sábado, 29 de dezembro de 2012

TÁBUA DA ALMA




Não estão à superfície da alma os mistérios que nela se manifestam, para que através de uma análise se revelem ao terapeuta. Não são os mistérios da alma grãos chochos à superfície da água, que depois de colhidos com uma escumadeira e jogados sobre a mesa o Dr. os separe por simples análise. Com raras exceções dos grandes cientistas da alma, a maioria dos médicos da área não passa de profissionais da psique.

Enquanto a alma dista muitas léguas além e muitas dimensões acima disso, em razão de seus mistérios não serem frutos de estatísticas, das quais tateando meio no escuro até conseguem alguns acertos de comportamento, e através de pesquisa analítica detectam a camuflagem dos sintomas e até às vezes se obtenha algum alívio ao paciente, mas é só.

Não deixa de ser um caminho, evidentemente que não, mas para aqueles meramente profissionais. Já para os cientistas da alma, estes sim vêem nela uma base real para o espírito.

Enquanto os materialistas não trabalharem com a hipótese da evolução limitam-se a criar canteiros de flores artificiais, em meio ao deserto árido e em conflito, só desatando noz com que elevam o paciente a atingir um relativo alívio passageiro de equilíbrio; mas é necessário dizer, também, que o perfeito equilíbrio, o eixo real e permanente não é possível nem desejável.

Exceto para os grandes iluminados, adeptos e grandes almas... Além do mais não se pode desprezar a hipótese de que as crises existenciais constituem-se em maravilhoso elemento de evolução, não obstante as promessas de cura e salvamento: tanto de alma quanto de espírito por terapeutas, cientistas e pregadores religiosos guardadores de rebanhos.

Mas tanto os profissionais honestos quanto os cientistas, educadores, sacerdotes e gurus sabem e todos de algum modo ensinam não estar de posse de ninguém a cura de outrem, pois realmente nem Deus poderia fazê-lo.

Porquanto a cura da alma está na própria alma, e nas mãos de cada paciente os instrumentos, e opostamente os venenos e milagrosamente também os antídotos. Deve cada um aprender a usá-los na medida em que vá conhecendo a si mesmo. E será esta a boa técnica dos bons terapeutas.

Mas se ao invés disto os pacientes preferirem pagar e buscar fora o que não está em lugar algum senão dentro deles, ainda que para os céticos no intestino grosso... Ou num porre à mesa de um bar! Então basta uma visita ao solitário gabinete, nesse lugar solitário se irá o mal todo pela descarga.

Parece estranho este comentário, mas já ouvi semelhante receita e diria apenas que para isto acontecer um mínimo de sanidade é necessário e forças físicas e mentais para apertar o botão da válvula! Pena que após a descida a alma continue ébria e cega, e a boca terrivelmente amarga!

Quanto à consciência é uma questão na qual não entra médico, não entra álcool, nem entra nela o que pela descarga desça...

E é por isso que de uma autoridade em alma deveria exigir-se longo caminho percorrido e lido nas estâncias do conhecimento universal iniciático relativo ao tema, que é sem dúvida de onde provém a sensibilidade e o conhecimento para de alma ao menos se falar!

Para tratá-la, então, o que deveria mesmo se exigir? Que o digam verdadeiros sacerdotes das ciências da alma e não outros! Não obstante o alívio terapêutico, muitas fórmulas, códigos e uma conta sem conta de livros milagrosos e muito dinheiro.

Mas a alma continua sendo mesmo alma, independente das novas técnicas e das modernidades, certamente que sim e será sempre a base do espírito onde realmente tudo se revolverá. Ou não!

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