Aspectos Diferentes da Alma Humana.
Olá amigos e amigas! Não se trata de dupla personalidade,
mas sim das duas faces do homem relatadas nessa récita
abaixo, com o nome de: “O Cordeiro e o Tenebroso.”
Coabita em cada um de nós o anjo e o demônio.
O anjo é o cordeiro, o místico, o devoto, dotado de emoção,
o Bhakti, segundo o sistema de iogas hindu...
O demônio é o ser mental, dotado da razão, guerreiro,
pragmático, e quando indignado torna-se reativo e interage
em conjunto com o anjo rebelde, quando surge o herói ou
o ditador cruel, numa escala maior.
Ou simplesmente um apaixonado e numa escala inferior
elemento de massa de manobra, sem vontade própria, quando
ente meramente emocional primário;
ou lutador indignado
contra o que julgue errado, membro
da oposição consciente...
Poeticamente seria mais ou menos assim numa brincadeira
íntima com meus dois pólos:
O Cordeiro e o Tenebroso.
“O cordeiro foi imolado em meu peito. Talvez ressuscite,
talvez não.
Em seu lugar, de repente um seu irmão nervoso e agitado
levantou-se feroz.
O mundo hostil o fez ressurgir a meio à bruma escura no
seu próprio espaço.
Dois seres distintos coabitam em mim e o cordeiro, pobre
cordeiro, apagou.
Deixou marcas gentis, planeou o caminho com suavidade
e o tenebroso abrandou.
Chegou a sua hora e parte em confronto com o exterior
Mundo, feroz.
Vai tenebroso, vai e cumpre tua missão aguerrida e cruel
que o país sangra!
Dorme cordeiro se não morreste, dorme enquanto teu irmão
luta a boa luta!”
Antigamente era muito difícil entender este jogo.
Terríveis conflitos se geravam e eu pensando como cordeiro,
sem saber que era cordeiro queria que fosse tenebroso;
e quando tenebroso gritava e eu queria que fosse o cordeiro.
Conflitos de identidade? Sim!
Hoje sei dividir o tempo entre um e outro e não fico furioso
com o tenebroso, nem manso idiota com o cordeiro.
Mas sempre que o cordeiro apaga, talvez pelo carinho que
tenho por ele temo que jamais ressuscite.
Já o tenebroso subjugado não causa apreensão, devido
resmungar muito antes de dormir.
Geralmente toma largos goles de água, senta a um canto
da mente falando sozinho, às vezes xinga todo mundo
do mundo da política e seus estragos á nação, e quando
assiste os noticiários na presença de estranhos preciso
puxar
as suas orelhas para maneirar.
O cordeiro, ao contrário chora com as noticias da capital
e seus braços armados.
Chora a dor alheia e se penaliza diante das mentiras de
um país maravilha cheio de feridas a sangrar.
Mas se senso apurado filtra cada palavra dos senhores da
capital e a falta absoluta da verdade o apaga; e é assim
que o cordeiro já meio tenebroso, mas ainda de cara virada
um para o outro deitam quase furiosos, mas eu levanto na
pele do cordeiro a cada manhã, sossegado.
Conquanto na real, diante do panorama do país de verdade
e sua gente pobre, chego a pensar nas vantagens do surdo,
cego e mudo.
Através desta descrição muito simples e primária é possível
com um pouco de boa vontade aquilatar o baixo nível moral,
ético, humano, e quase nenhuma civilização de quem “governa”.
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