As
estradas e as carreiras deste mundo vão todas pro mesmo lugar. Estradas e
carreiras rasgadas pelo homem, diga-se, depois faz uma lápide, “aqui jaz, aqui
veio tombar”.
Todo
sonho que sonhou todo o tempo que viveu e se teve alguém por ele, numa tumba o
encerrou.
E
nesse ponto mutável, nessa junção de um encontro, um que vai daqui pra lá,
outro de lá pra cá vem.
Nesse
mercado fiel, ninguém vende o que não tem, seja amargo de fel ou de mel doce
também.
E
mesmo sem cotas de haver, mesmo sem cotas devidas, chego a hora de adeus dizer,
na hora da despedia.
Hora
fatal, inevitável, ora mesmo ao fim da vida, onde o valente se dobra e o fraco
se alivia...
Pois
que viver é assim, toma-se emprestado um ar, depois, sem pagar com o ar que nos
é cortado, com ele, cortada é a vida.
E
aquela que pintou com muitas cores, quem pintou com som e viu lá na frente
pintado o sonho que só ele viu, desvaneceu sem dor e também morreu.
E
as estradas e as carreiras que são carreiros cá na terra das estrelas, também
passam, também tombam se não há mais aqui quem sonhe se não há mais aqui quem
olhe.
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