terá os limites determinados pelo homem?

Então vejamos o homem como síntese do que vem delimitando o seu entendimento, Dscobrindo-se no mundo, pelo que lhe tem sido ensinado ao longo do tempo servindo de suprema regra...

E o que é em síntese a suprema regra?

A esperança dessa regra está no alto do que julga seja o maior bem, que é ser feliz.

Mas ninguém sabe ao certo quem a primeira vez ensinou que o destino do homem é ser feliz.

Como não conhece esse primordial instrutor, é natural que também não saiba o que é a felicidade.

Embora o homem tenha noções da paz e da guerra, distinga razoavelmente o belo e o feio, sinta de algum modo tristeza e alegria, e saiba satisfatoriamente da confiança e do medo... E assim vive num enredo entre um falso deus e um falso diabo.

Transitando nessa esfera mediana absolutamente incapaz de de ascender desde aí à razão plena, o que seria afinal ser feliz?

Ah! Saciar os seus instintos e paixões... A gula, por exemplo, num banquete, ou mesmo numas comidinhas e bons vinhos, ou até uma cachaça?

É! Assim permite que este furor ou primária sensação se espalhe na dimensão das paixões e prazeres gerais!

Ah! Essa a sua felicidade, com mais ou menos requinte e variações “culturais”?

É pobre esse homem, não acham? Muito pobre!

Mas enquanto outras dimensões e zonas cerebrais não desabrocham ei-lo todo festivo à mesa, com os amigos, comendo, bebendo e rindo!

De repente saem todos correndo para a rua, quando explode uma bomba.

São guerrilheiros totalitários querendo impor um único partido e uma única qualquer coisa...

Em nome de um deus humano armado até aos dentes num verdadeiro diabo, e eles querem restaurar esse ditador deposto no estrangeiro.

Ah! O homem vê de perto a face da guerra e sabe agora que não há paz definitiva.

Mas ainda assim quer ser feliz, porque aprendeu que deve ser feliz, mas não sabe o que é a felicidade porque desconheça o outro...

Ah! Feliz! Mas o que é ser feliz?

A paz é outro predicado indispensável à felicidade, mas escusado é perguntar, ninguém sabe o que é.

Quanto a Deus, quase cada um tem o seu coletivo particular, embora o negue por absolutamente desconhecer ao seu Deus pessoal...

Interessante é sem dúvida como esse homem concebe Deus!

Se por absoluta ignorância o teme, com poderia conhecê-lo melhor?

E acha mesmo que temer a Deus é o princípio da sabedoria?

Nunca um conceito foi tão frontal e contrário à natureza divina que temê-lo, como principio de sua sabedoria.

Deus enquanto “Substância” seria uma ideia próxima de um entendimento mais profundo, mas esse homem que o teme e deseja ser feliz sem saber o que é ser feliz porque desconheça o princípio da paz, como o desvendará?

Por isso até o nega em si, para adorá-lo numa prateleira, num livro ou num beco qualquer onde se abre a cada minuto uma nova igreja com o caixa vazio, mas que logo se enche...

Esse homem está infinitamente distante de si mesmo na mesma medida que está em relação ao Deus, porque o tema e evidentemente o ignore na sua mais pura simplicidade...

Embora ande ao seu lado... Mas ao que de ruim lhe acontece é mais fácil atribuir a um outro falso Diabo...

Isto naturalmente devido o desconhecimento do caso da Substância ou Deus ideologicamente plástico, dentro e fora de todas as coisas, portanto.

Ah, mas esse homem quer ser feliz, mesmo não querendo abrir os olhos e os ouvidos e se recusar a ser ele mesmo!

Bem, então caso o mundo vá sendo desvendado pelos critérios e crenças desse homem, como será o mundo real?

Será o mundo real um eterno desconhecido, e o mundo desvendado e “conhecido” outro absolutamente finito e passageiro.

Um comentário:

  1. A um amigo poeta historiador...

    Para não pensarem que carrego o peso de saber qualquer coisa tiro minha última chave do bolso, abra a última caixinha de segredos e a arranco a última máscara...
    Não quero mais nada disso.

    Tão só quanto o silêncio, vou...

    Sem saber para onde nem de mim quem vai, vou...

    Tão só quanto sem coisas me encontro...

    Indo sem saber para onde, pois também não há sonho...
    Entretanto indo leve, por já não ter mais ou agora querer...
    Leve sem o que perder nem o que levar, vou...

    Já não cantam meus eus nem brigam minhas personagens...
    Tal o silêncio sem eixo ou com eixo, ser e não ser, mas indo...
    Vou então sem sair deste estar onde é um lugar parado no tempo,

    Num Porto passando tão lento!

    Ao Norte cuja rima não a quero que à Morte eu não celebre,
    Mas vou sem daqui sair cada vez mais menos,
    Cada vez mais leve menor e menos qualquer coisa sendo...

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