terça-feira, 7 de julho de 2009

Indagações com as pardes...

Seremos nós, seres em evolução?
Física, emocional e mental, certamente!

E em dois tempos: No primeiro tempo evolui o físico e a alma, compreendida esta como emoção e razão, em raras exceções, e de uma forma meio instintiva, na melhor das hipóteses alegres, e rindo muito.

No segundo tempo a evolução física adota o caminho inverso de renovar-se, e o processo é agora a decadência...

Deveria ser o momento de priorizar a alma como o foco supremo da evolução!
Deveria, sim, e lustrar pela vigilância dos sentidos às emoções, deveria!

Já mentalmente nem é preciso comentar. Pois é a hora de nos conhecermos melhor, calando as paixões.
Ainda que apenas ouvindo-se a razão, já que à intuição! Somos muito machos para acreditar nessas coisas!

Machos e sábios! Intuição! Que é isso?

Mas deixando as ironias de lado, é hora, nessa hora avançada, se antes não foi possível romper como esse “sabe tudo” e machão, ou heroína, e olhar do lado.
Entenda esse olhar do lado cada um como lhe convier entender.

Entretanto, já alguém olhando de lado estando no palco e ouvindo o som que reverbera nos canais de comunicação...e sendo o narrador, surge à sua frente num cenário novelístico, como um fantasma invadindo o palco...

E indignado com as cenas, vê surgir numa fumaça cinza opaca e muito escura a figura feminina de uma novelista, e prontamente lhe pergunta:

O que fazes com esse mundo que te assiste, novelista?

Tens a multidão aos teus pés, na melhor hora do dia quando sentados confortavelmente te assistem; e tu lhe ofereces esses caminhos em forma de arte?

Mas a novelista surda e cega de vaidade nem percebeu a crítica e pensando ser elogio respondeu rindo com ares de vitoriosa:
É verdade, falo ao meu povo o que ele quer ouvir, e relato as cenas dos costumes culturais divertindo-o com a minha arte literária.

Inconformado com tamanha desfaçatez gritou o narrador: Hipócrita! Mil vezes hipócrita! És a maior instrutora das traições, dás aulas da mais refinada corrupção, ensinas as artimanhas das maiores vilezas, muito bem vestidas, muito bem comidas, bebidas com pompa e luxo para melhor serem aprendidas...

Matas embriões éticos; contaminas com o teu conteúdo maléfico as almas fracas.
Envenenas a alma nacional e por onde vá a tua maldita arte! Maldita é o que tu és!

Eu? Indaga a novelista desdenhando às gargalhadas, satíricas, kkkkkkkk e se desfaz em fumaça preta, cheirando a plástico queimado.

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