
Arte.
Muito já falei de arte, e pouco de arte eu sei, mas reconheço
onde ela é viva e toca o meu sentimento e desafia a minha inteligência.
Em poesia e particularmente o soneto, Camões na Língua Portuguesa, e mais alguns tais...
Florbela, Pessoa, e todos os grandes “sonetistas” do mundo, desde Petrarca etc. tão admiráveis artistas que eu, gostaria muito de ser poeta, mas não sou poeta!
Mas se o fosse não o seria altamente técnico, preciso na língua de Dr. Filólogo, medido e rimado na regra artística, em linguajar culto de quem viajou por Cícero, Homero, Platão, Dante e tantos mais clássicos, inclusive o código divino na bíblia aristotélica, mas sem alma, sem gênio, sem o fogo e água juntos na harmonia de um soneto, que revela uma alma grande ou trágica ou cômica até, mas grande como em Bocage.
Não, não sou poeta, mas esse fogo, esse olhar eu tenho, mas não tenho a métrica nem a técnica e se escrevesse sonetos ficariam parecidos a peças de madeira, até com acabamento, mas artificiais.
Não, sonetos eu só amo os sonetos! Com alma, naturalmente não com regras como já os vi até por aí bem próximos, e a alguns até enfeitei de cores.
C'um carago, Pá! JCN
ResponderExcluirSem regras não há sonetos,
ResponderExcluirmas outra coisa qualquer;
quanto ao resto, são aspectos
para o zé-povo entreter!
JCN
Queira dizer-me o que entene
ResponderExcluirpor génio, meu caro amigo:
diga lá, se não se ofende,
onde se compra esse artigo!
JCN
Corrijo a gralha "entene" por "entende". JCN
ResponderExcluirNa sua fria dimensão teórica
ResponderExcluira dominar em torno o panorama,
quanto calor humano, quanto drama,
estão por trás de uma coluna dórica!
JCN
RÉDEA CURTA
ResponderExcluirHá fogo nos meus versos certamente
que por dentro me queima em labareda,
me abrasa o coração, me cresta a mente
e a combustão dos astros arremeda.
Só que nem sempre a chama transparece
por baixo das palavras comedidas
dando a impressão por vezes que arrefece
sob a pressão das regras assumidas.
Quem diz que o diamante já foi lava
nas entranhas da terra antes de vir
à superfície... para se exibir.
De engenho e arte a cem por cento escrava,
quantas vezes uma alma apaixonada
se esconde atrás de uma obra... ponderada!
João de Castro Nunes
Hoje eu lhe diria que já se compra.
ResponderExcluirHoje tudo se vende!
Mas Gênio, meu caro amigo, nasce!
Bem sabe do que lhe falo,
porque o conhece de perto.
Pois quem poderia ensinar Camões e mais Alguns Gênios a vós, Inté?
A academia ajuda, a cultura refinada também,
mas arte real é coisa de natural.
Mas também se compra a forma da arte
e vende a fórmula de a fazer espúria e de madeira, embora eu trabalhe com madeira,
mas entalhada e não em poesia rsrsrsrs
Na verdade o uso das palavras
me é custoso, mas eu falo assim mesmo.