terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Brahma é Dez...



Desesperada e anoitecida a mente não dorme em paz, nem ao cérebro permite que descanse.

Neurônios discutem temas filosóficos e formas pensamentos brigam entre si, como se fossem filhos legítimos de um processo mental, que lhes houvesse dado vida. Mas se vivem alguns momentos, não são reais nem permanentes. Como seriam, num universo impermanente?

Existem apenas naquele instante de geração. Depois são apenas sombras mentais e esse é o papel que lhes cabe representar.

Também às formas emocionais, outro papel não cabe. E é assim que num céu de nuvens pessoais se forma a grande nuvem coletiva, por onde vagueiam fantasmas assustando-nos à noite.

E durante o dia com influência grave até às vezes são os nossos guias, enquanto homens de vontade fraca, enquanto ainda a mente desperta não comanda o nosso destino.
Em semelhante situação não se pode afirmar categoricamente que aí predomine a mente racional, porque ainda não existe a razão pura.

Embora os sonâmbulos discutam teorias e defendam suas opiniões pessoais, quem tiver um pouco mais de sensibilidade e algum conhecimento sobre o mecanismo psicológico, compreenderá claramente ter à sua frente um repetidor de idéias alheias vestido de gente, falando uma língua semelhante à dos homens.

Entretanto, quando alguém se desespera por qualquer motivo e coça a cabeça diante dos temas mentais difíceis de resolver, nesta mente já há sinais de esperança de um futuro rebelde mental nascer.

Terá de contar com a reencarnação, e através da qual durante muitas vidas tornar-se-á um cidadão capaz de pensar por si mesmo.

É isto o que ensinam os grandes e poucos escritores, os pouquíssimos e grandes pensadores e os raríssimos MANUS, que as tradições chamam de Iluminados e Salvadores. 

Mas existem tantas religiões querendo salvar os homens, que nem é preciso mais pensar.

Desde que haja uma emoção afetiva e um bocadinho de fé em qualquer coisa, até eventualmente na xícara que vá sobre o pires onde se despeja ou derrama café quente, quando não aquele dos cinco éfes!

Mas não tratam de nenhuma crença e não são cinco formas de fé, as cinco qualidades do café enunciadas nos cinco éfes!

Cinco, porém são os predicados de cada uma das mãos, se a cada dedo for consagrada uma arte planetária...

Mas não digo quais são essas artes, nem se com ameaças de morte vierem coagir-me para que eu diga!

Todavia posso afirmar e já deixando a brincadeira de lado, que embora pareça uma fantasia eu não estou neste exato momento a brincar. Ao contrário, é coisa seríssima, para com “seríssima” dimensionar a grandeza que se encontra na representação planetária, escrita nos dedos de cada mão.

Considerando as duas mãos, dez haverão de ser exteriorizados os talentos dos homens, pois embora semelhantes em concreto são direitos e esquerdos, também para homenagear os nobres hindus, porque Deus ou Brahma é realmente DEZ em cima, e DEZ em baixo, nos pés, com os quais se caminha...

Mas de repente diante de um universo inesgotável de solfejos mentais cristalizados até em vocábulos linguísticos e em símbolos preservados, arquétipos sementes, e modelos de todas as coisas no mundo das idéias, pode-se criar no exato momento em que se os queira pensar arrastando para nós.

E não há mais nada para acrescentar. Talvez fosse justo apenas reafirmar que Brahma é DEZ e Ele é o Criador.

Mas não liga, se qualquer um embaixo se achar o dono da coisa, e um grande criador!

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