quinta-feira, 19 de junho de 2014

NUM INSTANTE MÁGICO O HOMEM FECHA OS OLHOS E APAGA


As estradas e as carreiras deste mundo vão todas pro mesmo lugar. Estradas e carreiras rasgadas pelo homem, diga-se, depois faz uma lápide, “aqui jaz, aqui veio tombar”.

Todo sonho que sonhou todo o tempo que viveu e se teve alguém por ele, numa tumba o encerrou.

E nesse ponto mutável, nessa junção de um encontro, um que vai daqui pra lá, outro de lá pra cá vem.

Nesse mercado fiel, ninguém vende o que não tem, seja amargo de fel ou de mel doce também.

E mesmo sem cotas de haver, mesmo sem cotas devidas, chego a hora de adeus dizer, na hora da despedia.  
  
Hora fatal, inevitável, ora mesmo ao fim da vida, onde o valente se dobra e o fraco se alivia...

Pois que viver é assim, toma-se emprestado um ar, depois, sem pagar com o ar que nos é cortado, com ele, cortada é a vida.

E aquela que pintou com muitas cores, quem pintou com som e viu lá na frente pintado o sonho que só ele viu, desvaneceu sem dor e também morreu.


E as estradas e as carreiras que são carreiros cá na terra das estrelas, também passam, também tombam se não há mais aqui quem sonhe se não há mais aqui quem olhe. 

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