Alminha
Aqui
neste espaço contemplativo diante de uma pequena tela em branco procurando encontrar
palavras adequadas para descrever o vazio, não há realmente nada que valha a
pena contemplar e muito pouco há o que escrever.
Ensimesmado
ao extremo, também procuro um sentimento real que nasça para além das
entranhas, mas nada. Chego realmente a duvidar se existem sentimentos amorosos
dignos de senti-los.
Mergulho
de repente no centro onde julgo processarem-se as emoções e os sentimentos mais
constantes a ponto de criarem calos, mas não sinto nobreza nem alegria no que há
por ali, embora os calos. O longo tempo em batalha contra os vendilhões da
pátria nesta área de baixa vibração num autentico pântano, pois se quisermos
combater os bandidos nós temos de ir onde eles estão, e esse combate parece ter
enevoado a passagem para o vestíbulo onde se cultivam os nobres sentimentos
amorosos, e até já nem sei ao certo se é passagem é ir em frente ou é uma subida!
E
os planos de fuga, - todos nós temos uns planos de fuga quando queremos evitar
certos sentimentos, - os meus sempre me levam a um lugar antigo sem grandes
“vinhos” nem companhias adoráveis.
Em
razão disso, quando não estou ativo, o que mais quero é dormir. E quando durmo
e sonho só as criancinhas trazem colorido e realmente alimentam alguma
esperança fraterna de verdade. Quando desperto, dou meia volta e eis-me diante
da tela fria de um computador!
Mas
é preciso escrever. Há pessoas que gostam de ler, embora muitas gostassem que
escrevesse o que elas gostariam de ler, mas por duas razões distintas não sou
capaz de atendê-las.
Primeiramente
por não saber o que elas gostam realmente de ler; e a segunda por não gostar de
escrever nada que não ande no momento da escrita no meu universinho mental.
Como nele vagueiam imagens do passado, a saudade renasce como sentimento
desejável e dá o tom melancólico ao tema.
Retorno
ao tempo da inocente juventude, e aí contemplo rostos e ouço vozes de meus
amores que marcaram minha alminha. E aqui alminha não é no sentido carinhoso. É
no sentido oposto a “almona”, alma grande. Acho que retoma o tamanho de criança
lá na aldeia, quando na infância não havia metafísicas nem físicas questões de
almas velhas nem grandes.
Bem,
e é assim que escrevo por escrever o que anda na minha alminha, e espero.
Espero e espero a quem nunca vai chegar. Enquanto isso o impostor do tempo que
não existe passa, e Ela nem telefona...
Ã-hã, Ela não liga... Mas irá!
ResponderExcluirEnquanto, isso veja essa 'delicadeza' que cometeram em forma de animação, para ajudar a passar o tempo de espera até o fone tocar... Pisc*
LE MAISON EM PETIT CUBES - animação japonesa criada por Kunio Katō, ganhadora do Oscar de melhor curta-metragem animado de 2009 (das mais belas que eu já vi).
http://youtu.be/s4QLukT-cvw
Grata pelo post e Boa Sorte,
Norma♥
Oi Norma, tive que dar uma ida em Palmas,
ResponderExcluirmas obrigado por sua presença constante por aqui.
Depois olho...
É sempre um prazer ler os teus textos (mesmo os menos ensolarados - rs).
ResponderExcluirQuando falas em uma ida em Palmas, penso:
Do Rio de Janeiro-Rj a Palmas-To são exatamente 1.954 km. É chão que não acaba mais.
Hehehe, Mundaréu de Deus esse nosso País!
Boa Sorte,
Bjo Norma