segunda-feira, 6 de maio de 2013

Os Quatro Homens: Ferro, Bronze, Prata e Ouro


E foi então que vi um terceiro homem de letras astuto e bem resolvido;
Sentidos afiados, corrido, pragmático, pleno, fleumático,
Frio, intelectual, bom papo, legal!
Abertas uma porta e uma janela, por onde acreditava desvendar o Universo!
Mas só lhe servia o que entrasse por sua porta e janela com facilidade
E à mão estivesse!
Igualmente o que fosse de suas medidas e agradasse ao seu paladar.
E ria-se muito! Afinal, para ele o universo é simples, farto, alegre, pragmático, material e bom como está, sem precisar mudar nada.
Corria à sua porta um pequeno regato de uma filosofia materialista
E fragmentos de outras semelhantes, que àquela se juntavam.
E possuía intelecto, para o gasto até bem formado!
Mas na forma mais densa e simples, uma só crença.
Uma só música, - a sua música- e às vezes apenas um vinho,
(se herdara ou aprendera o gosto de um bom vinho)!
Senão, só um lado das coisas, o seu lado!
Todavia fingindo grande saber subia ao seu estrado,
Sem pensar que num piscar de olhos, pela voracidade do cupim,
Depressa sumiria debaixo dos seus pés.
E então, por onde deveria entrar luz,
Ou sair alguma experiência benéfica para o povo,
Tese doutoral que fosse e servisse ao bem comum
E ao novo, mas nada!
Qual Narciso via a si mesmo em sua forma astral.
E foi assim que eu vi a sua projeção no espelho,
E à sua janela o mundo seguia em frente, enquanto ele ficava.


2 comentários:

  1. Estou esperando completar o Quarteto para comentar/parabenizar (?)
    Os textos são seus, certo?

    Aprecio tanto quando segues por essa trilha...

    Semaninha boa e Boa Sorte,Norma♥

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  2. Sim, minha Amiga, são meus.
    Pronto, aí está o quarto rsrsrs obrigado por sua amizade.

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