terça-feira, 17 de junho de 2014

ÁGUA


Parece que os cientistas encontraram a grandes profundidades, três vezes mais água do que em todos os oceanos da superfície. 

E a Terra, que é um grão de areia no oceano sem praias, é ainda um mistério para o homem esclarecido que caminha sobre ela!

Mas, milagrosamente nada há desconhecido para certas pessoas sem esclarecimento nenhum, que afirmam conhecer e até oferecem Deus, aquele que é o criador não só deste grão de areia e dos homens que andam por cima dele, mas de todos os universos!

E eu que nada sei, fico pensando o que fazer com esta minha obtusidade e ignorância?

Claro que acredito, não só o nosso universo com todas as suas galáxias geridas por Leis Universais, mas também todos os universos e todas as partículas desde a menor, a de Bóson, até a maior concentração de energia que deve existir no núcleo de uma galáxia.

Imaginar quem gerencia todo esta grandeza imensurável, é humanamente impossível; que dirá compreender e até dar nome? Mas que seja Deus, vá lá que seja Deus o nome! Porém, compreendê-lo e andar por aí a oferecê-lo, é antes de uma fraude sem tamanho, uma incalculável ignorância; só não sendo maior por não caber muita ignorância nessa mentezinha de botequim. Botequim no sentido de copo mesmo, que é mais ou menos o formato da cabeça desse homo sapiens. 

Por outro lado, é interessante ver o homem brincando de coisas sérias, a pensar como se fosse adulto, dentro de seu cercadinho que vai quando muito até as fronteiras do sistema solar.

Mas estamos por aqui, e ainda que absolutamente limitados ao chão pela gravidade que recentemente descobrimos, num hiato de tempo cumprimos nossa etapa de vida e voltamos ao pó.

E então? Viva a arte, a poesia, a música e tudo que torna mais bela esta ilusão de que somos eternos, e os reis desta desvairada romaria!

Eu pessoalmente, estando numa grande metrópole, viajo mentalmente ao menor cantinho da minha infância, lá na pequenina aldeia! 

E a minha melhor arte, acredito eu seja a minha humilde maneira de sentir saudade.

Sim, saudade, só saudade por não ser capaz de pensar nem sentir grandes temas metafísicos nem filosóficos, nem mesmo os de caráter corriqueiros do dia a dia que exijam grandes lucubrações mentais abstratas, nem talvez as concretas!
 
Gostaria sinceramente de contribuir com alguma coisa que acrescentasse ao outro, gostaria sim. Para mim mesmo não vale a pena grande entendimento nem descobertas. Abdiquei de querer ser grande... 

Mas como a imaginação cria e pode servir, além da saudade ensimesmo-me com as questões mentais relativas à anulação do sofrimento, por saber não estar sozinho, onde quer que me encontre e há mesmo sofrimento.  






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